. 6 . Univerdade Sillas

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Essa Universidade ali em cima, existe mesmo em Toronto

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Essa Universidade ali em cima, existe mesmo em Toronto.

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— Pai, por que eu terei que fazer esse discurso idiota? — (S/N) cruza os braços.

Victor bufa – eles são muito parecidos em suas personalidades.

— (S/N) esse discurso não é idiota. Você é jovem, eles são jovens.

— Só por isso? — (S/N) não gosta de multidões.

Ele revira os olhos com a birra da filha.

— Não, não é só por isso. Você sabe falar muito bem em público — tenta encorajá-la.

(S/N) fala muito bem em público. Mas com todos os olhares concentrados nela, fazem-na gaguejar.

— Claro — disse debochada —, porque eu não gaguejo, não é?

— Você só faz isso quando está nervosa.

— E estar diante de um monte de gente me olhando, não vai me deixar nervosa? — ajeita seu novo óculos de grau, que teima em deslizar pelo nariz. — E esse óculos? Eu nem tenho problemas de visão — Victor não fala nada e isso irrita ela. — Ah legal, agora vai me dar gelo, senhor Kassttro? — ironia exala de todos os seus poros.

Lauren disse para Victor que (S/N) tinha colorações diferentes nos olhos, dependendo de seu humor. Depois disso, ele está "obrigando" (S/N) a usar um óculos – feito de um certo tipo de metal – que esconde, parcialmente, a diferença de cores dos olhos dela.

O carro demora mais alguns minutos até chegar na Universidade Sillas de Toronto. O veículo escuro passa pelo imenso campus e para na frente do prédio, onde fica o auditório e, provavelmente, onde estão todas as pessoas que deveriam estar andando ou correndo por aí.

(S/N) olha para o prédio. Ele tem um estilo mais medieval – como um castelo – e constrata muito com os outros prédios mais altos e modernos.

Ela revira os olhos.

Além de fazer um discurso ali hoje, (S/N) vai ter que estudar também, de agora em diante. Não é algo que queria, mas como ela ainda é de menor – e o pai manda nela –, acatou essa ordem.

— (S/N) tira essa cara de brava — mais uma ordem de Victor. — Você é ótima nisso. Apenas, seja você mesma lá em cima do palco.

(S/N) coloca uma expressão mais suave no rosto. Sai do carro e fecha a porta com uma força excessiva, fazendo o vidro da janela quebrar.

— Ótimo — se pragueja internamente por ser tão azarada. — O que mais falta agora? Quebrar esse maldito óculos? — pergunta para si mesma.

(S/N) pensou que depois de dormir a viagem inteira, até o avião pousar, seu mal humor desapareceria. Mas logo que pisou no solo do aeroporto, o mal humor voltou com tudo. E para melhorar, são 8h55 da manhã de uma sexta-feira, de inverno.

Ela se concentra em pensar que ali em Toronto, estará mais perto de sua família. De seus avós maternos, de seus tios e de seus primos.

Isso à distrai por míseros segundos.

— (S/N), dá pra você se acalmar? — pediu Victor. — Não sei porque você está tão brava — sai do carro e fica ao lado da filha.

(S/N) ri sarcasticamente.

— Você quer que eu enumere o por quê? Vamos lá então — começa a contar nos dedos. — Um, você me arrastou pra cá. Dois, você está me obrigando a cursar algo que não quero. E três, você não vai me deixar nem escolher meu próprio apartamento.

Ele olha para (S/N).

— Depois que você terminou o namoro com a Lauren, você está muito mal humorada.

Victor não ganhou uma explicação, de nenhuma das duas, porque o namoro acabou.

— Pergunte pra sua queridinha, quem sabe aí você entenderá o por quê. — (S/N) olha para dentro do prédio. — Vamos antes que eu me arrependa — ela ajeita o óculos que deslizava, de novo, e suspira.

Victor coloca a mão no ombro da filha e isso faz ela se acalmar.

— Se eu deixar você escolher o seu apartamento e o local, você se acalma? — propôs.

— Vou pensar no seu caso, senhor Kassttro — abre um sorriso para ele. — Vamos?

Victor concorda, afinal, esse acordo é justo, e entra no prédio ao lado de (S/N).

Trilhos de Aço: Entre a Luz e as SombrasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora