CAPÍTULO QUINZE

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O Besouro em toda sua graça e beleza resolveu morrer, de novo

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O Besouro em toda sua graça e beleza resolveu morrer, de novo. E aquela velha história de que você deve andar na fé para que o bendito Fusca não quebre, não faz sentido algum.

— Eu sei que isso é ridículo, mas eu gostaria de fazer um daqueles bonequinhos de vodu e espetar o rim daquele mecânico. —  Kim disse. Eu estava bem nervosa com o bilhete que encontrei no meu armário para responder. — Que papel é esse daí?

— Ganhei um cartão do dia dos namorados — respondi.

— E o que diz ai?

Entrego o cartão verde à ela.

— Leia.

Quando eu saí de casa para ir ao colégio o céu estava tão bonito, as nuvens tão branquinhas, parecia até com a neve que ainda cobria o chão. Agora, eu observo a luz do dia morrendo pela janela do Besouro, e dando lugar a nuvens escuras e carregadas.

— Muito interessante — disse Kim. — Izza, seja lá quem for esse P.E, ele tá muito na sua. E ele estuda na Northwestern. — Kim vibrou. — O P.E só pode ter sido feito em laboratório, ele é tão perfeito.

Isso é difícil de discordar.

Seja lá quem for P.E, ele é simplesmente admirável. Isso. Eu acho que admirável se encaixa perfeitamente para descrevê-lo.

Eu me sentia como se estivesse em uma montanha-russa e não sabia se gritava de alegria e surpresa, ou se chorava de desespero por não saber quem realmente era esse cara.

— Ei — eu disse. — E por falar em interessante...

Eu ia começar a contar para Kim sobre o sonho revelador que tive com Harry e depois ter sabido que Alice Miller deu um fora nele, mas, no momento em que eu pensei no assunto meu celular vibrou. Era uma mensagem da minha mãe.

ISABELLA, ONDE VOCÊ ESTÁ?
JÁ DEVIA ESTAR EM CASA HÁ 2 HORAS.

Cocei a nuca. Talvez eu falasse com Kim mais tarde. Ou então a coisa toda simplesmente desaparecesse e eu não tocaria outra vez no assunto. Era possivelmente o que aconteceria.

— Eu tenho que ir pra casa — aviso. — Minha mãe já deve...sei lá. Ela já está surtando. Te vejo amanhã?

Kim me devolve o cartão verde, e eu saio do carro. Tenho que ir para casa a pé mesmo. É menos de 20 minutos se eu correr.

— Tá de brincadeira comigo? — Kim perguntou. Não estou, não. — Eu passo na sua casa às 8 horas. A gente precisa descobrir quem é esse P.E. Mas, primeiro eu preciso levar essa belezinha aqui para o concerto.
Kim deu três tapinhas no volante.

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