CASAMENTO POR CONTRATO/SEGUNDA TEMPORADA.

Capítulo 9

Sophia narrando:

Acordei ansiosa no dia seguinte, não pra sair com o Guilherme e sim pra saber a reação do Antônio, no fundo eu estava com medo, mas serei firme e forte. Tomei um banho bem demorado, saí do banheiro e fui caçar uma roupa, provei várias, nenhuma me agradava, acabei escolhendo uma saia preta e uma camisa jeans de botão e mangas compridas, botei uma sapatilha, fiz uma make básica e deixei meu cabelo solto, logo minha mãe entrou no quarto avisando que o Guilherme havia chegado, peguei minha bolsa e fomos para o shopping.
Compramos os ingressos, mas ainda faltava 45 minutos para o filme começar, então decidimos ir lanchar, fomos ao Burger King, pedimos nossos hambúrgueres e milk shakes e sentamos.

Guilherme: Eu queria te pedir desculpas por ontem, não sei o que deu em mim.

Sophia: Tudo bem, relaxa.

Guilherme: Cheguei a pensar que você tinha namorado, mas acho que me enganei.

Sophia: Se eu tivesse um namorado não estaria aqui, né?

Guilherme: Verdade.

Comemos, conversamos, rimos bastante e já estava quase na hora do filme começar, pedi licença e fui ao banheiro, ao sair do banheiro senti alguém segurar meu braço, gelei na hora e meu coração acelerou, quando virei pra olhar era o Guilherme, suspirei aliviada, pensei que era o Antônio, maluquice e paranoia minha.

Guilherme: Tá assustada?

Sophia: Você me assustou.

Guilherme: Vim te buscar, você demorou.

Sophia: O banheiro tava bem cheio.

Guilherme: O filme vai começar, vamos?

Sophia: Vamos!

Entramos na sala de cinema e sentamos lá em cima no canto, já estava passando os trailers, a sala estava bem escura, sentamos e o filme começou, logo o Guilherme se aproximou de mim e falou.

Guilherme: Esqueci de comprar a pipoca.

Sophia: Mas a fila tava grande, você vai perder o filme.

Guilherme: É melhor eu ir logo já que ainda ta no comecinho e a fila deve ter diminuído.

Sophia: Tá certo, não demora.

Ele foi e eu fiquei vendo o filme, 1 minuto depois alguém sentou ao meu lado.

Sophia: Já? – quando virei pra olhar, era o Antônio. – O que está fazendo aqui?

Antônio: Vendo até onde vai essa palhaçada.

Sophia: Como soube que eu estava aqui?

Antônio: Eu sei de tudo, princesa.

Sophia: Vá embora!

Antônio: Eu vou te deixar com seu amiguinho, mas estarei de olho em cada movimento seu. – ele botou a mão na minha perna e foi deslizando por dentro da saia até chegar na minha coxa, logo apertou-a. – Você tem que entender, que você é minha, mauricinho nenhum vai te tirar de mim. – ele sussurrava em meu ouvido, meu coração estava acelerado, meu corpo tremia e eu não conseguia me mexer, senti sua mão apertar minha bct, maldita ideia essa de ter ido de saia e sentar no cantinho, ninguém conseguia ver, ele mordeu a minha orelha e ficou acariciando minha bct, botou minha calcinha pro lado e começou a massagear meu clitóris, logo enfiou dois dedos em mim, ele fazia tudo muito devagar, ninguém percebia nada e não havia ninguém ao nosso lado, minha respiração ficou acelerada, logo ele tirou seus dedos de mim e os chupou, se aproximou e sussurrou: "MINHA! Cuidado." Levantou e saiu, soltei um suspiro, eu não conseguia acreditar, como ele podia ser assim? Segundos depois o Guilherme chegou, ele sentou e eu me recompus, ele me abraçou e eu deitei a cabeça e seu ombro, dividimos a pipoca e o refrigerante, ficamos assistindo o filme como um casal, dei uma olhada na sala do cinema, mas não consegui achar o Antônio, porém eu sabia que ele estava ali, podia sentir sua presença.

Ao terminar o filme, pedi ao Guilherme pra me levar pra casa, fomos e eu fui o caminho todo calada, o Gui falava sobre o filme eu respondia com monossílabos, chegamos em casa e paramos na porta.

Guilherme: Gostei muito de ter saído com você.

Sophia: Eu também.

Guilherme: Não parece, você mudou de repente, tá quieta, fiz algo errado?

Sophia: Você foi maravilhoso, é só minha tpm que faz com que eu tenha essas variações de humor, desculpa.

Guilherme: Ah, coisa de mulher, entendo. – ele sorriu. – bom, vou indo nessa. – ele se aproximou e me abraçou, ao abraça-lo olhei em direção a uma árvore no outro lado da rua, ele estava lá, meus olhos encontraram o dele e meu estômago queimou, o Antônio tinha um sorriso no rosto, um sorriso assustador, não sei o que me deu, apenas desviei o olhar e me soltei do Guilherme, olhei bem pra o Gui e o beijei, sim, eu o beijei, ele pareceu bem surpreso, pois suas mãos demoraram para tocar meu corpo novamente, então me abraçou e ficamos nos beijando por um tempo bem longe, que beijo gostoso, eu senti algo diferente naquele beijo, nos soltamos e nos olhamos meio sem graça.

Sophia: É... Então a gente se vê.

Guilherme: A gente se vê. – sorrimos um pro outro e ele foi embora, antes de entrar olhei novamente pra árvore, mas o Antônio não estava mais lá, então entrei e encontrei minha mãe na sala vendo tv com o Pietro, dei um beijo nos dois.

Helena: Você tá vermelha, aconteceu alguma coisa? – ela me olhou maliciosa.

Sophia: Nada demais, mãe.

Helena: Depois quero saber como foi esse encontro.

Sophia: Depois eu conto, agora tenho que tomar um banho.

Fui para o meu quarto, tomei um banho e vesti um pijama, deitei na cama e fiquei conversando com o Gui pelo WhatsApp, sim ganhei um celular novo. Já estava escurecendo, eu estava nervosa, não sei do que o Antônio seria capaz de fazer. A madrugada chegou e eu não conseguia dormir, ficava o tempo todo olhando pra janela esperando o Antônio, amanheceu e ele não apareceu, eu não sei se ficava feliz ou com medo, porque eu não sabia onde ele estava e porque ele não foi me ver.