ʜᴇʀᴅᴇɪʀᴏ sᴛᴀʀᴋ | ᴏ ᴇsᴄᴏʟʜɪᴅᴏ

D E Z E S S E I S

NOAH

- Que comece a diversão! - Ela pega na minha mão e sorri animada.

Entramos na casa e começamos a andar pela sala, que agora é uma pista de dança improvisada.
Em algum momento Ryan se afastou de nós para ir se divertir enquanto Kayla me puxava para o meio das pessoas.

- Aqui... Bebe isso. - Kayla me oferece um copo assim que chegamos na cozinha, onde tem um casal praticamente se comendo em cima do balcão.

- O que é isso? - Pergunto assim que pego o copo, ela me ignora e leva a bebida até a minha boca.

- É só refrigerante, não se preocupe. - Ela sorri, olha em volta e parece notar o casal tentando se engolir. - Acho melhor a gente sair daqui.

Pega em minha mão de novo, voltamos para a sala e nos sentamos perto da janela.
Olho em volta me sentindo um pouco desconfortável.

- Relaxa Noah... - Kayla bebe um pouco da sua bebida e faço o mesmo.

Sorrio fraco e ela aponta para frente, onde Ryan está dançando com duas garotas.

- Por que você não vai lá? - Ela sorri com diversão, mostrando que está brincando.

Antes que eu responda uma menina esbarra em nós, ela está chorando muito.

- Está tudo bem com você? - Faço a pergunta mais idiota da história, Kayla se levanta e ajuda a garota a se sentar.

- Alguém fez alguma coisa com você? - Ela pergunta, mas a garota só chorava. - Escuta, eu não posso te ajudar se você ficar chorando. Se controla!

- Kayla! - Repreendo ela, que suspira.
A menina que até então estava chorando respira fundo e vai se acalmando.

- Meu...Meu namorado...Ele terminou comigo... Na frente dos amigos. - Ela tenta explicar.

- E você vai embora? - Kayla pergunta indignada. - Vai sair de uma festa por causa de um babaca?

A garota não responde nada, parece pensar em tudo que Kayla falou.

- Não... - Murmura baixo. O olhar da garota vai até um grupo de pessoas do outro lado da sala, e arrisco a dizer que o ex dela estava alí.

- Qual seu nome? - Kayla pergunta, encarando a garota com atenção.

- Bárbara... Muito prazer. - A garota estende a mão em um cumprimento.

- Vamos mostrar para seu ex que você está melhor sem ele. - Kayla fala decidida. - Vem...

Kayla segura na mão da garota, a obrigando a se levantar.

- O que você vai fazer? - Pergunto confuso.

- Apenas me divertir. - Ela sorri, e esse sorriso me deixa hipnotizado. - Você se importa de ficar sozinho por uns minutos? Se você ficar entediado vá andar por aí, ficar com alguma garota. Você está em uma festa, divirta-se. Mas não aceite nada de estranhos.

Ela sai sem me dar tempo de responder e arrasta a menina com ela para a pista de dança.

Kayla começa a dançar de um jeito provocante, balançando os quadris de um lado para o outro e fala algo com a menina, que começa a dançar do mesmo jeito.

Meu Deus...

Ela acabam traindo o olhar do grupo, especificamente do ex namorado da garota, que parece estar vermelho de raiva.

Observo as duas dançarem, até que um acontecimento me deixa em choque.
Em algum momento da dança, Kayla se aproxima ainda mais da garota, a beijando.

Desvio o olhar, me sentindo mal ao ver a cena. Eu sabia o que era, mas me recusei a aceitar de que estava com ciúmes.

Escuto meu nome ser gritado, e quando volto a observar Kayla, vejo que a mesma me chamava com um aceno.

Viro o copo que estava segurando e bebo rapidamente,  ando em direção a ela pegando sua mão, a girando e puxando-a para mim.

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- Sua namorada vai ficar brava se descobrir. - Comenta uma garota que eu não lembro o nome, não respondo e beijo ela de novo, a encostando na parede.
Ela coloca a mão debaixo da minha blusa e geme quando aperto sua coxa.

Eu realmente não sei como vim parar aqui, me lembro de que fiquei dançando com Kayla, mas ela se afastou dizendo que iria no banheiro.

Segundos depois um cara apareceu e me ofereceu um copo que tinha alguma coisa com um cheiro forte.
E se eu queria me enturmar, precisava ser legal, então eu aceitei.

O líquido desceu  queimando a minha garganta e o cara me ofereceu mais um e mais um… Depois tudo se tornou um borrão.

Só me lembro dessa garota aparecendo e começar a conversar comigo, depois ela me beija e me chama para ir atrás da casa onde é mais tranquilo para e gente "conversar". E agora estou aqui.

A menina tira minha jaqueta e começa a beijar meu pescoço, nisso começo a sentir uma enorme pressão no peito que me faz gemer de dor.

Me separo da garota sem ar e vendo tudo girar. Ela fala algo que não entendo e sai, me sento no chão tentando respirar.

Vejo a menina voltar e atrás dela Kayla, que corre até mim e coloca as mãos no meu rosto, me fazendo olhar para ela.

Kayla fala comigo mas não consigo responder, apenas aponto para o meu peito.

Tento me ficar acordado, mas a voz de Kayla vai ficando longe e tudo escurece

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Acordo de repente e tento me levantar, mas desisto quando meu corpo inteiro Começa a doer. Sinto o colchão se mover do meu lado e a luz se acender.

- Não se esforce... - Sinto uma mão no meu ombro me deitar novamente, olho para o lado e vejo Kayla de pijama. - Como se sente?

- Dolorido. - Murmuro e escuto seu suspiro. - O que aconteceu?

- Desde quando você tem sentido isso? - Ela ignora minha pergunta e me olha de forma séria.

- No começo da semana eu acho... - Tento falar claramente, mas minha garganta está muito seca.

- Você tinha que ter me falado. - Ela me ajuda a sentar, pega um copo de água e me entrega. - E se acontecesse algo pior?

- Sinto muito...Eu pensei que era porque não estava acostumado a usar meus poderes. - Tento explicar para ela, que me encara por um tempo. - Onde estamos?

- Na casa do Ryan. - Responde curta e continua a me olhar. - Depois que você desmaiou eu chamei ele para me ajudar a trazer você, pedi para a menina que me chamou não falar nada com ninguém.

- Você acha que ela vai fazer isso? - Questiono preocupado com o fato da escola inteira saber, ou meu pai.

- Usei meus poderes para fazer ela ficar calada, não se preocupe. - Fala simplesmente e se deita do meu lado, apagando a luz. - Vamos terminar essa conversa amanhã, eu estou acabada.

- Você vai dormir aqui? - Ela assente fechando os olhos. - Quer que eu durma no sofá?

- Noah, cala a boca e deita. - Ela murmura e me puxa para baixo, me fazendo deitar.
Dormir não foi difícil, o cansaço que eu estava sentindo era grande.

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