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Sabe o que é congelar no mesmo lugar por quase um minuto? Pois foi exatamente assim que Junhui ficou. Seu rosto nem vida parecia ter mais, dava para ver de longe a pele branca feito neve.

— Q-que? — foi tudo que conseguiu dizer antes de ouvir o risinho de Minghao. É claro que o outro estava achando graça, também acharia se recebesse uma cantada daquelas e reecontrasse a pessoa semanas depois, toda trabalhada na "camuflagem" para não ser reconhecida.

Onde estava com a cabeça para escrever aquela cantada? "Se beleza fosse flor, você seria um jardim botânico". Céus! Buda! Ser superior! Aliens! Estava gritando internamente para que alguém cavasse uma cova e o enterasse porque morto já estava.

— Vai comer aqui ou ainda está com vergonha? — Minghao sorriu debochado. Ah, mas se antes Junhui estava branco naquele momento ele passou a ficar vermelho pimenta. O Xu estava fazendo um jogo consigo e ele tinha consciência disso, porém não conseguia rebater, só se sentir constrangido.

— N-não sei do que está falando. — Jun coçou a garganta, controlando a respiração que queria ficar mais rápido que carro de corrida. Infelizmente não conseguia controlar seu coração que batia rápido e forte contra o peito. — Eu quero donuts, três donuts, e um chá gelado.

— Creio que os donuts não seja para você, já que não é isso que sempre pede aqui. — o Xu disse tranquilamente, pegando o pedido e colocando numa sacolinha, enquanto sua irmã colocava o chá gelado tentando ao máximo segurar o riso. — Devo adicionar cupcake de chocolate ao pedido?

— Donuts e chá, só! — a voz de Junhui de repente se fez séria, assim como sua expressão. Se tinha algo que odiava ao extremo é que zombassem de si, estava prestes a fazer o bonitinho a sua frente se engasgar com aqueles doces todos. Ao perceber a mudança de humor do outro, Minghao rapidamente abaixou a cabeça, sem graça, perguntando-se se pegou pesado demais. — Obrigado!

Wen pegou o pedido sem a menos delicadeza, fuzilando o atendente por baixo dos óculos escuros antes de finalmente se virar para sair do estabelecimento.

Se Junhui tivesse um super poder ele desejava fazer tudo com a força da mente porque daquela maneira ele explodiria aquele garoto em milhões de pedaços e quem iria rir depois seria ele. Onde já se viu tirar uma com a sua cara, por acaso era um palhaço? Não, caramba!

Seus passos de fúria assustavam os outros pedestres, mas ele não tava literalmente nem aí, afinal, precisava descontar sua raiva em alguma coisa, aquela era a opção a qual não iria preso.

— Espera! — ouviu um grito e de repente aquele momento virou a cena de um filme romântico e clichê, no qual o rapaz pega o braço da mocinha e puxa sem muita força para que pudessem conversar. — A cantada foi boa...

「Candy Boy」 JUNHAOWhere stories live. Discover now