Sinopse
Mariah sempre nutriu uma paixonite por Alberto, como o moço não a notava, a moça decidiu seguir a sua vida, foi para faculdade, conheceu outras pessoas, namorou, mas como tudo na vida de uma heroína, existem problemas em sua vida amorosa.
M...
O sol toca no meu rosto, acariciando com seu calor matutino. Abro os meus olhos para ver o céu azul, os pássaros voando. Levanto da minha cama me espreguiçando, ao olhar para o meu relógio em cima da escrivaninha branca, com detalhe lilás, noto que já se passou das oito horas da manhã.
Só de pensar que eu deixaria tudo isso por uma ilusão, ainda bem que o destino agiu no momento certo. Eu senti muita saudade de acordar com o canto dos pássaros, dos movimentos dos trabalhadores da fazenda.
Eu cresci em meio a natureza; respirar o ar puro da fazenda, cuidar dos animais, cavalgar com o vento balançando os meus cabelos. O meu dia a dia antes de ir para a faculdade, sempre foi tranquilo, entretanto eu sempre tive as minhas responsabilidades, de ajudar a dona Ana nos afazeres doméstico e a mamãe a cuidar do meu irmão enquanto ela trabalhava na fábrica de laticínios e o papai na fazenda.
Entro no banheiro que faz parte do meu quarto, faço a minha higiene, abro o registo do chuveiro e deixo a água me lavar. O banho é revigorante, tudo na casa onde eu nasci é diferente até sentir a água se torna mais refrescante. Ensaboo o meu corpo com sabonete com cheiro de rosas.
"Isso deve ser coisa da minha mãe, ela ama este aroma".
Lavo os meus cabelos com meu shampoo com cheiro de algodão, deixo a água morna levar a minha ansiedade, fico mais alguns minutos, saio, pego a minha toalha felpuda.
Tudo em meu quarto me faz lembrar da minha infância. Minha mãe não mudou nada, está exatamente do jeito que eu deixei. Olho para tudo ao meu redor e parece que faz tanto tempo. A minha cabeça é outra, hoje não curto mais tanto a cor rosa.
Meus pais fizeram este ambiente pensando em uma princesinha, por isso tem muitas bonecas, ursinhos. Fase do meu passado que eu nunca vou esquecer.
Este local é da Mariah criança, ela ficou em minhas lembranças, quando eu me mudei. Viver sozinha com a minha amiga, fez com que eu amadurecesse. Eu me vi sozinha na cidade grande, aprendi a resolver os meus problemas, sem a ajuda dos meus pais.
Olho novamente, quero fazer uma grande mudança neste ambiente, vou torná-lo mais apropriado para as minhas necessidades. Ando pelo quarto, enrolada em minha toalha, com os pés descalços com sempre gostei. Está uma coisa que eu nunca vou mudar, o costume de andar à vontade em minha casa, quer dizer em meu quarto já que ainda está moradia é dos meus pais.
Sinto que eu estou apenas de passagem, depois que eu morrei com a Lisandra naquele apartamento pequeno, tomei gosto pela minha liberdade de ir e vir, até porque nós duas temos o mesmo gosto e saímos para os mesmos lugares.
Vou ao meu closet, escolho o vestido que eu comprei justamente para este dia. Fico olhando para a peça delicada pendura no cabideiro... — ele realmente é lindo me deixa com o ar de mulher fatal, dona de si, mas por dentro estou morrendo de medo, do que aquele infeliz tem a dizer, o safado deve estar se corroendo de raiva, pelas atitudes do meu pai.
