Epílogo

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Me espreguiço, ainda antes de abrir os olhos, notando que já está de manhã apenas pela claridade. Abro os olhos preguiçosamente, e me ajeito na cama sem pressa alguma para levantar.

Um barulho me assusta, e faz meu coração disparar, mas logo a porta se abre e Luke entra no quarto de pijama.

–Ah, Hemmings. Que susto. – eu comento, colocando uma mão sobre meu coração.

–Bom dia, meu amor. – ele não perde tempo em se deitar ao meu lado, e eu rolo até estar em seus braços.

–Acho que ainda não me acostumei com você de volta em casa. – comento, deixando um beijo em seu pescoço.

–Pode se acostumar, porque não vou voltar pra estrada tão cedo.

Eu sorrio, grata pela sua presença, e aproveitando seu calor.

–Como você está se sentindo hoje? – Luke pergunta, enquanto mexe nos meus cabelos.

–Já estou enjoada, e nem levantei ainda. – reclamo, fechado os olhos e fazendo careta.

–Eu estava lendo sobre isso, –ele me conta – e geralmente passa depois da primeira fase, mas pode continuar por mais tempo em algumas pessoas. Acho que você não deu muita sorte.

–Você estava lendo sobre isso, pai de primeira viagem? – brinco com ele, com um sorriso no rosto.

–É claro que estava. – ele responde orgulhoso. – Preciso proteger a minha garota, e o meu garoto também.

–Tenho certeza que estamos em ótimas mãos. – eu respondo ainda sorrindo.

Ele sorri, e volta sua atenção para a minha barriga, que começou a crescer bem mais rápido nesse mês e já se destaca.

–Bom dia, anjinho. – ele deixa um beijo por cima da camiseta gigantesca que estou usando, e volta a olhar pra mim com carinho.

Luke está levando a história de ser pai muito, muito a sério, e eu não estou surpresa com isso. Sempre soube que ele tinha vocação.

Nesses cinco meses, tenho certeza de que eu não teria sobrevivido sem ele do meu lado, foi uma verdadeira loucura. Nós descobrimos enquanto estávamos no Canadá logo depois do primeiro show da Meet You There Tour em Toronto, e foi uma grande surpresa. Quer dizer, eu não achava que isso fosse ser possível, e então apenas aconteceu, sem nenhum ensaio, expectativa, ou aviso prévio.

Continuei na tour por todo o período da América, porque não gostei da ideia de ficar longe de Luke. Mas não vou dizer que foi fácil ficar no ônibus, com quatro homens, todo o balanço, paradas, e tudo mais. Além de que me recusei a parar de trabalhar então corria para todos os lados para tirar a maior quantidade de fotos possíveis, quase toda noite. Eu passei mal com muita frequência, até agora ainda não estou cem por cento na verdade.

Quando chegamos em Los Angeles fiquei em casa, sem acompanhar a parte da Europa da turnê. Encontramos alguém excelente para tomar conta das fotos, por sorte. E então Ashley, Olivia e Violeta me fizeram companhia enquanto os meninos estavam fora. Luke voou pra casa em praticamente todos os dias de folga, mesmo que tenha passado mais tempo viajando do que comigo. Apreciei muito seus gestos, mas nada é como tê-lo em casa permanentemente.

–Vem, eu preparei nosso café da manhã. – ele estende a mão para mim. – Devagar.

Dou risada, mas sigo suas instruções.

–Me diz que você fez panquecas, –peço enrolando meus braços a sua volta, e o abraçando sem pressa.

–Sim, e chá. – ele confirma, enquanto vamos para a cozinha.

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