Capítulo seis

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Meu táxi chegou e dei o endereço da casa dos meus pais. Durante o caminho, tentei ligar mas ninguém me atendeu. Quando cheguei, fui recebido pela minha mãe.

- Felipe? O que você tá fazendo aqui, filho?

- Oi mãe, vim dormir aqui hoje. Tentei ligar, ninguém me atendeu.

- Seu pai tá no escritório e eu estava no banho, não vi. Mas aconteceu algo?

- Briguei com o Victor.

- Ah, filho, sério?

Contei toda a história brevemente pra minha mãe, estava cansado e queria descansar logo. Passei no escritório do meu pai para desejar boa noite.

- Pai? - bato na porta.

- Entra. - diz ele.

Entro, e vejo que ele não estava só. Havia mais três pessoas no escritório, acredito que são advogados do escritório, e entre eles estava Arthur.

- Desculpe, não queria incomodar. - digo.

- Imagina Felipe, a gente está quase terminando aqui. Mas o que você faz aqui, filho? - diz meu pai.

- Nada demais, Pai. Vou esperar você terminar isso aí. - digo, saindo do escritório.

Fui pro meu quarto, tomei um banho e me troquei. Desci pra ver se meu pai já havia terminado o trabalho, mas ele continuava no escritório. Fui na cozinha pegar uma água, e me deparo com aquele monumento sentado.

- Oi Arthur. - digo.

- Oi Fê, tudo bem?

- Tudo. O que você tá fazendo?

- Seu pai está terminando um caso com os outros advogados, como ele não precisa de mim agora, vim descansar um pouco.

- Hum. Quer alguma coisa?

- Não, obrigado. Só essa roupa está me agoniando. - diz ele, abrindo os primeiros botões da camisa social.

- Se quiser, posso te emprestar uma roupa.

- Sério Fê? Mas acho que não vai servir, eu sou um pouco maior que você.

- Não custa tentar. Vamos lá procurar alguma que sirva em você.

Subimos para o meu quarto. Apesar de não morar com meus pais, sempre mantinha algumas roupas ali.

- Acho que isso deve servir. - digo, entregando algumas peças de roupas a ele.

Peguei meu celular e sentei na minha cama, mas perdi o foco quando vi Arthur começando a tirar sua roupa.

- Você se incomoda se eu trocar de roupa aqui? - perguntou Arthur quando notou que eu estava te observando.

- Não. - respondi, morrendo de vergonha.

Não conseguia desviar meu olhar do corpo de Arthur. Cada músculo de seu corpo parecia ter sido desenhado à mão. Queria tocar, mas ao mesmo tempo minha consciência pesava por Victor. Quando notei que ele havia terminado, disfarcei.

- É, ficou um pouco justo mas serviu. - disse ele.

- Ficou ótimo, Arthur. Eu tô morrendo de calor aqui, vamos tomar um ar lá fora?

- Vamos.

Descemos, e nos sentamos nas espreguiçadeiras que ficavam na borda na piscina. Havia um silêncio entre nós, mas não um silêncio constrangedor, estávamos sentindo a brisa daquela noite. Pensava no que faria amanhã, se me resolveria com Victor ou se daria um ponto final no nosso relacionamento ali, até Arthur chamar a minha atenção cantarolando uma música.

INCONSTANTE (ROMANCE GAY)Where stories live. Discover now