CAPÍTULO SEIS

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Uma voz mansa e levemente rouca de homem cantava no fundo da minha mente, uma voz doce capaz de absorver todos os meus problemas e me devolver tranquilidade

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Uma voz mansa e levemente rouca de homem cantava no fundo da minha mente, uma voz doce capaz de absorver todos os meus problemas e me devolver tranquilidade. Não à outro lugar que eu gostaria de estar nessa madrugada, à não ser aqui, nos braços de Harry Schofield.

— Vê? Está dançando. — Harry interrompe meus devaneios.
Vamos, Izza. Diga algo.

— Você fez mágica comigo.

Vi Harry baixar a cabeça e sorrir envergonhado, sob a luz pálida o rosto de Harry até pareceu corar um pouquinho. Me abraço mentalmente de felicidade, balançando para lá e para cá.

— O momento que é mágico, não eu.

Harry me tirou de cima dos seus pés e me girou. Estou com as costas grudadas no seu peito, posso sentir sua respiração entrecortada por conta do frio. Um tremor percorreu meu corpo da cabeça até o dedo mindinho do meu pé; minha língua estava coçando para perguntar que música ele estava imaginando, mas minha curiosidade foi varrida para longe quando ele subitamente me inclinou para baixo. O medo dele me deixar cair me obrigou a agarrar seus braços. E eu espirrei.

Harry me levanta e me solta.

Eu não sabia dizer se o frio que se instalou no meu estômago era por causa do seu olhar que procurava o meu, ou era realmente pela chuva.

Espirro outra vez.

— É melhor a gente voltar para o carro, não acha? — Ele sugeriu. Sorri internamente. Harry se preocupa comigo. — Você precisa se aquecer antes que fique doente.

Fiz uma prece silenciosa a ouvir essas palavras, não vou ficar doente e meus pais não vão descobrir que sai. Pelo menos era isso que eu achava.

— Ainda temos que procurar o seu casaco. — Falei me recordando do lugar onde ele o largou.

Na verdade não ligava a mínima para o casaco, eu só queria passar um pouco mais de tempo como ele.

Eu queria fazer algo para me lembrar, algo que me permitisse passar o resto da noite em claro me virando de um lado para o outro com a lembrança. Juntei toda coragem que tinha e disse a mim mesma, tentando convencer-me de que aquela seria a única chance que eu vou ter de fazer algo assim. Vou ser justa comigo mesma.

Segurei parte da mão de Harry e fiquei brincando com seus dedos por alguns segundos.

— Vamos? — chamei. Harry levantou uma sobrancelha, e sorriu. — O que foi?

De repente me sinto uma idiota e largo a mão dele.

— Você me deu uma ideia, Isabella.

Não tenho certeza se foi por simples reflexo, ou por meus pensamentos estarem tão transparentes a luz fraca, mas Harry estendeu a mão e entrelaçou com a minha.

Mesmo que daqui alguns dias ele não lembre da forma perfeita das nossas mãos juntas, essa visão ficará sempre comigo.

Harry me ajudou a caminhar pela grama molhada e escorregadia.
Em tom conspiratório, ele falou:

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