Eles acham que eu sou bom porque sou empático, por os entender como ninguém, mas eu os entendo porque vivo todo tipo de inferno em minha mente. Isso eles não sabem. Algo em mim identifica o que se passa no submundo deles. É como se eu me reconheces...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Qual a graça de matar alguém e não ir para seu enterro? Apreciar, pela última vez, seu projeto especial? Saborear o sofrimento das pessoas ao redor?
Sim, eu sei que o assassino estaria lá no enterro de Daniel. Eu iria. Com certeza iria. Mesmo que o assassino fosse um virgem do código penal 121, eu e Dark sabíamos que ele estaria lá.
Ontem, quando Daniel "se matou", estava havendo um coquetel. Sua madrasta e irmã estavam lá, assim como sua namorada oculta, políticos importantes, empregados do seu novo império, amigos e inimigos de seu pai, incluindo seu sogro que, provavelmente deve ter fingido simpatia como todo bom político calhorda. Acredito que ele ainda não saiba que a filha está grávida ou que os dois continuavam juntos. Combinei com Daniel, em nossa última sessão, deles não comentarem nada enquanto não tivéssemos traçado uma boa estratégia de aproximação com o velho senador. Era um evento com credenciais. Portanto, o assassino era alguém conhecido do ciclo de Daniel.
Sim. Estou convencido que ele foi assassinado. Minha mente obsessiva também.
Existem 3 tipos de assassinos; O serial Killer, o psicopata, o impulsivo.
Estou descartando, por enquanto, que o assassino de Daniel seja um serial killer, justamente porque matar alguém apenas empurrando-o de um edifício não faz parte das características de um. Não tem graça nenhuma. Não tem tesão. Tenho partes dessa sede de sangue correndo em minhas veias, sei que o principal para um serial Killer é apreciar uma vida se indo aos poucos em suas mãos. Ver a beleza do sangue jorrando, alguém te implorar pela própria vida. Sentir-se poderoso. Sim, o poder... Só de pensar nisso, sinto Dark vibrar. Sinto até uma pequena excitação, mesmo quase entrando em colapso, se estivesse em um dia normal, ia querer transar agora mesmo. Mas não sou um Serial Killer. Essa é uma espécie apaixonada. Burra. Tenho desejos de matar, mas não deixo que essas emoções tomem conta de mim. Além do mais, um serial killer possui um design. Um jeito de matar. Uma espécie de assinatura, assim como todo artista assina seus quadros, um serial killer assina sua obra, empurrar alguém de um edifício é muito impessoal, não existe design do crime nisso. Serial Killer jamais ia matar alguém sem deixar sua assinatura, são seres emotivos, que se envolvem demais com o trabalho. Deixam-se manipular pelas próprias emoções. Novamente: Seres burros. Estúpidos. No final, todos vão presos. Eles querem isso. Querem ser reconhecido pelo trabalho que fizeram. Um bando de imbecis.
Não, isso não tem cara de um serial killer.
Um psicopata talvez. Psicopatas são inteligentes, calculistas, manipuladores, frios. Sim, eu tenho boa parte dessa doença. Porém, psicopatas, ao contrário das crenças populares e hollywoodianas, não possuem tendências assassinas, a menos que alguém esteja atrapalhando seu caminho. A menos que tenha certeza que não será preso, caso precise matar. Somos uma evolução do serial killer, não misturamos trabalho com prazer. Estamos por ai espalhados por toda sociedade, disfarçados de médicos, advogados, políticos e... Psicólogos.
