Difficult Crossing

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E aê meus queridos?! Fic chegando na reta final, dá até uma dorzinha no core, mas ainda tem muitas coisinhas pra resolver. Aproveitem e divirtam-se 😘😘😘
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Camila

O caminho era tortuoso, na verdade vertiginoso seria a palavra adequada, nós caminhávamos por uma trilha que cortava o alto de uma montanha e a neve incomodava muito mais nessa situação, mesmo assim continuamos em frente. Já fazia dois dias desde o incidente com Chris, eu mal pude acreditar que ele era a reencarnação de Friede, mas Lauren parecia estar em paz com isso agora, e acabou transmitindo esse sentimento para mim, se ela estava tranquila eu também estava.

Antes de subirmos a montanha deixamos as carroças para trás e abrigamos alguns cavalos com bastante comida. Trouxemos o suficiente para mais um dia de caminhada, tempo que levaria para chegar ao antigo mar de Londor, segundo Yosefka, também descemos dos cavalos que levamos para não arriscar despencarmos no abismo daquele caminho estreito, Agro e Carpeado agora apenas carregavam nossas coisas.

“Puta merda, prendi meu pé na neve de novo! Esse caralho!” Dinah reclamou pela milésima vez.

“Falei pra você usar as botas mais largas amor.” Mani tentava ajudá-la a sair.

“Ah Mani, estavam rasgadas...” minha amiga fez um bico triste e eu ri.

“Devia ter me dito, eu podia ter costurado.” Lo me ajudou a passar por umas pedras que atrapalhavam meu caminho.

“Sabe costurar botas também?” me surpreendi.

“Sim, mas não temos os materiais necessários aqui, seria só num paliativo.”

“Mil e uma utilidades sua noiva Mila.” Lucy falou.

“As melhores delas eu guardo só pra mim.” Falei safada e Lauren ficou vermelhinha, mas me deu um selinho.

“Nossa, acho que meus pés vão congelar a qualquer momento.” Vero lamentou cansada.

“Venha aqui menina Verônica, tome o creme de canela, vai ajudar a esquentar.” Sir Jonathan procurava o item na sua bolsa e Vero sentou num pedra perto dele aliviada.

“Eu também quero Sir Jonathan!” Ally entrou na fila.

“Próximo!” Troy anunciou.

“Não vou me fazer de rogada, estou na fila!” Yosefka sentou ao lado de Vero.

“Calma, calma crianças, eu tenho creme bastante para todos.” Ele riu.

“Que bom tio Jonathan, será que posso passar na minha cara também? Não sinto meu nariz.” Austin contorceu o rosto nos fazendo rir.

“Eu trouxe um com uma fórmula mais leve, tome filho.” Sir Jonathan entregou o potinho ao sobrinho neto.

Acho tão bonita a relação dos dois, eles são amigos, parceiros de experiências e de ofício, mas ao mesmo tempo tomam conta um do outro com tanto carinho e atenção, Austin me disse que não tem nenhum parente além do tio avô. Pensando nisso, acho que já considero Sir Jonathan como um avô fofinho e muito querido, e Austin um primo gente boa, já os considero como família, não só eles, mas todos que conheci quando embarquei nessa jornada.

Vero e Lu, Normani, Troy, Yosefka, Salim, meus sogros, meus cunhados, apesar do problema que Christopher causou, os rapazes, Duncan, Filipe, Bryan, Sam, Pipin, Merryn, a família de Verônica, e claro, meu amor, minha Lauren, todos são pessoas incríveis, engraçado como mesmo em meio a caminhos tortuosos, como o da montanha que atravessávamos agora, sempre aparece alguém que segura sua mão e lhe ajuda a atravessar esses obstáculos, e eles já não parecem tão grandes quanto antes.

Metal Against​ The Clouds (Camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora