capítulo 21

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Minha mente trabalhava sem cessar, dava pra ouvir minhas engrenagens se encaixando. Tudo parecia ser uma confusão que não teria um fim exato. Não sou um Engemberg, não sou filho do homem que eu achei, tenho uma irmã gêmea, descobri todas as respostas para as minhas perguntas.

Era tudo tão simples. Eu não tinha herdado nada dos Engemberg porque eu não era um! Eu não tinha nenhuma semelhança física com eles, porquê eu não era um! Minha vida foi uma mentira. Me sentia rejeitado pelo um homem que não tinha nada haver comigo, ele estava certo. O filho de outro homem feriu o seu orgulho, o seu ódio por mim tinha motivo, e eu entendia perfeitamente, ele nunca fora culpado. Eu era o motivo. Eu sou.

- Vitorion?

Digo entrando na sala de Vitorion.

- Stephan!

Diz sorrindo e acena para eu me sentar.

- o que o trás aqui?

Minha cabeça dói ao processar tudo aquilo.

- Eu sei que você sabe rastrear pessoas. Poderia rastrear algumas pessoas para mim?

Vitorion se afasta um pouco e pensa.

- Não é nada ilegal é?

Nego.

- me passe os nomes.

Com as mãos trêmulas lhe entrego o papel com o nome de Florence e Gian, e por fim pego uma caneta da mesa de Vitorion e rabisco no final da folha:

Evie cass.

Entrego o papel e agradeço Vitorion. Ele ia me ajudar, eu precisava da ajuda dele. Eu queria encontrar aquelas três. Só assim eu ficaria bem.

***

Despejei o líquido transparente no meu copo.
Bebi de uma só vez. O álcool queimou em minha garganta, fechei os olhos imaginando minha vida, como ela seria com outro homem nela. Ele me amaria? Ele me apoiaria em minhas decisões? Teria orgulho do filho?

Na verdade eu nem sei se Gian sabia da minha existência, talvez ele achasse que tinha apenas uma filha, será que eu me pareço com ele? Já que eu não tenho semelhanças com minha mãe. Era imensas perguntas que rondavam mina mente.

O efeito do álcool corria em minhas veias. Eu queria tanto confidenciar isso para Evie. Queria tanto saber aonde ela estava, eu queria tanto ela do meu lado.

- Steff?

Virei me para saber quem me chamava. Era a garota de olhos verdes que um dia eu amei.

- Hane.

Ela sorrir e se senta ao meu lado. O que ela estava fazendo num bar? Num bar a noite?  Ela não era o tipo de garota que saía para ir a um bar, sempre que saíamos era para algum restaurante chique ou para o cinema. Na verdade eu nunca soube se Hane frequentava aquele tipo de lugar, já que eu sempre estive com ela desde os quinze anos dela, e nunca soube de nenhuma ida em baladas ou em bares.

- o que faz aqui?

Pergunto direto. Ela sorrir.

- Nada. E você ?

Me levanto da cadeira e digo me afastando:

- Quero espairecer, Hane.

Ela segura meu braço e olha em meus olhos. Aqueles olhos verdes com umas pitadas castanhas que me deixava louco, aqueles olhos que refletiam a imagem de sua alma, a alma que é talvez seja pura e valiosa.

- fica. Eu posso te ouvir, nós podemos espairecer tudo. Eu sei que não sou uma pessoa que você anda querendo ver, mas veja, eu sou a única aqui.

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