A Força do Amor - LIVRO 1 (Romance Gay)- CONCLUÍDO

Capítulo 39

Me aproximo mais do Ren...e do Lucas também. Não é isso que está pensando. Lucas se tornou um grande amigo.

Meu medo de sair está passando, ou não. Eu e Renny tivemos nossas roupas, sujas por frutas podres ontem, alguns alunos nos jogaram por estarmos conversando abraçados. Eu não imaginava que o preconceito era tão grande aqui.

- Eai Jy - é assim que o Lucas me chama - pronto pra apresentação de Biologia?

O professor me deixou apresentar depois do prazo.

- Claro Lucas, sempre pronto.

O Ren olha pra ele de cara feia.

- Não entendo o motivo de ele não chamar você pelo seu nome todo, não gosto disso.

Sorrio.

- Tá com ciúmes é?

- Sim, muito - fala ele e me abraça.

- Bem alunos - fala o professor entrando na sala - Judy, pronto pra começar?

- Prontissimo.

Minha apresentação foi perfeita, palavras do professor. Lucas me para na porta.

- Ei cara. Boa apresentação.

- Obrigado Lucas.

Ele sorri.

- Judy - fala o professor - estou super ocupado, poderia ir até a sala de biologia, lá embaixo no subsolo e pegar alguns livros que estão lá? Tenho que ir agora, amanhã você me trás...pode fazer isso por mim?

- Ah claro...

Ele me joga a chave da sala.

- Lucas ajuda ele, por favor.

Enquanto caminho em direção a sala, olho pra trás e vejo o Ren nos olhando, seus olhos brilham, acho que são lágrimas.

*     *     *

A porta está emperrada. Eu giro a chave e nada acontece.

- Não tá abrindo... - falo entre dentes, forçando a porta.

- Deixa eu tentar.

Bruto como ele é, ainda vai quebrar a chave.

- Não, para - falo pegando em seu braço.

- Deixa que eu faço...

- Não precisa...

Com uma guinada o Lucas bate com o cotovelo em minha boca e caio no chão.

- Judy...você tá bem? Droga...desculpa...não era pra você ficar atrás de mim, a porta abriu...droga.

- Tá tudo bem Lucas - coloco a mão na boca - tem sangue.

- Você está sangrando.

- Foi só um corte...vamos entrar.

Ele me ajuda a levantar com olhos culpados, coloco a mão em seu ombro e digo pra ele não se preocupar.

Entramos na sala, está escura e tem um cheiro estranho.

- Há quantos anos ninguém vem aqui? - falo.

- Muitos, posso apostar.

A porta bate com um estrondo. O Lucas vai até ela.

- Judy...

Eu passo a mão sobre os frascos que tem ali.

- Judy...

- Fala Lucas.

- Estamos presos.

Olho para ele.

Ah não! Preso aqui no escuro...logo com o Lucas.