Em um reino muito distante, vivia uma garota. Scarlett. Não era uma princesa, tampouco vinha de um berço nobre. Seus pais moravam em um campo simples, que graças aos cuidados de sua mãe, se tornara um lugar extremamente agradável. Eles eram uma famí...
- Rápido Scarlett! Estamos atrasados! - Lady Moore gritou, me empurrando para fora de casa.
- Espero que seja algo importante, não aguento mais esse suspense todo - Gina falou enquanto entrávamos na carruagem.
O reino inteiro estava eufórico. Todos aviam sido convocados ao centro da cidade, pois a família real estaria lá para anunciar a todos algo muito importante. Mas estava animada mesmo porque eu poderia ver ele.
Érik
Uma semana se passou desde que Scarlett e eu nos encontramos pela última vez! Não acredito que eu tinha tomado coragem suficiente para finamente beijá-la! As sensações que ela me causava eram incríveis, explosivas e eu não conseguia explicar o que acontecia comigo, mas eu já tinha em mente a chave para o que ia me ajudar! O decreto! Naquele dia, depois do jantar, eu entrei no escritório do meu pai, disse que precisava conversar com ele e com a minha mãe também. Eu sempre convocava os dois, afinal, a única pessoa que sabia convencer o rei de alguma coisa, era a rainha.
- Érik, seja rápido, o que quer nos dizer? - ele perguntou se sentando na enorme cadeira peluda.
- Veio ao meu conhecimento o tal... Decreto. Aquele que é de meu direito fazer antes de me tornar rei - ele bufou. - Eu quero fazer esse decreto, e vocês não podem me impedir, de acordo com a lei.
- Muito bem! Vamos acabar logo com isso - ele sacou um pergaminho, a caneta de ouro real, o carimbo real e passou-os para mim por cima da mesa. - O que vai decretar?
- Vou escrever primeiro, depois eu conto - sorri e dei uma piscadinha para provocá-lo.
Pela primeira vez na minha vida, usei o selo real. Meus olhos brilhavam, porque a partir daquele momento o maior plano da minha vida entraria em ação. Agora, eu só precisava alertar Treeman, para que ele me ajudasse com a segunda parte do plano. Aquele pequeno papel continha o passaporte para uma revira volta na minha vida, eu sabia disso, e eu também sabia que meu pai ficaria louco, principalmente comigo, mas eu também sabia que ia valer a pena! Eu entreguei o papel já selado nas mãos do meu pai, e foi então que ele arregalou os olhos, ficou um pouco vermelho e soltou um pouco de fumaça pelas orelhas. Eu sabia exatamente o que viria pela frente!
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- Esse menino é louco! - meu pai gritou. - E além de tudo isso está querendo me levar à loucura!
- Se acalme, querido - minha mãe falou tentando acalmá-lo.
- Como é que eu posso me acalmar?! Ein?! - ele se revoltou mais ainda. - Esse menino vai conseguir acabar com o meu reino, o reino que meus antepassados demoraram séculos para conseguir estabilizar! Onde foi que eu errei para ter que morrer de desgosto?! - ele gritou olhando para mim.
