O telefonema

5.6K 441 58
                                    


Andamos até beira da floresta que não era muito longe, o Roy parou por um momento.

- Oque foi ?.

- Um cheiro diferente.- o Roy parece concentrado enquanto fala, mas não parece preocupado.

-Como assim? Você conhece todos pelo cheiro?- Bruna indaga.

- É que nossa cidade assim como as outras tem aromas característicos. A maresia misturada com o aroma das plantas litorâneas como a Cambará mais ao sul, pontos específicos como churrascarias, cafés e restaurantes que usam os mesmos temperos. Tem muita coisa relacionada ao olfato e demais sentidos que diz por onde uma pessoa passou ou se ela está ou não habituada aquele ambiente. E aqui eu senti aromas que não condiz com nada que conheço por essas bandas e dá para ver pelos rastros deixados na mata e os ganhos quebrados que não está acostumada a andar por aqui. Então não é da cidade mas passou por aqui.

-Deve ser de algum turista, estamos no final do ano, nessa temporada alguns turistas vêem visitar a cidade .- meu pai ressalta .

- O senhor deve ter razão.

-vamos ?- pergunto segurando as mãos de Roy .

Sei que ele está nervoso por estar com minha família e isso confunde muito a percepção e distrai. Mas ele precisa relaxar, vai dar tudo certo.

-Calma, está muito escuro e a lua está escondida entre a nuvens, eu irei me transformar e ir na frente e vocês me seguem , assim posso manter todos em segurança .

- Tudo bem.

- mas você vai se transformar aqui ?- Bruna pergunta.

-Não sinto a presença de ninguém aqui, tá tranquilo . Em relação ao cheiro quem passou por aqui, ficou algum tempo mas foi embora, seu pai está certo, não vamos perder tempo com neuroses de lobo.-

- Tudo bem.

-Roy, toda vez que você se transforma você rasga uma calça, aja roupa não é meu filho? -eu digo e ele sorri mais descontraído, eu adoro esse sorriso.

Ele se transforma e a Bruna arregala os olhos como se o Rap monster (dicionário* = integrante e rap do grupo sul coreano "BTS" ) estivesse na frente dela, meus pais muito pelo contrário reagiram normalmente como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo.

- Vamos !?

Eles entram na floresta sem hesitar, o local está escuro, aquele cheiro tão familiar de orvalho penetra em minhas narinas com uma espécie de nostalgia, estou passando tanto tempo nesse lugar que parece que é minha segunda casa, a terra que está abaixo de nossos pés fofa e irregular coberta de folhas secas e grama que se encontram úmidas me trazem a memória acontecimentos não tão distantes enquanto andamos. Nós poderíamos ter pegado o caminho mais longo porém ter ido de carro. Mas os dois homens presentes em minha vida preferiram vir assim para "não chamar a atenção". Depois de alguns minutos e atalhos conseguimos ver de longe algumas luzes esse é o sinal que estamos perto, quando chegamos meus pais observam atentamente a cada casa , cada criança, cada pessoa que estava ali, eles acenavam para algumas pessoas que acenaram de volta como se conhecessem a décadas
. Bem , eu acho que se conhecem mesmo . Roy ruiva para alguns, acho que ele esta cumprimentando eles também. Quando chegamos a casa do Roy, nós entramos e o Roy faz sinal para mim com a cabeça e sobe as escadas .

-Ele foi colocar uma roupa e já esta voltando.

Meus país se sentaram e logo Amelia entra na sala.

- mãe, pai essa é Amélia, e Amélia esse é meu pai Carlos , minha mãe Taylor e minha irmã Bruna.

- prazer em os conhecer.

Meu  supremo alfa (Em Revisão)Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt