A garota que eu quase beijei

Capítulo 19 - Nos pertencemos.

Ana

- Eu queria ir devagar com você, mas está difícil seguir com o plano. – Christian diz após darmos um beijo caloroso.

- O que você vai pensar de mim se eu te disser que não quero que vá devagar comigo? – Sou sincera com relação aos meus desejos. Christian me olha fixamente por um momento e segundos depois balança a cabeça como se estivesse espantando algum tipo de pensamento.

- Eu... – Ele leva suas duas mãos ao meu rosto e segura firme nele. – ficaria feliz em saber que você me deseja. – Diz e me beija. Um beijo evasivo cheio de língua e desejo. Gememos juntos durante o encontro provocativo de nossas línguas. – É melhor pararmos, eu não quero que seja assim. – Christian diz se afastando e ficando de costas enquanto passa suas mãos pelo cabelo.

- Mais eu quero transar com você, Christian. – Choramingo. – E pensei que também quisesse.

- É tudo o que mais quero, acredite. – Diz se virando e vindo em minha direção com seu cabelo revolto e ainda mais lindo do que antes. – Mais eu quero fazer amor com você sem pressa, sem culpa... Eu quero te amar com cada célula que compõe o meu corpo, quero que neste momento sejamos um só corpo. – Ele põe sua testa na minha. – E quando isto acontecer você será minha mulher e eu nunca mais te deixarei partir.

- Eu não quero partir. – Digo e o vejo umedecer seus lábios.

- Todos que se aproximaram de você queriam apenas sexo, Ana. – Christian apresenta um pouco de raiva na voz ao falar isso. – Eu não quero apenas isso, e o principal eu não quero que você pense que sou igual a eles. – Ele dá um passo para trás e me olha fixamente.

- Mas, é claro que não é, Christian. – Falo convicta. - Eu nunca quis antes com nenhum deles. – Noto seu espanto ao descobrir mais um dos meus segredos.

- Você nunca... Nunca? – Faço que não com a cabeça respondendo a sua pergunta. – E por que você fez?

- Sei lá... Pra agradar? Quem se importa com isso? – Falo dando de ombros.

- Eu me importo e muito. – Ele passa por mim indo em direção à cozinha. – Vou fazer um café para mim, você quer um chá? – Pergunta aparentando está aborrecido.

- Eu pensei que você quisesse outra coisa.

- Eu não quero ser agradado.

É a minha vez de ficar aborrecida.

- Eu acabei de dizer que você é o único que tenho desejo em ter algo mais intimo e isto foi única coisa que você ouviu? – Não escondo minha irritação ao falar.

- E você não ouviu que ainda é cedo para fazermos isso? – Ele retruca cruzando os braços.

- Tudo bem você é quem sabe. – Digo imitando o seu gesto.

– Ótimo! – Ele diz dando um sorriso triunfante. – Vou fazer o seu chá.

- E eu vou tomar banho. – Digo descruzando os braços e me descalçando. – Você sabe onde é o meu quarto.

- Baby! – Ele me chama enquanto estou saindo da cozinha. – Você está legal mesmo? Digo depois de tudo o que aconteceu.

- Estou sim, Christian. – Sorrio tentando tranquiliza-lo – Graças a você.

- Você me diria se não tivesse, não diria? – Pergunta mais uma vez tentando checar minha resposta.

- Eu não minto para você. – Seu olhar suaviza e percebo que finalmente ele acreditou no que disse. – Te espero lá no quarto. – Deixo a cozinha, mas antes percebo o sorriso safado que me lança.