Capítulo 10

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Ali correndo, me lembro das manhãs em que saia com papai.

-Já pegou seu casaco ?
- Pai, estamos indo correr!
- Mas está frio lá fora.
- Mas vamos correr, já já esquenta.
- Eu vou levar uma camisa.
- Bom que assim o senhor emagrece mais rápido!- Gargalho, saindo de casa, à espera de papai que tranca a porta.
Descemos as escadas em silêncio, até que papai não aguenta o silêncio, e o quebra.
- Acho que irei pedir Laurienne em casamento.- Me espanto com seu comentário, indecisa do que falar.
-Tem certeza ? - Digo franzindo o cenho.
- Você precisa de alguém Catherine. Ela é uma boa pessoa, pode te ajudar, em vários aspectos.
- Mas pai, estamos falando de casamento. E casamento é entre duas pessoas, você e ela. Se quer casar com ela tem que ser porque gosta dela, não por mim.
- Mas eu gosto.
- E está feliz ?- Ele suspira.
-Sim minha filha.
- Então também estou.

Ainda era de manhã, e o sol estava um pouco distante, frio. O tempo aqui era sempre assim, sempre frio, sem sol. Me levantei tomei uma ducha fria, peguei meus fones e saí em direção a longa estrada que havia ali.
Eu era acostumada a correr com papai nas manhãs frias, onde morávamos era quase sempre quente, se queríamos correr tínhamos que acordar bem cedo.
Me lembro quando Laurienne começou a correr com a gente, no começo não gostava da idéia, mas com o tempo fui  conhecendo melhor e à amando. Eu sentia saudades dela, saudades de tudo.
Aumentei minha velocidade, louca pra chegar em casa e tomar mais uma ducha gelada. Havia muito tempo que não corria e por isso me senti cansada como nunca.
Joguei meu telefone no sofá retirei os fones, coloquei um leite no fogo, e subi para um banho.
A água fria relaxava cada músculo do meu corpo, me fazendo arfar com a ótima sensação. Vesti um vestidinho verão e desci.
O leite já estava quente, coloquei em uma garrafa fechada e peguei um bolo de chocolate que estava dentro do forno.
- Mamãe ? - Gritei. Mas não obtive resposta. Fui até a garagem e seu carro não estava lá, ela tinha ido para o serviço é me deixado, ótimo!
Fui pra fora trancando a casa em seguida, e colocando a chave em baixo do vaso de flores. Caminhei até um shopping que era bem perto de casa, e peguei um táxi.

A empresa estava movimentada, entrei e fui direto para a minha sala. Havia uns papéis sobre a pequena mesa, que falavam sobre um assalto à um cartório. E na outra folha, pediam críticas. Me concentrei e comecei.
                     
-Querida ? - Levantei o olhar, e me deparei com mamãe na porta.
- Ah, oi mãe. - Eu disse, colocando os papéis de lado.
- Posso entrar ?
- Claro. - Sorri.
- Como está o trabalho hoje ? - Ela disse fechando a porta e se sentando em um pequeno banco.
- Hum, fácil. - Sorri.
- Que bom filha. - Ela sorriu também. - Você demorou chegar em casa não pude te esperar, desculpa.
- Tudo bem. Peguei um táxi.
- Está tudo bem ? - Ela disse me observando.
- Sim, tudo está melhorando. - Menti.
-Que bom, fico feliz, de verdade. Estamos sem tempo para conversar, aliás , já tem alguns dias que nem conversamos direito.
- Tudo bem mãe, só estou um pouco entediada, eu acho.
- No serviço ?
- Em tudo. - Sorri amarelo.
- Bom...- Antes que ela dissesse algo, alguém bateu na porta, e logo em seguida Fryou entrou.
- Estão te chamando na sua sala. - Ele disse dirigindo o olhar pra mamãe.
- Já vou. - Ela disse se levantando. - Depois conversamos, me espere pra irmos embora juntas. - Ela sorriu. Assenti.
Depois de terminar meu trabalho sai para fora e mamãe ainda estava na sua sala. Ainda havia vários papéis em sua mesa e ela não parecia estar nem perto de terminar seu trabalho. Decidi ir embora, estava cansada e não queria conversar.

