Cinquenta tons de Maxtul

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— Eu não faço amor eu fodo, com força.
Max se contorce embaixo de mim enquanto prendo suas mãos, entrelaçando nossos dedos.
— Você é meu.
— Eu sou seu. — Ele sussurra, a voz rouca.
Todo o meu corpo arrepia quando ele prende as pernas longas e grandes ao redor da minha cintura.
O quão fundo você consegue entrar em alguém? É assim que quero fazer com Max, quero fundir nossos corpos, sentir ele, em todas as partes do meu corpo.
Suas mãos são agéis, e sobem e descem do meu peito pra minha barriga.
— Mais rápido. Por favor.
Ele geme a cada estocada profunda que eu dou.
— Você me ama? Diz que me ama. — Ele pede.
Os olhos de Max encontra os meus e tudo em mim explode. Ele me quer tanto quanto eu o quero e isso só faz com que eu vá mais rápido.
— Tul. Acorde. Tul!

                                                 • • •

Acordo ainda meio sonolento. Max está me sacudindo. Os cabelos negros caindo nos olhos, puxo um travesseiro para o meu colo e me sento.
— O sonho parecia estar bom. — Max sorri, foi um sorriso safado ou ainda estou dormindo?
— São seis da manhã, porra. O que você quer?
Max finge estar magoado.
— Teremos uma entrevista daqui 1h. O carro está lá embaixo, tome um banho e vamos.
Meu pau ainda está duro e eu só consigo pensar no sonho que acabei de ter. Max, eu, nus em uma cama.
Droga, isso não está ajudando.
— Eu já vou descer. Não tem algo pra fazer ao invés de ficar aqui me rondando?
Max sorri e morde os lábios. Porra, isso é demais pra mim.
— Hoje sou todo seu, senhor Pakorn.
Eu arregalo os olhos. É como se Max soubesse o que eu estava sonhando e quer me provocar por causa disso. É muita tortura.
— Uma entrevista. Ok. Será rápido?
— Tão rápido que eu marquei um encontro depois.
Com ela.
Ele não precisa dizer, eu sei que é a boca dela que ele vai beijar assim que me deixar em casa.
— Achei que era todo meu hoje. — Eu o provoco.
Max se levanta da minha cama e fica de frente pra mim.
— Vamos sair hoje. Eu preciso espairecer, não tem porque não ser com o meu melhor amigo.
Auch.
Eu estou mais relaxado.
Levanto da cama pegando a toalha e vou até o banheiro.
A água quente relaxa cada músculo do meu corpo e aos poucos estou de volta ao meu sonho. As mãos de Max na minha, o seu corpo tão perto do meu, o seu...
Em um rompante o box do banheiro se abre: É Max
— Mas que porra...
Max me olha de cima a baixo e um arrepio corre pelo meu corpo.
— Porque o espanto. Eu tenho o mesmo que você. — Ele me olha de cima a baixo de novo. — Só um pouco maior.
— Seu filho da...
Ele impede que eu termine de falar, colocando um dedo na minha boca.
— Já estamos atrasados, vamos logo com isso.
E ele sai do banheiro.
Começo a pensar em mil e uma maneiras de puxá-lo de volta para o box do banheiro e fodê-lo ali mesmo.
Meu pau volta a ficar duro e eu resolvo brincar sozinho por alguns segundos.

                                                    • • •

Já estamos dentro do carro indo para a bendita entrevista. O sol e o trânsito de Bangkok nos castigando ás dez horas da manhã.
Max está calado, vez ou outra ele me lança um olhar, só para voltar a olhar pela janela logo em seguida.
O local da entrevista é aberto. Três cadeiras estão posicionadas no espaço verde.
Hoje será eu, Max e um MC.
Eu nunca fico nervoso em uma entrevista mas hoje estou apavorado.
Algo está me incomodando. Max usou o termo "encontro" quando disse que saíriamos juntos mais tarde, e uma pequena e brilhante chama de esperança se acendeu no meu peito. Não só no meu peito.
Eu tamborilo os dedos na coxa, enquanto esperamos sentados pelo entrevistador.
Max puxa minha mão. Eu paro de tamborilar os dedos.
— Nervoso? Durará apenas alguns minutos.
— Não estou nervoso. — Eu puxo minha mão com força e Max se afasta.
Ele está me torturando. O lugar em que ele tocou minha mão queima.
Max me enche de esperanças só para depois me deixar, voltar pra ela. É mais do que posso aguentar.
A entrevista dura cerca de meia hora, e eu sinto um alívio por não ter nenhuma brincadeira envolvida. Meu humor está horrível.
— Uma última pergunta. — Diz o MC nos encarando. Ele traz um sorriso brincalhão no rosto. — No momento, vocês estão apaixonados?
Tenho certeza que o sangue do meu rosto some no momento em que o MC faz a pergunta. É uma pergunta simples mas que eu sei que a resposta me trará consequências.
— Sempre estamos, sempre precisamos de amor. — Responde Max com um sorriso. Sinto vontade de arrancar aquele sorrisinho da cara dele com um soco ou, com outra coisa.
— Estamos esperando a sua resposta, Tul. — Questiona o MC.
Eu respiro fundo antes de responder.
— Como Max disse, sempre precisamos de amor mesmo que ás vezes isso não possa acontecer com quem a gente quer.
O MC solta risadinhas histéricas e pouco me importa o que ele está imaginando.
Eu fui sincero, e isso doeu mais do que eu imaginei que doeria.
Eu não quero só fazer sexo com Max, eu quero amá-lo, cuidar dele e mostrar pra ele como é amar de verdade. Eu quero fazer amor com ele, todos os dias.
Somos dispensados e eu não espero por Max, vou em direção ao carro e fico lá, sentado, esperando ele chegar.
Ele entra e senta ao meu lado.
— Onde quer comer?
— Na verdade, quero ir pra casa. Estou meio cansado. — Eu respondo.
— Achei que iríamos sair.
Você disse que iríamos sair, eu não concordei.
— Certo. Vamos pra casa.
O silêncio nos segue até o meu apartamento. Quando o carro encosta, Max faz menção de sair.
— Não precisa sair, nos vemos depois.
Eu saio do carro mas ele me segue. Eu trinco os dentes.
Teimoso.
Não sei porque estou com raiva. Porque Max não pode ser meu? Porque ele ainda está com ela? Por causa das vezes em que tenho que fingir que eu não o quero quando na verdade o quero, muito?
Abro a porta e entro, Max entra logo depois e fecha a porta.
— O que você tem? — Ele pergunta.
— Nada.
— Você passou a entrevista todo emburrado. E aquela resposta? O que foi aquilo?
— Fui sincero.
Max se aproxima e eu recuo.
— Pelo o que eu entendi você está desse jeito porque quer alguém que não pode ter.
Eu engulo em seco.
— Pare de querer essa pessoa.
— Eu não consigo! — Meu grito ecoa no meu apartamento.
Os olhos de Max estão me desafiando. Estamos brigando? Porque isso é tão excitante?
— Tente.
Max se aproxima e dessa vez me mantenho no lugar.
— Eu...
— Não pode?
Agora ele está perto demais. Posso sentir o cheiro da sua loção pós banho.
— Sou fraco demais pra resistir a você.
E então eu o beijo.
No início acho que Max vai me acertar um soco, me empurrar ou sair correndo mas, ele não o faz e isso é a minha deixa para ir em frente.
O beijo começa lento, mas logo estamos ofegantes. Minha língua passa pelo pescoço de Max e ele me afasta.
— Tul, o que está fazendo? — a voz dele sai rouca.
— O que acha que estou fazendo?
Eu o beijo de novo e mordo seu lábio inferior.
Coloco minha mão dentro da sua calça, seu membro lateja nas minhas mãos.
— Me diz se ela te beija como eu beijo você. — Eu sussurro em seu ouvido.
— Prepare-se para ser fodido como nunca te foderam antes.
Max geme.
Eu o beijo de novo. Quando chegamos ao meu quarto já estamos nu.
Eu não me belisco para ter certeza que não é um sonho, ao invés disso, coloco o pau de Max na boca para ter certeza que estou acordado.
Está longe de ser um sonho.

Contos que devem ser contados • MaxTulWhere stories live. Discover now