ʜᴇʀᴅᴇɪʀᴏ sᴛᴀʀᴋ | ᴏ ᴇsᴄᴏʟʜɪᴅᴏ

V I N T E

NOAH

Alguns minutos antes de nos separarmos, Hector chamou Kayla para conversar.

E agora eles estão em um canto afastado, cochichando.
E sinceramente, eu acho isso desnecessário.

Vou em direção a eles, querendo acabar logo com isso e escuto uma parte da conversa.

- O Stark sabe? - Hector pergunta sério, cruzando os braços.

- Ele não precisa saber! - Kayla retruca com raiva. Ela parecia querer falar mais alguma coisa, mas se cala quando me vê.

- Já está na hora de irmos. - Comento intercalando o olhar entre os dois.

Resolvo perguntar sobre isso depois, quando Kayla e eu estivermos sozinhos.

Hector lança um último olhar para ela e depois vai em direção à saída.
Kayla suspira e anda em minha direção.

- Tome cuidado, tudo bem? - Ela pede colocando a mão em meu ombro. - E nada de usar seus poderes.

- Sem poderes. - Concordo sorrindo fraco.

Ela também sorri e passa por mim, indo em direção à Hillary. Que nos olha com um olhar estranho no rosto, como se estivesse vendo uma celebridade.

Saio junto de Hector, que coloca a mão no meu ombro, de repente tudo fica embaçado e eu fico enjoado.

Quando tudo se normaliza, me ajoelho no chão e olho em volta, percebendo que estamos em um lugar diferente.

- Eu nos teletransportei para o norte da cidade. - Hector explica vendo meu olhar confuso. - A Kayla comentou que você ainda está treinando.

- Vocês se conhecem a quanto tempo? - Pergunto tentando soar despreocupado. Me levanto e começo a andar, seguindo ele.

- Nós crescemos juntos. - Ele diz apenas, e me olha de canto. - Mas não nos vemos a anos… Ela está diferente… Nem a reconheci direito.

Apenas concordo, contendo a vontade de revirar os olhos. Ele ri e se vira para mim.

- E você? A quanto tempo você está apaixonado por ela? - Ele sorri divertido, me deixando nervoso.

- Eu não estou apaixonado! - Respondo e ando mais rápido, passando por ele. Escuto-o rindo mas não me dou o trabalho de reclamar.

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Ignorei Hector depois disso e fui obrigado a escutar piadinhas idiotas.
Ficamos andando pelas ruas, esperando algum sinal das sombras.

Nesse meio tempo Hector me explicou que nós guardiões temos uma sensibilidade para "energias negativas" e que por isso, podemos saber se existem sombras por perto.

E ele também disse, nessas exatas palavras "Se você se sentir um merda, significa que tem uma sombra por perto"

E acabo de entender o que ele quis dizer, assim que passo em frente à um beco escuro e nada assustador.

Começo e me sentir enjoado, e o ar ao redor parece pesado.
É…Eu estou me sentindo um merda.

Olho para trás na intenção de chamar Hector, mas ele não está alí.

- Fala sério! - Resmungo olhando em volta. Se ele estiver brincando com a minha cara…Argh!

Ouço gritos vindo do beco, e logo em seguida uns grunhidos estranhos.

Eu corro na direção deles, com minhas adagas em mãos. Provavelmente vou me arrepender depois.

Eu estava correndo quando alguém esbarra em mim, era uma mulher, ela era loira e parecia ter no máximo 26 anos. A mesma estava chorando muito e com um corte no braço.

Antes que eu possa ajudar, sou jogado contra a parede e acabo batendo a cabeça. Por que eu não fiquei em casa mesmo?

Me levanto rapidamente sentindo minha vista ficar turva. Olho na direção a mulher e me deparo com uma criatura.

Ela se parecia com um humano, mas era deformado, com longas garras  e tinha grandes dentes afiados.

A sombra estava pronta para matar a mulher, mas sou rápido e a acerto nas costas.
Infelizmente não foi preciso o bastante, e a Sombra sai correndo.

- Você está bem? - Pergunto para a mulher que está sentada no chão, em choque. Ela assente ainda muito assustada, ajudo-a a se levantar e a apoio em mim quando vejo que sua perna está machucada. - Vamos sair daqui.

Andamos por uns dois quarteirões para garantir que estaríamos seguros. Coloco ela sentada na calçada e tento me comunicar com alguém.

Steve é quem atende, conto o que aconteceu e peço para ele vir ajudar.

Nesse meio tempo, tentei acalmar a mulher completamente apavorada ao meu lado, o que não deu muito certo.

Como Steve estava perto, ele não demorou muito.
O mesmo desce de sua moto e vem em nossa direção.

Peço para Steve levar a mulher para um hospital, mesmo contrariado ele a pega no colo.

Agora tenho que matar aquela coisa...

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