Capítulo 25

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Ela partiu levando minha alma.
Lágrimas escorrem pela minha face, enquanto o helicóptero voa para longe.

Estou arrasado. Assim que entramos meu pai me abraçou, me acalmando um pouco.

Minha mãe não se aproxima, apenas me olha magoada.

— Não me olhe assim mãe. — Imploro.

— Eu não queria. Ainda estou perguntando a Deus onde errei com você? — fala negando com a cabeça.

— Não foi a senhora quem errou comigo. Foi aquela negra maldita. — axaltei um pouco a voz.

— Você não é um coitadinho Nikolas. Você tem mais dinheiro que possa dar conta na vida e perde a mulher que ama por causa da opinião dos outros.

— Deixa ele Marisa, ele já está sofrendo demais. — pede meu pai.

— Eu acho é pouco em relação ao que Isabella teve que ouvir. Moleque covarde. — Ela responde quase irada.

— Mãe, por favor! — Imploro novamente.

— Não. Por eu te amar e que você vai ouvir.

— Depois mãe. — Pede meu irmão.

— Não. Vai ser já. Você culpa toda negra pelo que aquela lhe fez e não percebe a sorte que teve. — fala ríspida.

— Sorte? Que sorte? Aquela mulher me abandonou. — Quase grito consumido pelo ódio.

— E depois Nikolas ? Você não teve uma família que te ama? Que te deu amor?

—Tive.

— Então seu babaca arrogante. Vê se cresce, ou vai perder Bella para sempre. — fala alterada.

— Ela é negra porra! Você não consegue ver isso, merda... — Sua mão estala em meu rosto. Ela nunca me bateu antes e seus olhos estão cheios.

— Moleque mimado.

— Não sou um moleque. — rebato me afastando dela.

— É sim, moleque e covarde. Saía da minha frente antes que eu te bata mais uma vez. Vai ver foi isso que lhe faltou.

Meu pai a abraça e a leva para fora de casa.

Subo para meu quarto, que ainda tem tantas coisas dela. Dou alguns socos na parede. Chega! Foi isso que deu eu me aproximar de uma negra. Eu não tinha que tê-la trazido para cá.

Nunca que vou me prestar a ser visto com uma negra em público, nunca.

Como me deixei envolver? Como fiz isso depois de tudo que já passei? Como fui capaz de me esquecer?

Aqui foi diferente. Ela é linda, leve, sorridente e fez meu sangue ferver. No entanto, fora daqui é somente mais uma negra pobre que teve o nome envolvido com drogas. Que mesmo sendo inocente, a mídia não perdoa.

Mulher nenhuma vale novamente a minha exposição. Não depois que demorei tanto para encobrir toda aquela merda. Por isso sempre quis  distância de todas e voltará a ser assim daqui pra frente. Isso foi apenas um maldito deslize. Um maldito e delicioso deslize. Eu deveria agradecer a ela por partir.

Que irônia! Mais uma preta pobre me abandona. Inferno!

Soco novamente a parede, até os nôs dos meus dedos sangrarem.

Me jogo sobre a cama que tem o cheiro dela e meu celular apita... Abro e é uma mensagem do banco. Já imaginando do que se tratava... Acerto em cheio. Ela devolveu os cem mil mais os  pagamentos. Posso ser um covarde, mas ela é burra.

Mando uma mensagem para ela que e logo me responde no jeito Bella de ser. Sorrio sozinho ao ler a mensagem enquanto meus olhos enchem.

– Deus! Que inferno de mulher teimosa e marrenta.

Ainda com o celular, abro minha galeria é lá está ela sorrindo para mim apenas de calcinha preta. Tão linda, tão perfeita, mas infelizmente não pra mim.

Um dia ela iria querer família e não ficar escondida, eu teria que partir. Eu sei que teria. Bella nasceu para ter uma família e por mais que ela negue isso, ela merece ser livre para amar onde bem quiser.

Não desço mais e passo à noite vendo nossas fotos e relembrando cada momento de nós dois. Na madrugada recolho suas roupas que estão espalhadas pelo quarto, devido sua pressa em partir e as arrumo no closet. O colar também foi deixado para trás. Fato que não me surpreendeu. Ela somente o levaria se não o tivesse achado.

No dia seguinte, me surpreendo com Álvaro limpando a piscina. Ele me conta que depois de descobrir o que a esposa e a sobrinha fizeram, ele resolver se separar, que já tinha combinado tudo com meu pai e que vai trazer a irmã com o cunhado para cuidarem da ilha, que meu pai lhe pediu para permanecer aqui, se ele assim quisesse.

Quando ele se revoltou falando delas, me senti um lixo. Porque como Bella bem falou, eu fui muito pior que elas.

Minha mãe continua me evitando e sem ter mais sentido ficar aqui, resolvo voltar para Nova York. Minha família escolheu ficar.

Isaque me ligou assim que cheguei ao aeroporto do Rio. Contou que Bella não quis o apartamento e me perguntou o que fazer com o imóvel. Mandei deixá-lo fechado e que eu resolveria isso durante a semana.

Joe e Douglas falam comigo domente o indispensável, desde que Bella partiu, e minha mãe nem ao menos se despediu de mim.

Acabamos de entrar no Avião e peço a Deus, que ele permita que Bella seja feliz e como ela diz:
— Vida que segue.

Passei a viagem toda pensando em uma forma dê fazê-la aceitar o apartamento. Quando finalmente chego em casa, envio um e-mail para meu contato no Rio, mandando ele imprimir e entregar a Bella, no prazo de cinco dias. Concluo passando o endereço de Isaque para ele.

Sei que se ele fizer isso hoje, ela vai rasgar sem ler. Posso ser covarde, mas mesmo que por culpa, eu vou dar um lar a ela.
*
No meu segundo dia em casa, termino com Penélope. À noite fui para uma boate e lá eu bebi umas cervejas e levei duas mulheres para casa comigo, no que depender de mim logo esqueço de Bella. Não rolou, meu pau não subiu e elas foram embora.

Terminei à noite sozinho com uma certa calcinha rasgada em meu travisseiro, junto a certeza que nunca serei capaz de esquecer a dona dela. A única mulher que virou meu mundo do avesso.

— Bella! Minha amada e perfeita marrenta.

❤❤❤❤❤

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💋Beijos da Aline💋💋.

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