Capítulo 41 - Nossa Phoebe.

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Christian

- (...) E isto seria uma ótima aquisição para os nossos negócios, filho, seria maravilhoso se realmente conseguíssemos. – Ouço meu pai falar euforicamente sobre uma ótima oportunidade que surgiu da qual não podemos perdê-la, porém não consigo me concentrar muito no que ele diz já que estou intrigado com o silêncio repentino de Ana

- Está bem pai, farei o que me pediu – Digo ficando de pé e fechando o notebook a minha frente. – Se importa se eu retornar a ligação mais tarde? É que eu preciso ver o que a Ana está fazendo, o senhor sabe como ela é inquieta. – Digo e escuto o meu pai sorrir em seguida.

- Claro, filho, eu espero o seu retorno. – Ele diz e desliga.

- Ana? Baby? – Chamo alto uma vez que já estou fora do meu escritório, porém não escuto sua resposta. – Sua danadinha... Você já está de novo na cozinha fazendo trela novamente... – Falo comigo mesmo enquanto me direciono as escadas que dão acesso ao andar de baixo da nossa casa. Sim, nossa casa. Há três meses nos mudamos para cá, e desde então, temos vividos bons momentos aqui, como a minha Ana diz esse é o nosso lugar, o nosso cantinho do amor. Amor esse que só tem crescido a cada dia, a cada beijo, a cada jura, a cada vez que nos amamos...

- Christiaaan... – Ouço Ana me chamar de maneira fraca, assim que desço o primeiro degrau da escada e sinto um frio percorrer o meu corpo, como se o meu sangue fosse todo drenado.

- ANA! – Grito desesperadamente enquanto pulo os degraus restantes. – Ana... – Sussurro ao chegar à sala e dar de cara com os seus olhos cor do mar me encarando assustados. – Ana? Amor? – A chamo com cautela.

- A bolsa... A bolsa... – Ela começa a dizer enquanto respira e inspira fundo. Olho para o chão e percebo o carpete da sala molhado.

- Sua bolsa estourou? - Pergunto com uma calma inacreditável.

- Sim... – Ela responde inspirando e respirando calmamente controlando, assim a sua ansiedade.

- Você está sentindo dor? – Questiono preocupado.

- Um pouco. – Ela diz fazendo uma careta nem um pouco amigável.

- Um minuto para eu pegar a bolsa que você preparou minha carteira, o celular e as chaves do carro e daqui de casa. – Digo e tenho como resposta um grito agudo de dor. – Eu já venho amor... – Falo correndo e em seguida subindo as escadas.

- Cadê você? Cadê? Achei! Agora só falta a minha carteira... Onde está? – Digo enquanto procuro e jogando tudo ao chão.

- CHRISTIAAAAAAN... – Ouço Ana gritar e pego tudo o que encontrei até o momento e corro ao encontro dela.

- Oi amor... Desculpa a demora. Eu não sei onde está minha carteira, mas depois eu.. - Começo a dizer tudo atropelado.

- Ela está ali. – Ana diz apontando para a mesinha de centro da sala e me cortando. Rapidamente pego-a e vou ao seu encontro. – Eu estou desesperado mesmo sabendo que não é hora para isso... – Digo olhando para cima e respirando fundo. – Você consegue andar?

- Consigo, mas bem devagar. – Ela responde com os olhos repletos de lágrimas.

- Eu não suporto ver você chorar Ana. – Digo me controlando para não fazer o mesmo.

- Está tudo bem amor. – Ela diz com a sua voz doce.

- Eu vou deixar as coisas no carro e volto para te buscar, está bem? – Digo e ela apenas faz que sim com a cabeça enquanto fecha os olhos mais suma vez com semblante de dor no rosto.  Deixo tudo bem rápido no banco de trás do carro e abro a porta do carona para facilitar a entrada da Ana, volto para a nossa casa e a encontro no mesmo lugar que eu havia deixado a pego no colo e com cuidado trago-a para fora de casa. – Vai ficar tudo bem. – Digo pondo o cinto nela e depositando um beijo em seus lábios.

A garota que eu quase beijeiWhere stories live. Discover now