Capítulo 2

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Depois de mais uma tarde de fotos, com uma dezena de modelos eu chego em casa por volta das cinco e meia. O carro de Luke ainda não está na garagem, o que significa que ele ainda está no estúdio.

O que jamais seria um problema pra mim, ele e os meninos estavam compondo um álbum, é obvio que requer tempo, e muito esforço. Sou a pessoa quem pode garantir isso, já assisti a composição de dois desses. Eu amo o que aqueles homens fazem, admiro isso desde os meus dezessete anos.

Quando conheci Luke eles eram apenas os estrangeiros esquisitões que estavam tentando a sorte em Los Angeles, como milhares de outras pessoas fazem. Mas aqueles quatro não voltaram pra casa, como todos os outros. Algo neles era mais forte que o comum, o brilho nos olhos não era convencional. Talvez isso tenha contribuído para que meu coração fosse completamente dele em poucos meses, sua paixão pela vida é simplesmente inexplicável, me faz querer viver também.

Assisti toda a ascensão do 5 Seconds of Summer. Desde o lançamento de seu primeiro ep, primeiro single e videoclipe, a primeira turnê, primeira vez no topo das paradas musicais, eu me orgulho profundamente por poder afirmar que em todos esses momentos, e em muitos mais, eu estava lá. Luke me permitiu estar ao seu lado, e me fez conhecer os outros três caras mais idiotas e especiais da minha vida.

Mas agora, o desafio de escrever algo novo depois de tantos sucessos, a pressão da indústria musical está engolindo todos nós vivos. Luke se tornou uma pilha de nervos, que não tem tempo para viver, e eu sigo repetindo que tudo vai melhorar quando eles perceberem que não vão conseguir nada se continuarem pressionando as coisas desse jeito. No entanto, toda vez que tento ter essa conversa com Luke, nós brigamos e ele vai dormir na sala. Considerando que só nos vemos a noite, notei que não quero desperdiçar esse tempo.

Até mesmo as turnês mundiais foram mais fáceis que passar por isso. Talvez porque naquela época Luke ainda estava apaixonado por mim, ele se esforçava para dar certo. Algo mudou, o coração dele parece ter esfriado de alguma forma. As vezes nem reconheço o garoto por quem me apaixonei.

Nós costumávamos ter mais.

Entretanto, em nome do nosso amor, de todos os votos que fizemos sobre ser eterno, seguimos nesse ciclo vicioso, de brigar e pedir desculpas no outro dia, brigar logo depois por um novo motivo, e então pedir desculpas mais uma vez.

Entrando em casa, passo direto pela sala, onde dezenas de fotos de um casal mais que feliz ficavam expostas e vou direto para o quarto. Decido espera por Luke e enquanto isso, escolho algo para usar.

Prevendo que ele chegaria em cima da hora, eu vou para sua parte do closet, e pego uma de suas calças escuras, e uma camisa branca de botões, o que ele usava na maior parte do tempo ultimamente.

Ele chega por volta das seis horas, e abre a porta do quarto apressadamente antes de entrar como um furação. Desacelera assim que pousa os olhos em mim, e estou sentada no chão, ao lado da enorme janela de vidro que fica em frente a nossa cama. Gosto de parar ali para pensar.

–Oi. –diz quando se senta na cama, para tirar as botas. – Por que não está pronta ainda?

–Estava te esperando para tomarmos banho. – eu digo enquanto me levanto, indo para perto dele.

–Charlie não podemos atrasar, somos os padrinhos dele. – Luke contrapõe, e tudo que faço é ignora-lo, pousando minhas mãos em seus ombros – E eu preciso lavar meu cabelo.

Suas mãos se enrolam na minha cintura enquanto eu ainda estou em pé, e ele sentado na cama, fazendo com que abraçasse minha barriga.

–Quem disse que vamos nos atrasar?! – questionei soltei meu peso, e me deitando por cima de seu corpo, na cama.

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