°^Capítulo Quarenta^°

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Um ano depois.

Lucas.

Estou sentado em minha sala, fitando minha aliança. Parte de mim se arrepende de não ter me casado com Rebeca após dois meses da compra desta aliança, porém ela estava começando no trabalho, estava atolada. Eu havia assumido como presidente pouco tempo antes, não era o melhor momento. Contudo não achei que demoraria tanto. Mas sempre tinha alguma viajem e quando não era por parte dela era por parte do meu emprego.

O que me alivia era saber que pelo menos a data já estava marcada, hoje mesmo vamos entregar alguns convites para alguns padrinhos. Nosso casamento será daqui um mês, Rebeca achou melhor esperar para entregar os convites, e quem sou eu para negar algo á ela? Um pobre coitado apaixonado.

-Bê. -Chamo-a ainda sentado no sofá.

-Já estou indo. -A mesma frase que foi repetida umas três vezes.

Dentre uns dez segundos ela adentra a minha sala, com um vestido preto um tanto colado ao corpo, nada vulgar, porém não deixa de valorizar seu corpo.

-Vamos? -Pergunta parada entre a sala e o corredor.

-Sim. -Respondo me levantando.

Saimos, lado a lado. Adentramos ao carro.

Nossa primeira parada é a casa de Gabriel e Miranda.

Demoramos cerca de quarenta minutos até chegarmos, o sol já havia se posto, apenas a luz da lua tomava o céu. O porteiro liberou nossa entrada.

As portas de metais do elevador se abrem no andar deles. A casa que dantes era sempre organizada, agora é tomada pelas variadas opções de brinquedos esparramados. O pequeno Pedro tem quatro meses, ele puxou os cabelos louros escuros de Gabriel e os olhos verdes de Miranda, ele arrasará corações, disso tenho certeza.

-Lucas. -Meu primo nos cumprimenta. Logo Miranda surge atrás dele, parece um pouco cansada.

-Tudo bem com vocês? -Pergunta enquanto se senta no sofá. Acompanhamo-os.

-Sim, muito bem na verdade. Estamos aqui para fazer um convite. -Rebeca começa a dizer.

-Que convite? -Pergunta surpresa.

Minha noiva o pega  em sua bolsa, ele é rustico, parece com um pergaminho, está dentro de uma garrafa de vidro pequena.

Era assim que se comunicavam, colocavam as cartas em garrafas e simplesmente as jogavam no mar a espera de que a pessoa destinatária a recebesse. Uma vez disse a Rebeca que se vivessemos nesta época seria assim que nos comunicariamos, ela gostou da ideia.

-Oh, claro que aceitamos! -Miranda responde sorrindo.

-Parabéns.-Gabriel nos deseja, ele realmente parece feliz.

-Obrigado. -Agradeço.

-É daqui um mes. -Miranda ressalta.

-Sim, achamos melhor esperamos para distribuir os convites, afinal todas as vezes que tentamos marcar este casamento alguém inventava uma viagem a trabalho. -Respondo vendo-a concordar.

-Fico feliz que estejam seguindo este caminho, nunca esperei vê-los se casar, mas admito ser uma surpresa boa. -Ela diz sorrindo.

-E como está Pedro? -Rebeca pergunta.

-Ah, está dormindo. Graças á Deus, se  soubessem como é dificil fazê-lo dormir. -Miranda responde me fazendo sorrir.

-Mas vale á pena, o tempo está passando rápido demais. -Gabriel comenta com certa nostalgia em seu tom de voz.

-Que bom que estão curtindo a paternidade. -Bê diz ao meu lado, seu olhar tem um brilho diferente. Sei o quanto sonha com um filho, o quanto deseja isso.

Algo que ela ressaltou neste período foi relacionamentos, entre pais e filhos, ela não obteve mais notícias sobre seu pai. Chegou a procurá-lo, porém não encontrou nada.

Ela sabe o qua aconteceu, apenas não pronunciou em voz alta. A vi chorar algumas vezes por isso, entretanto ela conseguiu superar.

-Sim, é uma experiência única, difícil, cansativa, exaustiva, porém é tão gratificante tê-lo em meus braços que me esqueço de todo o esforço feito. É uma sensação extraordinária, e a cada experiência tenho a sensaçao de que elas não voltarao, e por mais que aproveite cada momento, sentirei saudades. -Diz sorrindo com os olhos brilhando.

Agradecemos novamente por terem aceitado ser nossos padrinhos, e logo nos despedimos, seguindo ao proximo casal.

Matheus e Nicole nos recepcionaram muito bem, ela está gravida de oito meses.

-Como vão as coisas? -Nicole pergunta enquanto tenta achar a melhor posição para se sentar.

-Vão bem, graças á Deus. -Rebeca responde ao meu lado. -Viemos aqui para lhe fazer uma proposta. -Diz.

Matheus nos fita um tanto curioso.

Bê pega a garrafa onde está o convite dentro da bolsa e o entrega a Nicole que nos fita curiosa.

-Casamento? Vão se casar? Oh, não esperava por isso. -Responde sorrindo.

-Parabéns, cara. -Matheus diz.

-Obrigada, vocês aceitam? -Rebeca pergunta.

-Sim, claro que aceitamos. -Nick responde animadamente.

-É daqui um mês. -Matheus comenta.

-Sim, tivemos muitos imprevistos até conseguirmos uma data. -Respondo.

-Mesmo assim ficamos felizes em saber que vamos participar desta data tão importante para voceys. -Ela diz com os olhos marejados. -Desculpem, essa gravidez me deixou muito sensível. -Diz piscando várias vezes.

-Tudo bem. -Rebeca diz sorrindo. -Posso tocar? -Pergunta fitando sua barriga.

Nicole assente. Sua mão vai de encontro sua barriga.

-Oh, ela chutou! -Comenta sorrindo. -Sinta isso, Lucca. -Diz puxando minha mão ao encontro da barriga de Nick.

Sinto uma pressão contra minha mão. Por mais simples que possa parecer, é algo apaixonante. Ao sentir, me permiti imaginar Rebeca grávida, sentir os chutes de meu filho. Seria único ve-la gravida. Ter um filho com a mulher da minha vida.

Conversamos mais um pouco e logo nos despedimos seguindo para os últimos casais, dois primos nossos. Não demoramos muito na entrega dos convites, pois já estava ficando tarde.

Quando deixei Rebeca frente ao seu condomínio me despedi com um beijo.

Eu a amo, tanto que me assusta, a quero, a desejo, e a espero todos os dias.
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E aí meus amores?

O que acharam dessa bomba?? Sim, eles vão se casar!!!! É pra celebrar!!

Espero que tenham gostado!!!

Não se esqueçam de comentar e deixar o like ❤️❤️❤️❤️

Amo vocês, até sexta

Simples CoincidênciasWhere stories live. Discover now