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Eu estava totalmente bêbada e destruída, é como se toda vez aparecesse a frase "Nunca conhecemos ninguém". E é verdade.

Mais uma vez eu estava gostando muito de alguém que causou tanta dor em mim, por que diabos alguém iria querer mentir pra mim? Por que diabos ele quis que eu viesse?

Não havia resposta para as minhas perguntas, eu estava perdendo meus sentidos a cada gole que bebia daquela cerveja amarga. Eram 3h da manhã e eu estava com 5% de bateria, que não duraria mais que 2 minutos, não iria conseguir pegar um táxi ou chamar o nate.

Fui em direção do bar e um homem de cabelo comprido me encarou.

- Com licença, poderia me emprestar um telefone? - Ele sacudiu a cabeça e eu tentei sorrir. - Obrigada. - Falei enquanto tentava discar algum número que na minha cabeça fazia sentido. Não deu em nada.

- ALGUÉM SABE ONDE O NATE MALOLEY MORA? - O bar inteiro se voltou para a louca gritando. Algumas pessoas resmungaram e me ignoraram, outras riam, até que um rapaz veio em minha direção.

- Oi, tá tudo bem? Eu conheço o... Nate, sei onde ele mora, é bem perto daqui.

- Mas não é perigoso essa hora? - Ele negou e esticou a mão; eu a peguei e senti um forte puxão no meu braço.

- Ô-ou, ela fica comigo ok? Eu conheço ela e vou levar ela pra casa em segurança. - Olhei pra trás e era a Vika.

- Oi Vika!!! Graças a deus! Um rosto conhecido. - Ela sorriu e eu também, o homem saiu sem dizer nada. - Você conhecia aquele cara?

- Não, e você também não. Cass, você está em uma cidade grande e as pessoas podem ser ruins aqui. Aparentemente você não é daqui. - Eu neguei. - Então, na casa de quem você queria ir?

- Ah! Na do Nate Maloley, eu não consigo lembrar onde é e fiquei sem bateria. - Ela riu.

- Acho que ele não é uma pessoa de fácil acesso, quem sabe você vai pra casa? Onde você mora? - Eu franzino cenho e fiz uma cara de quem ia vomitar.

- Na casa do Nate, to falando sério. - Ela apertou os olhos.

- Ok então, vou te levar pra minha casa, é aqui do lado e amanhã, quando você ficar melhor, vai pra onde você quiser. - Eu neguei.

- Eu preciso ir pra casa do Nate. - Ela foi me levando até a porta.

- Tá bom, vamos fazer assim, vamos lá pra casa, você carrega o celular e fala com o Nate.

- Tá, assim ok. - E ela sorriu, eu assento e fomos até a casa dela que realmente era do lado do bar.

A casa era imensa, não consegui reparar tudo mas ela tinha dois andares gigantes e uma piscina média na frente.

- Você fica aqui, eu já volto. - Vika falou e eu fiquei sentada em um sofá. É a última coisa que eu me lembro.

•••

Acordei com uma luz vinda das persianas. Eu estava com uma camiseta muito larga, cabiam duas de mim, deitada em uma cama de casal gigante e sem indícios de que eu tinha dormido com alguém.

Me levantei devagar, minha cabeça doía demais, "ressaca o nome né?", fui caminhando devagar até minhas roupas e as vesti, me dirigi até a porta e andei por um longo corredor, um cheiro ótimo vinha das escadas e eu o segui.

Vika estava cantando baixinho uma musica meio indie e dançava, virada para o fogão. Ela vestia um short jeans e uma camiseta floral rosa, o cabelo estava bagunçado e molhado

- Bom dia... - Eu falei sorrindo enquanto me sentava em um dos bancos na mesa americana. Ela se assustou e deixou algo cair, o juntando rápido e sorrindo, arrumando o cabelo curtíssimo pra trás.

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⏰ Last updated: Feb 03, 2019 ⏰

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BELIEVE - Sammy Wilkinson Where stories live. Discover now