Capítulo 13

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- Senhora Borges, em que posso ajudar? - a secretária loira me olhou sorridente, guardei a chave do carro enquanto Pedro fazia caretas no grande espelho da empresa.

- Quero falar com o Micael, ele está em reunião? - vi a mulher pegar um telefone branco, discou alguns números e silabou muito baixo, tanto que não consegui ouvir.

- Pode subir - sorrimos falsas e peguei Pedro pelas mãos, subimos o elevador.

O andar da sala era bem luxuoso, lembro que Micael pagou milhões pra fazerem aquela parte, uma estrutura de muito bom gosto. Bati na grande porta de madeira logo após entrando, Micael se levantou ajeitando o terno preto, sorriu quando Pedro correu até ele que o pegou no colo em um grande abraço.

- Que saudade de você, meu pequeno - cheirou o pescoço do mesmo - amor, como você está?

- Estou maravilhosamente bem - sorri vendo os dois me encarar - Pedro, conta a novidade pro papai.

- A mamãe vai trabalhar naquela empresa de bebê - brincou com a gravata de Micael que tinha uma expressão ótima, tinha ficado feliz.

- Que maravilha, meu amor - selou os lábios no meu - então você foi conversar com eles.

- Fui sim, vou trabalhar em casa mesmo - sorri - eles meio que compraram o meu blog.

- Isso é maravilhoso, merece uma comemoração - vibrou - que tal fizermos um jantar à noite? Chamamos Lua e Arthur com Mel e Chay.

- Melhor não - fiz uma careta - se quiser pode chamar o Arthur e a Lua, mas Mel e Chay não vai ser um clima bom.

- Na festa do Pedro também vai ser assim?

- Infelizmente, mas vou chamar a Mel - adverti - que se dane as caretas de Lua.

- Certo - ele sentou com Pedro na grande cadeira de frente pra sua mesa - vou encomendar alguma coisa e avisar o Arthur.

- Ele não veio trabalhar hoje?

- Ele pediu uma folga, chegou cansado da viagem.

- Entendi - me sentei no sofá - parece que alguém melhorou.

- Estou vendo - encarou Pedro que agora riscava alguns papéis brancos na mesa de Micael - o remédio está fazendo efeito, não está?

- Acho que sim - ele não ligou, nem sabia que estávamos dissolvendo os comprimidos em sua mamadeira - papai, olha esse carrinho.

- Muito irado esse seu carrinho - sorriu com os rabiscos - que tal você fazer um desenho pra mamãe?

- Vou fazer um coração bem grande e cheio de florzinhas porque a mamãe gosta de florzinhas - me derreti toda enquanto dizia dócil, voltou a rabiscar na folha novamente.

Pedro fez seu desenho simbólico me entregando, rimos entre carinhos e decidi que era a hora de ir embora, Micael tinha muito trabalho pela frente. O tempo estava mudando, sair com Pedro naquelas circunstâncias não era legal, sai da empresa e corri pro carro enquanto a garoa ainda caía, arrumei ele em sua cadeirinha e fui pra casa.

As horas passaram e a noite caiu, Pedro estava meio enjoado então o coloquei pra dormir rápido. Micael chegou com diversas sacolas de comida, ambas quentes ainda. Subiu na busca de um banho e quando desceu já tinha conseguido arrumar a mesa do jantar, Arthur e Lua estavam chegando.

- Você pegou os vinhos? - me perguntou cauteloso.

- Peguei, estão debaixo da bancada - sorri dando um último retoque na toalha - o quê trouxe de jantar?

Apenas me AmeOnde histórias criam vida. Descubra agora