Acariciei seu rosto sentindo a maciez de sua pele, ela era tão linda dormindo...
Coloquei delicadamente atras de sua orelha uma mecha rebelde de seu cabelo, continuei contemplando-a como se fosse a obra de arte mais perfeita deste mundo.
Era difícil acreditar que eu merecia tanta felicidade, Cassandra não era só a mulher mais bonita que eu já havia conhecido. Era também a mais inteligente e compreensiva.Eu a amava tanto, amava mais do que a mim mesmo, amava-a mais do que a minha própria vida e por ela eu faria tudo, morreria e mataria.
Mas como eu disse, eu não merecia tanta felicidade. Um pensamento angustiante me assombrava nos últimos dias, era como se fosse errado estar com ela, ter um filho com ela.
Olhei de relance sua barriga despida, sorri ao reparar na pequena saliência que já se formava.
Kaleb Santori, homem de família... taí uma coisa pra se surpreender, eu sempre quis ter filhos só nunca imaginei que chegaria tão perto dessa realidade.
Resolvi me sentar e escutei minha esposa resmungar algo, seu sono era incrivelmente leve.— Preciso falar com Victória — Informei — Volte a dormir. — Pedi me virando para beijar o topo de sua cabeça, ela sorriu ainda sonolenta e se virou de lado tentar dormir novamente.
Fui ate o banheiro realizar minha higienes matinais e em seguida passei pro closet para me vestir, quando desci, Vic estava sentada no mesmo canto que costumava a sentar-se no passado, mudando apenas a mesa, havia suco de laranja em um copo e ela parecia estar distraída lendo o jornal.
Ao olha-la percebi alguns resquícios de Gonçalo, era assustador e magnífico ao mesmo tempo.
Me juntei a ela na mesa.— Bom dia! — Disse deixando o jornal de lado e tornando a se concentrar em seu café da manhã.
— Bom dia! — Falei enquanto a empregada me servia com café.
— Precisamos acertar algumas pontas soltas do nosso plano. — Relembrei e ela concordou com a cabeça.— Prioridades primeiro — Disse.
— Eu não faço a menor ideia de onde Nádia esteja — Falei.
— Acho que o pai dela ainda não aceitou muito bem a nossa emancipação. Sinceramente, eu estava completamente farta de ser sugada pelos italianos.
— Depois me informo mas tenho quase certeza que ela voltou pra Itália.
— E Cassandra? — Questionou.
— Não se preocupe — Pedi — Quando tudo explodir, ela estará bem longe. — Revelei e Victória abriu um sorriso.— E Suna? — Questionei e minha irmã desfez o sorriso.
— Viva e irritante.
— Você pretende mesmo devolve-la?
— Eu quero acabar com os negócios deles, não com eles.
— Victória misericordiosa? Taí algo que eu nunca esperaria ver.
— Não é misericórdia, chamasse estratégia, quero chamar a menor atenção possível.
— Por que está tão preocupada Victória?
— Ano de eleições irmãozinho, você esqueceu? Esse é o ano em que eles fazem promessas que não vão cumprir e nós contemos um pouco da violência.
— Esqueci completamente.(...)
Aguardei sentado na poltrona do quarto Cassandra chegar, assim que atravessou a porta ela tirou os saltos sem se dar conta da minha presença, foi tirando peça por peça do corpo indo ao banheiro.
— Precisamos conversar — Eu falei enquanto ela tomava sua ducha.
— Pode dizer. — Concordou do banheiro, a água batendo no piso do banheiro não era capaz de atrapalhar nossa conversa.
— Preciso que você vá para aquele lugar. — Pedi e houve uma breve pausa na nossa conversa.
— Quando eu sair do banho, nos conversamos.Esperei pacientemente, ela saiu do banheiro apenas de roupão e com os cabelos molhados, conseguia ser linda de qualquer maneira.
— E por que exatamente eu preciso ir? — Quis saber, me mantive em silêncio e Cassandra me lançou um olhar incomodado — Nós prometemos que seríamos sincero um com o outro. — Relembrou sentando-se na cama.
— Eu não quero te envolver nisso — Falei.
— Kaleb... — Me repreendeu.
— Estamos nos preparando para entrar em guerra com os turcos — Revelei com receio vencido pelo seu olhar terno.
— Muito bem... acho que vou preparar minha bolsa. — Declarou levantando-se e indo ate o closet, caminhei até Cassandra e a agarrei por detrás embriagando-me com o cheiro que ela exalava.
Beijei a curva de seu pescoço e a ouvi da uma risadinha de cócegas.— Você é a melhor mulher do mundo!
— Sou mesmo — Ela concordo com minha afirmação.
— Não está mesmo com raiva?
— Kaleb, eu sabia com quem estava me casando. — Afirmou arqueando uma sobrancelha, a girei para mim e selei seus lábios com um beijo delicado e demorado.Sem sombra de dúvidas a melhor boca que ja beijei, a única que amei verdadeiramente.

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II Livro Mafiosa - Ascensão (Sem Revisão)
General FictionEle estava morto e antes de fechar os olhos, ele havia lhe sussurrado ao ouvido o seu ultimo pedido. Em um passado não muito distante, ela aceitaria sem o menor problema. Era tudo o que ela mais queria. Entretanto, aquele "sonho" já não fazia o meno...