「Candy Boy」 JUNHAO

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Minghao tinha incríveis dois lados; um era extremamente fofo e tímido e quase sempre estava lá, o outro era mais debochado e irônico e só aparecia em momentos de confiança.

Os dois não tinham nada amoroso ainda, nem deram um mísero selinho, mas construíram o começo de uma amizade que prometia durar anos e isso era bom para os dois. Eles descobriram muitas coisas em comum em apenas um mês de conversas.

Os dois acreditavam fielmente em sereias, mas não aquelas de filme adolescente e sim as que tem guelras e corpo bem parecido com o de peixe; se lembram muito bem de passar horas falando sobre o assunto e como a Discovery fez um documentário sobre e que aquilo era mais real que os dois. Também amavam o universo, não tinham nenhuma religião, mas respeitavam todas, acreditavam num ser superior que não era o Deus da bíblia, gostavam de perder tempo vendo teorias da conspiração, acreditavam na existência de aliens e o mais essencial: o filme da Barbie favorito dos dois era Barbie e o Castelo de Diamante.

Era incrível como eram tão... Iguais. Isso os faziam conversar animadamente sobre tudo e nunca perdia a graça. Tinha apenas poucas coisas que não eram parecidos; duas era que Minghao gostava de azeitona e era Team Cap, já Jun não gostava e era Team Iron.

Adoravam a presença um do outro e o interesse de Junhui ia crescendo a cada dia até que virou uma paixãozinha que ele não percebia, mas estava ali. Já Minghao ainda estava chocado por ter achado alguém com o gosto tão parecido com o seu, parecia coisa de outro mundo.

O Xu já se pegou pensando o que aquela cantada significava, era só uma zoeira? Não sabia ao certo, mas só de pensar na possibilidade de que o outro poderia ter dado em cima de si já o deixava nervoso demais.

Minghao prestou bastante atenção em Junhui desde que o rapaz começou a frequentar a padaria. Era um rapaz calmo, apenas fazia seu pedido, se sentava numa mesa e olhava o horizonte tomando sua bebida e comendo cupcake - diferente de todos os outros que ficavam só no celular ou conversando alto, o Wen realmente aproveitava a energia boa que a irmã e o pai do Hao tentaram passar quando decorou o estabelecimento.

O Xu achava bonitinho a mania que o outro tinha; sempre que entrava no lugar, parava ao lado da porta, respirava fundo de olhos fechados e sorria bem largo. Todos os Xu adorava o outro porque ele realmente apreciava o que a família fazia.

Mas o que o deixava ainda mais confuso não era a talvez cantada do Jun, e sim a possibilidade de ter realmente gostado dela.