CAPÍTULO DOZE

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Kim me entregou o laptop

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Kim me entregou o laptop.

— Encontrei o perfil do nosso P.E. de número sete. — Ela informou. — Erick Parker.

Dou uma olhada e Kim saí do quarto. Erick Parker. Eu já havia esbarrado com ele no corredor do colégio algumas vezes, e na quinta série eu tinha uma quedinha por ele... não, é mentira, eu tinha um penhasco inteiro. Eu nem levava o livro de matemática pra escola, só para poder fazer dupla com ele. Mas aí Erick entrou para a equipe de futebol, ficou "famosinho" entre as meninas e se tornou um babaca.

Erick só publicava besteiras durante o dia inteiro. Rolo a barra da tela para baixo. Há cinco horas atrás, Erick postou uma foto dele na cama com uma legenda que dizia: Nada de bom para fazer, e eu aqui sem sono.
Largo o laptop de lado e pego um dos papéis que Kim espalhou pela minha cama.

Eric Pada.
Se acha o modelo profissional.

Que papelão. Se bem que ele pode. Eric é o tipo de cara que as garotas suspiram só de vê-lo passar. Embora caras do último ano que escapam de levar bomba por um triz, que jogam baseball e tem o cabelo mais penteado do que dos atores de cinema não façam o meu estilo, admito que seu charme desperta atenção.

Pego outra folha aleatoriamente.

Elena Peterson.
Só posta look do dia. Não achei nenhuma foto em que os peitos dela não estivessem pulando para fora da roupa.

Peguei a caneta que Kim estava usando e desenhei um grande X vermelho em cima da folha. Pronto, não preciso dizer mais nada. Elena Peterson foi desclassificada.

Começo a comer meu segundo sanduíche. Kim ainda não voltou. Eu me ajoelho na cama e olho para fora da janela. Harry está no seu quarto falando com alguém pelo celular, a expressão no rosto dele era irritada.
Harry fazia gestos nervosos com a mão enquanto falava.

— Eu não quis dizer isso. — Ele dizia, a voz carregada de frustração.

E de repente Harry está lá, olhando pra mim. E eu olhando pra ele. A luz batia perfeitamente nele e dava um brilho especial em seus olhos verdes. Eu deveria está fazendo a maior cara de boba espiando enquanto Harry estava pendurado no telefone falando coisas que eu não conseguia ouvir direito. Mas eu podia decorar seu rosto, e isso bastava.

Eu queria muito saber o que Harry pensa quando olha pra mim da sua janela. O olhar dele, o modo como ele parecia olhar para algo além de mim me deu um frio na barriga, meu coração disparou, e um sorriso idiota ameaçou querer me entregar. Foi isso que me fez virar o rosto para não encara-lo, por medo de deixar meus pensamentos transbordarem pelos olhos, e encarar meu peixinho dourado nadando em círculos dentro do aquário em cima da mesinha.

E deu certo. Muito certo. Era como se o universo e as estrelas tivessem se alinhado. Escuto um barulho e por reflexo olho pela janela, Harry desligou o celular. Ele está sentado na cama e acabou de passar a mão pelo cabelo para tira-lo da testa. Então puxei a cortina para o lugar, eu queria saber em qual grau de burrice Harry me classificou. Eu me sentia como se o pouco autocontrole que tenho na presença dele tivesse evaporado.

Perseguindo Estrelas Where stories live. Discover now