Livro 1. Série Dark Souls.
Kananda Wright sempre foi atraída pelos bad boys, aqueles que fumavam e possuíam tatuagens espalhadas pelo corpo. Ou talvez, que só se vestissem de preto. Não importava, ela adorava observar os homens. Mesmo que a sua vida...
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UM SOCO FORTE quase atingiu minha mandíbula assim que começou a tocar How We Roll. Oh, não. Hollywood Undead agora, era para quebrar com as minhas pernas.
Falando em pernas, tropecei nas minhas. Gemi e caí de bunda no octógono. Ouvi a multidão vaiar, mas não tinha forças nem para levantar, quem dera, revidar. Tentei limpar o sangue de um corte no supercílio (que eu mesma consegui ao bater com o rosto na rede de proteção).
Meu rosto todo ardia.
Eu realmente saí de casa para apanhar? Levantei enquanto Lorenzo ria. Tudo bem, ele era realmente sádico e isso estava me irritando. Perder estava me irritando. Por que ele não parava? Não conseguia ver que eu estava sofrendo?
Lorenzo não sentia nada ao me ver naquele estado, certo? Foi como receber mais um soco nas costelas. Ele está se divertindo. Pensei que seria diferente comigo, mas é claro que não foi.
Ele não prometeu pegar leve.
E era isso que estava acontecendo agora. A culpa de estar nesse lugar, apanhando e servindo de piada para os homens ali reunidos, era minha. Não dele. Lorenzo nem queria me trazer aqui, para começo de conversa.
Ele avisou. E eu escolhi não ouvir. Agora, estava pagando o preço pela imprudência.
— Quero parar, Death — minha voz saiu fanha. Com medo.
Patético, mas minha única saída no momento. Mesmo que apelar para o seu lado emocional estivesse fora de cogitação — afinal, ele não possuía um.
Eu não era de desistir fácil, mas nós não estávamos treinando coisa nenhuma. Já estava começando a passar dos limites. Meu corpo ensanguentado e fraco era a prova.
Ele deu de ombros, o aço em seus olhos era mais duro que os seus punhos ou as risadas dos homens que nos observavam.
— Vai ter que acertar pelo menos um soco, Kananda.
Por que isso está acontecendo logo comigo?! Senti o sangue pulsar mais rápido enquanto tentava chegar perto dele, lenta como uma tartaruga. Meus movimentos estavam bem reduzidos. Teria sorte se conseguisse sair dali inteira.
Quando tentei lhe dar um soco, Lorenzo se abaixou. Ele poderia ter me nocauteado ali, mas se afastou. Ele estava me cercando, me exaurindo aos poucos, para a vitória ser mais saborosa.