Estava em meu quarto deitada quando escutei o barulho do carro de mamãe. Decidi descer para ver se ela estava bem. Quando faltava poucos degraus, escutei ela conversando com jhemy.
- Precisamos conversar.
- Sobre o que ? - Ele disse,  antes de pigarrear.
- Sua irmã. - Subi dois degraus a cima, para que não me vissem.
- O que aconteceu ? - Ele perguntou.
- Não aconteceu nada, mas ela enfrenta problemas, hoje mais cedo me disse que estava entediada.
- Eu também fico as vezes mãe, isso é normal.
- Mas ela precisa de amigos jhemy, por que não começa a sair mais com ela ? Sei que ela iria gostar.
- Eu à chamo sempre mãe.
- Por que não vão a praia amanhã ? Empresto meu carro.
- Mas ela não trabalha ? - Estava claro que jhemy não queria aquilo, estava claro que ele tinha os afazeres dele, e não queria se envolver com a irmã problemática.
- Vou conseguir uma folga pra ela, ela vai gostar.
- Tudo bem, vou tomar um banho. - Jhemy disse.
Rapidamente subi as escadas, entrando em meu quarto e me deitando. Não demorou muito para que mamãe entrasse no quarto para me contar da nossa ida na praia. Concordei, pois não queria chateá-la.

-Você sabe que é fácil te encontrar.
-Quem é você ? - Eu disse procurando na escuridão.
Eu estava em um sala escura, não enxergava nada, mas escutava barulhos de pingos. Pingos quando caem no metal, ou no vidro, um barulho levemente irritante .
- Eu vivo aqui. E você ?
- Aqui onde ? Onde estou ?- Eu repetia assustada. Eu não sabia distinguir a voz, não sabia se era uma voz feminina ou masculina, eu não entendia o que estava acontecendo.
- Estou chegando perto.
- Onde você está ? - Eu disse desesperada, o medo tomando conta de mim.
- Posso encostar em você ?
- Não, não! - Eu disse correndo. Eu corria, não enxergava para onde, mas corria. Até que o barulho dos pingos foi diminuindo, e a voz parou de falar. De repente, algo frio toca minha pele, e ele diz em alto e bom som : -Te achei.

Grito, e me levanto rápido. Estou suada e ofegante. Esses sonhos estavam ficando cada vez mais estranhos.
Saio da ducha e pego uma bolsa, coloco duas toalhas, um biquíni, e uma saída de banho.
Desço e já encontro jhemy tomando café da manhã.
- Mamãe já foi ao serviço ?
-Bom dia.- Ele diz nada animado. - Já sim, ela pegou um táxi.
- Ah sim. - Digo me sentando e pegando uma torrada.

Já no caminho, passamos na casa de três amigos de jhemy, e com a ajuda do GPS, conseguimos encontrar a praia. Era um lugar muito distante da cidade.
Era lindo, havia rochas de um lado, e do outro areia. Forrei uma toalha no chão, e me sentei.
- Há mais alguém que vai vir ?
- Tem sim, acabaram de chegar.
Olho à frente, e vejo aquela moto, aquela moto que eu mesma já andei, Harry. Meu coração dispara, mesmo vendo que ele está acompanho com Clare.






















Olá amoooores!!!
3 capítulos em dois dias hein ? Mas não se acostumem, o feriado está me ajudando!! Hahaha genteeee! Vim fazer umas perguntinhas pra vocês, já que me disseram que gostam, e pediram pra continuar fazendo.
- o que acham que vai acontecer no próximo capítulo ?
- Será que Harry gosta da clare ?
-Vocês acham o Harry bipolar ? (Pergunta óbvia né gente)
- será que a Catherine vai melhorar ?

#spoiler: vcs vão morrerrrrrrrrr com o próximo capítulo, não percam!!!

Infinity H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora