12. Lúcifer - Supernatural

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Capítulo Único

Pov's S/n On:

Era quase manhã quando eu estava fechando o bar. Eu tenho o pior trabalho de todos, trabalho como garçonete em um bar noturno e hoje, era meu dia de fechar aquele lugar. Era cada coisa que eu aguentava, era horrível. Eu era uma ex caçadora, se é possível isso. Eu larguei a vida de caçadora a alguns meses atrás, eu vinguei minha irmã e minha mãe, já era o suficiente para mim. Essa vida de caçador não era para mim, eu não gostava nenhum pouco sobre as coisas que eu fiz quando era caçadora e eu não me orgulho do que eu fiz. 

Fechei tudo e peguei minhas coisas, colocando dentro do meu carro. Olhei para o céu, já estava quase amanhecendo e eu ainda não dormi, vai ser a primeira coisa que eu vou fazer. Entrei dentro do carro, dei partida e saí. Liguei o rádio e estava tocando Cherry Pie, minha música favorita. Fui cantando no caminho de casa, não era tão longe, então em menos de minutos eu já estava em casa. Peguei minha mochila e meu celular, abri a porta e acendi a luz do hall de entrada. Mas, por mais estranho, não havia acendido. Ouvi um barulho mas não consegui identificar de onde vinha. Peguei minha arma dentro da minha mochila e fui até a sala, tinha alguns livros fora do lugar. Cheguei mais perto e percebi que havia sangue na parede da lareira e no sofá. Algo de errado não está certo. Ouvi mais um barulho, era de cima. Fui na ponta do pé até a escada, sem fazer nenhum barulho, comecei a subir, a porta do meu quarto estava aberta. Olhei para baixo, no final da escada, havia sangue que dava até meu quarto. É agora ou nunca. Fui em silêncio até ao meu quarto, contei até três em minha cabeça e entrei dentro do cômodo:

- Quem é você? - Pergunto apontando a arma para um cara de costas, que imediatamente, levanta as mãos para cima quando escuta minha voz.

- S/n Bertini, presumo - Ele se vira calmamente para mim. Ele tinha olhos azuis, era meio loiro e estava todo machucado, alguns eram bem graves.

- Quem é você? - Pergunto e destravo minha arma.

- Eu falo, se você baixar a arma. Não quero te dar mais trabalho que isso - Ele aponta para arma e para ele.

- Trabalho? - Abaixo a arma devagar, mas permaneço com ela em mãos.

- Preciso de ajuda com isso aqui, soube que você era boa em remendar as pessoas - Ele sorri. Nossa.

- Quem é você? - Insisto na mesma pergunta.

- Lúcifer. Eu sou Lúcifer e preciso da sua ajuda - Ele diz mas logo cai no chão. 

Vou até ele, checo se está respirando. Estava. Eu posso fazer um favor ao mundo e acabar de uma vez com o Diabo, mas eu nem saberia dizer como eu mataria ele, afinal, ele era Lúcifer. Mas pedir ajuda a mim? Tá, eu vou ajudar, mas tenho certeza que eu vou me arrepender depois. Arrasto ele até a minha cama, com muito esforço, coloco ele em cima dela. Vou até meu armário de primeiros socorros, pego a primeira maleta que eu vejo e vou até ele.

***

Eu havia feito a maioria dos curativos. Tenho que admitir que ele me desafiou em alguns casos, mas eu gosto de um desafio. Ele tinha músculos como se estivesse malhando, quem diria que Lúcifer seria um cara malhado e maravilhoso? Comecei dar os últimos ajustes, foi quando ele abriu os olhos, olhando para mim. Eu estava ajeitando uma seringa de morfina quando senti sua mão em minha coxa:

- Eu sabia que você iria me ajudar - Ele diz convencido.

- Gosto de desafios - Respondo calmamente, injetando a seringa nele, que por um momento, fica assustado - É analgésico, irá diminuir sua dor por um tempo.

- Você está com medo? - Ele diz me olhando.

- Não. Se quisesse me matar, poderia ter feito isso quando eu estava sozinha no bar, quando eu pisei dentro de casa e quando abri a porta do quarto - Respondi levantando e indo para meu guarda roupa.

- Gosto de você, S/n. Você é diferente dos outros, analisa e depois age. Você não chega nem aos pés dos Winchester - Ouço a voz dele ficar mais baixa quando entro no banheiro e tiro minha blusa, que estava cheia de sangue. Coloco um moletom e saio, vendo Lúcifer sentado em minha cama, me analisando.

- Obrigada pelo elogio, mas acho que eles são melhores que eu - Digo voltando para o guarda roupa, procurando uma calça.

- Só porque eles continuaram e você não? - Ele perguntou. Como ele sabia? - Eu venho te acompanhando por muito tempo S/n, eu sei tudo sobre você, não foi por acaso que eu vim até aqui.

- Vai ler minha mente agora? - Pego uma legging preta e fecho o guarda roupa.

- Tenho que ter certeza se você não está pensando em me matar - Sua voz fica abafada novamente. Tiro minha saia e a meia calça e coloco minha calça.

- Se eu quisesse te matar, você não estaria falando comigo - Digo saindo do banheiro.

- Você não saberia me matar - Ele diz confiante.

- Você estaria amarrado, com sigilos, esperando pelos Winchester que eu iria chamar - Digo me sentando do outro lado da cama.

- Devo admitir que você pensa em tudo, admiro isso em você.

- Porque eu tenho a honra de Lúcifer saber tudo sobre mim?

- Eu te vi uma vez, no bunker com o Dean. Eu estava...

- No corpo de Castiel? Sim, eu sei. Castiel nunca me diria que eu não sou de jogar fora - Olho para ele, que estava me encarando com seus olhos azuis.

- Você realmente me surpreende, S/n.

- Todos me dizem isso - Sorrio convencida, bocejo e vejo o horário. Dormir não foi a primeira coisa que eu fiz.

- Você pode dormir, S/n. 

- Não posso, vai que você me mata.

- Você não é de se jogar fora, S/n - Ele repete a frase quando ele me viu pela primeira vez, no corpo de Cass.

- Tudo bem, de qualquer jeito, seria uma forma da hora de morrer - Dou de ombros e vejo um sorriso de Lúcifer.

Me deito de costas para ele e apago a luz do meu lado.




Imagines e Contos Vol. 1Where stories live. Discover now