capítulo 25

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O papel tremia em minha mão, muitas decisões estava ali.

O abri com cuidado e saquei o conteúdo.

Estava escrito em letras pretas o endereço de Gian. No final da folha tinha: Boston USA.

Ele morava muito perto de mim.
Respirei fundo, estava na hora de saber a verdade.
Minha cabeça estava cheia, meu pai biológico vivia em Boston e minha ex noiva estava grávida de mim pela segunda vez no ano.

Hane ainda estava no processo de aceitação. O bebê ela ia aceitar claro, mas a questão do casamento não. Eu não iria me casar com ela, não mesmo, eu cuidaria do bebê sem dúvidas, seria um pai presente, mais em nenhum momento seria esposo de Hane.

Eu não iria atrás de Evie, eu tinha que deixá lá ir, ela tinha que seguir a vida dela, e eu a minha, agora junto com o bebê. Eu estava animado com a paternidade, mas muito preocupado também, antes de Hane ir embora eu recomendei que ela fosse numa clínica e fizesse todos os exames que existisse para grávidas, eu não queria que o acontecido da outra gravidez se repetisse.

Com uma dor de cabeça profunda pedi a companhia aérea reservasse um vôo para mim para Boston o quanto antes.
Continuei olhando aquele pedaço de papel, ele continha a maior verdade da minha vida,  a verdade que eu não podia fugir, era algo que me daria descanso, eu descansaria enfim quando conhecesse o meu pai biológico.

Apertei minhas têmporas e Soltei um gemido.
Olhei para o meu telefone, eu não podia ligar para ela, eu não podia mais incomodar a felicidade da minha garota, ela tinha que viver sem mim, era o melhor para nós.

Sentindo o peso do meu dia em meus ombros desejei um pouco de paz e um banho quente, eu estava feliz Oras! Sei aonde está o meu pai e terei um filho, um filho que já amo tanto e prezo muito por sua presença.

Eu iria seguir em frente.

***

Estacionei em frente a casa branca de telhado vermelho no subúrbio de Boston. Tinha uma varanda aberta com flores no jardim. Era uma casa aconchegante e acolhedora, o quintal de grama verde e árvore enorme, indica que uma criança viveria bem ali.

Respirei fundo imaginado a reação de Gian, e a minha. Eu estou tão nervoso, quando decidi que pediria Evie em casamento eu não tinha ficado tão apavorado. Tudo se movia, se Gian me odiasse? Se Florence fosse uma garota chata? Tudo podia dá errado, mas também podia dar certo.

O anel estava ali no carro, eu andava com ele desde aquele dia, eu não tive coragem de jogar ele fora, era uma espécie de martírio mas também um consolo.

Peguei o anel e pus no meu bolso, ela estaria comigo naquele momento.

Saí do carro suando frio, atravessei a grama e entrei a varanda pronto para bater na porta, Respirei umas duas vezes mais do que o correto.

Bati.

Esperei alguém me atender. Demorou uns segundos até a porta se abrir.

Surgiu uma figura de um homem, alto cabelos dourados, olhos âmbar.
Gian.

Minha boca secou e minhas mão tremeram, eu parecia um adolescente inseguro. Tudo bem, eu estava inseguro.

Gian me encarou e disse:

- o que faz aqui?

Disse rude.

Ele sabia quem eu era ?

- você sabe quem sou?

Ele fez uma careta e passou as mãos nos cabelos fartos e dourados como os meus.

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