Morro do Céu - 4º Temporada

Capítulo 117

Marina Narrando ❌

       65 anos de casados, Flávia e Ratão eram realmente um casal e tanto, eles fizeram o discurso deles e eu tava do lado da Thuane e do Jonathan, mas eu tava chorando tanto, tanto que eu não sabia explicar:

Jonathan: Vai morre e ninguém vai te socorre

Thuane: Credo amor - cutucou ele e eu comecei a ri

Rômulo: Eu presto socorro sem problema - falou no meu ouvido

Thuane: Opa vamos ali pega um doce - olhou pro Jonathan

Jonathan: Agora que vai ter dr? - ela olhou pra ele com uma cara de óbvio - Porra nunca vi o Rômulo nessa situação, aí quando vejo

Thuane: Você calado é um amor - saiu puxando ele

Rômulo: Oi - parou do meu lado

Marina: Oi

Rômulo: Tá chorando pelas coisas que meu biso falou é? - eu sorri

Marina: Sim

Rômulo: Tá bolada comigo ainda? - encarei ele

Marina: É cla... - ele interrompeu

Rômulo: É claro que sim né Rômulo - imitou a minha voz - Na moral? - me encarou - Para

Marina: Tô fazendo nada, você quem veio me perturba - encarei ele

Rômulo: Dá pra gente ir ali levar um papo?

Marina: Rômulo eu não quero papo contigo - falei séria

Rômulo: Não vai por bem ne? - me pegou pela cintura - Mas vai por mal - saiu andando comigo até um canto vazio

Marina: Ridículo - bati nele assim que ele me colocou no chão

Rômulo: Já aceitei você me chamar de ridículo, babaca, otário, mas porra Marina como eu ia saber que tu gostava de mim? Nossa amizade realmente tinha muita cobrança mas como eu ia saber se você nunca falou?

Marina: Tá Rômulo acabou o discurso? - sai andando e ele me puxou

Rômulo: Acabou a infantilidade? - me encostou na parede - Se eu soubesse de verdade que tu era afim de mim eu não ia fazer isso, não com você Ma

Marina: Ata bom, até porque eu sou uma exceção né? Aí Rômulo

Rômulo: Você é uma das mulheres que eu mais respeito nessa vida, nunca ia querer fazer nada pra te magoar, transar com a Alice não foi nada pra mim, transar com nenhuma mulher nunca foi alguma coisa pra mim, era só sexo e você sabe disso - meu olho começou a encher de água

Marina: Chega né? - respirei fundo

Rômulo: É chega - ele abaixou o braço e me deixou sair e eu sai andando - Mas é chega de falar - ele deu maior puxão na minha cintura - Eu amo você - me encarou e a gente começou a se beijar

       Aquele beijo foi diferente do de anos atrás, o Rômulo beijava bem, confesso, mas nesse beijo tinha carinho e claro uma grande dose de safadeza, ficamos um tempo ali juntos e fomos parando o beijo as poucos com selinho:

Marina: Também vou ser só uma transa e mais nada pra você? - disse olhando nos olhos dele

Rômulo: Vai com calma hein - riu - Mal me beijou e já que me levar pra cama - debochou

Marina: Deixa de ser ridículo você entendeu

Rômulo: Olha só - passou a mão pela minha nuca - Se você fosse só mais uma eu nunca ia te mandar flores, eu detesto flor, aquele cheiro - eu ri - Mas olhando pra você eu imagino até a flor do nosso casamento sabia? - eu sorri

Marina: Nosso casamento? Tá muito cedo pra você pensar nisso não?

Rômulo: Verdade - respirou fundo - Fecha os olhos - eu fechei

       Rômulo tava fazendo alguns movimentos, me afastou dele e mandou eu abri os olhos, quando eu abri, o Rômulo tava ajoelhado no chão com um par de alianças na mão:

Rômulo: Marina Lima você aceita casar comigo? Te juro que vai ter uma família muito legal - eu sorri e comecei a chorar

Marina: Rômulo - arregalei os olhos - Para de ser maluco, como me pede em casamento assim?

Rômulo: A gente já tá bem velho pra eu te pedir em namoro né? Mas se você quiser - levantou

Marina: Não

Rômulo: Não?

Marina: Não, não é não, é sim

Rômulo: O que?

Marina: É claro que eu quero casar com você e entrar pra sua família louca