. 10 . Conciliação

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Escutei está música, on repeat, enquanto escrevia este capítulo (me deu a vibe que eu precisava). Everyday - Ariana Grande feat. Future.

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(S/N) já morou em Toronto antes, mas só que foi quando tinha apenas 5 anos de idade – foi logo depois que sua mãe faleceu –, morou com seus avós maternos por aproximadamente 3 anos.

Mas agora é bem diferente, (S/N) tem 18 anos completos.

Seus avós maternos ainda moram na cidade, assim como seu tio, tia e seus dois primos também.

(S/N) já se acostumou bem à morar aqui novamente – o povo é incrível e muito gentil.

Mas, dentro de si, parece que ainda lhe falta alguma coisa, algo importante.

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É fim de semana e folga das faculdades. Mas ao que parece quem está tocando a campainha do apartamento de (S/N), não sabe desse pequeno instante de paz que ela tem.

A campainha toca insistentemente, como se a pessoa do outro lado da porta estivesse testando o pequeno aparelho.

— Eu vou matar a Dinah.

Dinah tem a mania de acordar (S/N), relativamente, cedo nos fins de semana.

(S/N) levanta da cama e coloca uma calça moletom preta. Não acha muito educado atender a porta, de cueca boxer e com uma ereção matinal.

A calça não disfarça muito, por isso pega uma camisa, de algum time de basquete, que desce até as coxas.

Pelo menos disfarça bem mais.

A campainha continua tocando.

Ô pessoa insistente essa.

(S/N) vai até a porta.

— DJ, se não for alguma emergência eu... — abre a porta. Definitivamente, não é Dinah. — O que você está fazendo aqui? E com uma mala?

— É bom ver você também, (S/N) — fala ironicamente. — Eu cansei de ver você me ignorar.

— Tivesse pensado nisso antes de me trair, Lauren.

Lauren entra no apartamento, passando por (S/N) que paralisa, congela. (S/N) acha que não está nem respirando.

— Vai ficar aí parada? Você precisa respirar, sabia? — pelo tom de voz, (S/N) sabe que Lauren está sorrindo.

(S/N) fecha a porta atrás de si e se vira para Lauren.

Toda vez que (S/N) olha para Lauren, vê aquela imagem dela com o cara na cama.

(S/N) sente sua respiração se acelerar, sente o sangue fluir rapidamente em suas veias. Pensamentos nebulosos permeiam sua mente, e isso lhe assusta.

Já tem algum tempo que seus pensamentos, não só sobre Lauren e o cara, são obscuros – e isso acontece até com uma mera discussão sobre uma certa matéria, em sala de aula.

(S/N) balança a cabeça, de um lado para o outro, tentando clarear a mente. A luz que entra pela janela, ajuda muito – é como e a luz varresse os pensamentos obscuros para longe.

Mas (S/N) não fala nada, espera que Lauren tenha a decência de pelo menos falar algo que não tenha ironia ou sarcasmo.

— Me desculpa? — pede Lauren, em uma voz baixa. — Eu fui estúpida, idiota ou qualquer outro adjetivo que você conheça, em qualquer língua que você fale — começa a chorar. — Eu, pode ser a pior desculpa de todas, estava bêbada e você sabe que quando eu fico bêbada...

Trilhos de Aço: Entre a Luz e as SombrasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora