°^ Capítulo Treze^°

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Lucas

O professor dizia algo sequencialmente, porém minha mente estava cansada demais para acompanhar o seu raciocínio.

Depois que peguei no sono acordei às quatro da manhã e não consegui voltar a dormir, meu dia havia passado tranquilamente, tinha terminado aquela planta que estava tirando meu sono... Quem dera se fosse apenas o trabalho que o tomasse... Estou ficando cansado disso. Estou ficando exausto na verdade.

Estella estava mais calada hoje, não sei o que aconteceu, desejei ter perguntado, mas não o fiz. E não sei o porquê.

-Não se esqueça que nossa apresentação é amanhã. -Ela me diz antes de seguir ao lado de João rumo ao estacionamento.

Acho que todos estavam meio desanimados hoje, até mesmo Estella estava quieta, não seria eu a quebrar o silêncio.

O vento gélido bate contra mim.

Começo a caminhar tranquilamente até onde minha moto está estacionada, meu olhar está fixo no chão, enquanto minha mente apenas traça um plano para ter uma noite de sono bem dormida.

-Lucas?!-Uma voz feminina ecoa atrás de mime fazendo virar.

Uma das garotas da minha turma corre até mim, seus cabelos são negros, olhos castanhos, altura mediana e um sorriso bonito no rosto.

-Sim?-Pergunto quando ela está próxima o suficiente de mim.

-Esqueceu seu livro comigo. -Diz abrindo sua mochila enquanto vasculha atrás de algo, não demora muito até ela tirar um livros grosso de dentro.

-Aqui.

-Obrigado, não me lembrava. -Respondo pegando o livro. -Veio de carro?

-Ah, não, minha carona meio que já foi. -Responde um tanto desapontada.

-Quer uma?-Pergunto sorrindo de lado.

-Tem um capacete reserva?-Pergunta.

-Em casos de emergência é sempre bom.-Respondo sorrindo, dando-lhe um piscadela.

Ela sorri enquanto coloca uma mecha do cabelo atrás da orelha.

O som do meu celular tocando ecoa. Pego-o. O nome de Jorge está estampado no visor.

-Alô?-Atendo.

-Mano! No bar de sempre, topa?-Há o barulho da música no fundo e Alice diz algo que não consigo compreender.

-Espera. -Afasto o celular de mim. -Topa ir num barzinho agora?-Pergunto pra morena a minha frente.

-Claro, contanto que me leve pra casa sã e salva. -Responde sorrindo de lado.

-Claro! Estarei aí em alguns minutos. -Digo voltando a falar com Jorge. Ele confirma a informação e logo encerro a ligação.

Subo na moto.

A morena sobe e sinto suas mãos ao meu redor me segurando... Ótimo, esta será a noite em que tirarei Rebeca da cabeça.

Acelero rua adentro sentindo a adrenalina, o vento frio e ela se encolher atrás de mim. Junto ao meu corpo.

O frio me traz uma sensação diferente, boa. Mas diferente.
Demora cerca de quarenta minutos até avistar o barzinho onde havia combinado com Jorge. Estaciono a moto.

Ambos descemos. Ela está com as bochechas coradas, talvez por frio, talvez por mim. Nunca saberemos... Mas algo que preciso saber é o nome dela. Alice me ajudará nisso.

Abraço-a.

Adentramos juntos ao bar.

Não demoro muito para avistá-los com alguns amigos no fundo do bar.

Caminhamos até eles.

Simples CoincidênciasOnde histórias criam vida. Descubra agora