Capitulo 7

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Sophia narrando:

Sophia: Te assustei?

Antônio: Sim.

Sophia: O que está fazendo aqui?

Antônio: Estava pensando.

Sophia: Em que?

Antônio: Nada demais. – olhei ao redor.

Sophia: Aqui é muito bonito.

Antônio: É sim. – ficamos em silêncio por um tempo. – quero fazer uma coisa que nunca fiz na vida. – ele levantou, pegou seu iPod e colocou essa música ( ) , estendeu sua mão pra mim. – me dá a honra?

Fiquei muito surpresa com aquilo, ele quer me confundir, ele quer me ter nas mãos mais ainda. Dei a mão pra ele e levantei, ele botou as mãos na minha cintura, e eu passei os braços em volta do seu pescoço, começamos a dançar lentamente, nossos corpos ficavam cada vez mais próximos, ele aproximou sua boca do meu ouvido e sussurrou "eu te amo", nesse momento meu corpo todo arrepiou e meu coração parecia que ia pular pra fora, eu não sabia o que dizer, eu não sei o que sinto em relação a ele, é tudo muito complicado, nossos olhos se encontraram, logo nos beijamos. Não sei quanto tempo durou aquele beijo, parece ter sido horas, mas eu não estava nem aí, paramos de nos beijar por falta de fôlego, nos olhamos e rimos, olhamos para o lado e havia uma mesa com velas, comida e vinho.

Antônio: Acho que a Ana não quis nos atrapalhar. – sorriu.

Sophia: Também acho, vamos comer? – fomos até a mesa, sentamos, e comemos, voltamos pra espreguiçadeira e ficamos agarradinhos lá. – Antônio, se você me ama, por que me mantém presa aqui?

Antônio: Não quero que vá embora, quero que seja só minha.

Sophia: Mas eu sinto falta da minha família, posso ficar com você e com eles também.

Antônio: Eu vou pensar se deixo você ir vê-los. – eu sorri.

Sophia: Pensa com carinho, tá?

Antônio: Tá bom, princesa.

Me lembro de ter adormecido na espreguiçadeira, mas acordei na cama, será que o Antônio me carregou até aqui? Olhei para o lado e ele ainda estava dormindo, saí da cama devagar pra não acorda-lo, entrei no banheiro, fiz minha higienes e saí enrolada na toalha, ele estava sentado na cama.

Sophia: Bom dia.

Antônio: Preciso conversar com você.

Sophia: Pode falar.

Antônio: Decidi deixar você ir pra casa, mas com algumas condições.

Sophia: E quais seriam?

Antônio: Você não vai me denunciar a policia, não vai parar de me ver e não vai contar nada disso pros seus pais.

Sophia: E o que eu vou contar pra eles?

Antônio: Inventa alguma coisa, agora se arruma, vamos jajá.

Mal podia acreditar, eu ia rever meus pais e o Pietro, que saudades dele, mas o que eu iria dizer a eles? Terminei de me arrumar, nos despedimos da Ana, pegamos uma lancha e saímos da ilha, depois pegamos um carro, ele me deixou um pouco longe da minha casa, fui andando, cheguei e toquei a campainha, minha mãe atendeu.

Ela me olhou assustada e em seguida me abraçou forte, senti suas lágrimas molharem meu ombro, eu retribui o abraço, senti tanta falta da minha mãe.

Helena: Meu Deus, é você mesmo, você voltou pra mim, filha.

Nesse momento meu pai apareceu na porta.

Léo: Helena, quem... – ele me viu e sorriu na hora. – minha filha. – nos abraçamos, os três.

Nos separamos do abraço e entramos, sentei na poltrona e eles no sofá, me olhavam atentamente.

Léo: Filha, onde você estava e com quem?

Fiquei um pouco nervosa, não sabia o que falar pros meus pais, pensei em falar do Antônio, mas eu não podia, então inventei uma história.

Sophia: Eu não sei, pai.

Helena: Como assim? Nos conte exatamente o que aconteceu.

Sophia: Eu estava indo pra casa da minha amiga, não havia ninguém no ponto de ônibus, apenas eu, foi quando senti alguém pôr a mão na minha boca e nariz com um lenço, eu apaguei e quando vi estava num quarto escuro, não sei onde era e não sei quem estava lá, nunca vi o rosto, apenas ouvia a voz.

Léo: E como ligou pra sua mãe naquele dia?

Sophia: Ele me deu minha bolsa pra eu trocar de roupa, mas ele não sabia que o celular estava lá dentro, então eu escondi e liguei quando ele foi dormir, mas ele apareceu e jogou meu celular no chão.

Léo: E como você voltou pra cá?

Sophia: Ele me deu essa roupa e vendou meus olhos, me guiou até o carro e eu entrei, um tempo depois ele mandou eu descer do carro e contar até 10 pra tirar a venda, fiz isso e quando tirei ele não estava mais lá e eu estava aqui na rua de casa.

Léo: Como pode não ter visto o rosto dele?

Sophia: O quarto era escuro, pai, não havia luz, nem janela.

Léo: Filha, ele abusou de você?

Levantei na mesma hora.

Sophia: Preciso tomar um banho e descansar. – saí e entrei no meu quarto, me doía o coração ter que mentir pros meus pais, mas era necessário. Tomei um banho, me vesti e deitei.

CASAMENTO POR CONTRATO/SEGUNDA TEMPORADA.Where stories live. Discover now