97 - Bônus - Renato

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Sofia tinha parado de chorar quando eu a deixei em casa, e fui levar Conrado ate a pousada ele tinha achado melhor ir embora amanhã cedo, quando as coisas estivessem mais calmas. Ele parecia certo em ir embora, ja Sofia estava péssima por isso.

No pequeno trajeto da minha casa ate a única pousada da cidade, fomos em silêncio. Não tinha tido muito contato com o meu cunhado, mas me sentir no dever em tentar abrir os olhos dele, de que ele estava tomando uma decisão errada, pelo o que Sofia havia me dito, Humberto meu sogro estava bem com a opção sexual do filho, o aceitava, e que havia sofrido com a partida de Conrado alguns anos atrás.

Conrado sofria por ter que esconder a verdade do pai e por ter medo de sua reação, mas agora as coisas estavam todas em pratos limpos, pra quê ir embora agora, se tudo, ou praticamente tudo estava do jeito que ele queria?

Estaciono o carro, enfrente a pousada.  Conrado se prepara pra sair do carro, quando começo a falar.

"Sabe, eu não gosto de me intrometer em assuntos de família. Ainda mais quando são tão delicados. Mas não entendo porque você vai embora, agora que você  sabe que seu pai te aceita? Nem a Sofia está entendo isso.

"Eu não posso ficar em casa, vendo meus pais discutindo por minha causa. Eles estavam bem, antes de eu chegar."

"Viver em uma fachada é estar bem? Ta mais que óbvio que a relação dos dois não está nada bem. Desculpa falar mais, não sei como o seu pai aguenta a megera da sua mãe." Digo sem pensar. "Me desculpe, não queria ofender a sua mãe." Completo, sem nenhum tipo de arrependimento. Aquela mulher realmente era uma megera. Cruz credo! Que sogra eu fui arrumar, SantoDeus!

"É você está certo, minha mãe está sendo uma megera."

"Tua irmã está precisando de você. E com certeza você dela."

"Eu não posso ficar mais naquela casa.  Minha mãe nem olha na minha cara, me sinto mal, horrível estando ali, com a sensação de que não sou bem vindo."

"Teu pai com certeza discorda."

"Meu pai nunca teve peito de enfrentar a minha mãe. Não vai ser diferente agora."

Porque ter família tinha que ser tão complicado assim? Era algo simples e importante mas ao mesmo tempo era tão difícil de se lidar.

"Olha, com certeza deve ser uma sensação horrível passar por tudo isso, mas cara você sempre temeu a reação do seu pai quando ele soubesse que você é gay, e agora você tem a oportunidade de fortalecer o laço entre vocês dois, porque vai dar as costas pra isso? Você não tem a sua mãe do seu lado, mas tem o teu pai, e a sua irmã. Você tem duas pessoas que te amam do jeito que você. Isso ja é importante pra caralho. É tudo que você precisa."

Conrado me olha surpreso, e depois olha para a pousada pensativo. 

"Eu preciso pensar. Amanhã eu ligo pra Sofia. E obrigado, de verdade. Você é um cara bem bacana, minha irmã fez uma escolha sábia em ter você como namorado."

"Eu que ganhei na loteria por ter ela." Digo.

"Cuida dela." Dito isso Conrado desce do carro, pega sua mala no banco de trás e parte em direção a entrada da pousada. Eu só esperava que ele ficasse, Depois de hoje Sofia ir precisar dele, mas do que nunca.

Quando cheguei em casa, meus pais ja tinham ido se deitar, achei que Sofia também estava dormindo mas estava acordada sentada no meio da minha cama, enquanto tomava algo em minha caneca preferida

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Quando cheguei em casa, meus pais ja tinham ido se deitar, achei que Sofia também estava dormindo mas estava acordada sentada no meio da minha cama, enquanto tomava algo em minha caneca preferida.

"Eai?" Adentro no quarto e fecho a porta do mesmo.

"Você deixou o Conrado na pousada?"

"Sim."

"Você demorou."

"Acabei batendo um papo com o seu irmao." Digo, enquanto vasculho meu guarda roupa.

"Sobre o que?"

"Disse a ele, que ele tinha que ficar, pois ele tinha duas pessoas que o amavam do jeito que ele é." Me viro para encarar Sofia, que me olhava com um sorriso gigante.

"Obrigada."

"Não tem que agradecer." Lhe jogo uma camiseta minha. "Pra ficar mais confortável. Vou tomar um banho, e ja venho me deitar com você." Caminho em direção ao banheiro, me detenho quando ouço Sofia dizer baixo.

"Não quero voltar pra casa. Não quero olhar na cara da minha mãe. Pra mim deu!"

Encaro Sofia sem saber o que dizer a ela. Mordo minha buchecha por dentro.

"Eu te diria pra vir morar comigo, mas moro com os meus pais. Não sei se você ia gostar de conviver com os seus sogros 24 horas por dia."

Sofia se levanta da cama, e caminha ate mim. "Eu ia gostar de acordar todos os dias ao seu lado."

"Eu também." Beijo o topo de sua cabeça.

"Mas é muito cedo, pra termos uma vida de quase casados."

"Concordo. Mas até você saber o que vai fazer. Você é sempre bem vinda."

"Obrigada." Ela sussurra antes de selar nossos lábios. 

•••

NÃO REVISADO.

RUMO AOS 30K 💜

Tava mal resolvi escrever pra aliviar. 😍Ate a próxima Lembranaticas.

Lembranças da Arena Where stories live. Discover now