Cap 12- Verdades Secretas!!!

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Rodrigo:

-Ele o que?.-pergunto chocado.

-Ele é da máfia.

-Não estou entendendo nada Isabel, como o conheceu?.-me endireito no sofá esperando uma resposta.

Ela suspira e se senta encarando o teto.

-Eu vim para a Austrália em busca de paz Rodrigo, paz espiritual, paz emocional.-me encara com pesar.

-Queria se afastar de mim.-digo com dor.

-Sim, e foi então que tudo aconteceu, comecei a trabalhar na empresa do meu pai, o primeiro mês passou voando, e você, maldito, ainda fazia parte de cada pensamento e cada dor que eu poderia ter, e então um dia qualquer, de trabalho... Eu o conheci.

-Na empresa?

-Sim, ele queria fechar um negócio com a nossa empresa, assim que eu entrei naquela sala vie seus olhos voltados para mim, e com eles seu sorriso de lado, sedutor... Pronto para amparar a tristeza de qualquer pessoa, até mesmo a minha.-diz me fitando.
-Fechamos o negócio, e na saída da reunião ele veio atrás de mim, agradeceu pelo fechamento do contrato, e com um olhar terno me chamou para tomar um café após o trabalho.

-E você aceitou.-digo com raiva.

-Como queria não ter aceitado.-vejo uma lágrima escorrer.
-Ficamos cada vez mais próximos, ele me dava carinho, me dava amor e me fazia especial.

-Você o amava?.-pergunto sentindo o nó em minha garganta se formar.

-Não.-sorri de lado.
-Eu sempre amei uma única pessoa... Ele apenas me dava o que eu precisava naquele momento entende? Apoio, suporte.

-E você se deixou levar.

-Sim, ele tinha um interesse grande na empresa, nunca estranhei, só pensava que o interessava, mas não era isso que passava na cabeça dele.
-Começamos a namorar, ele me seduzia a cada dia, até eu entregar uma das poucas coisas que tinha, meu corpo, minha inocência, deixei que ele me fizesse dele.

Minha raiva é evidente e aperto as mãos em soco.

-Ele foi bruto, não tinha nem um pouco de delicadeza em seus atos, e sim dor, me senti um objeto, mas coloquei em minha cabeça que não era por mal, e sim seu jeito.

-Não a nada de normal em alguém que no lugar de te amor te dá dor Bel.-meus olhos faíscam de indignação.

-Eu sei, mas no momento não pensei nisso, apenas queria entender, não suportaria outra desilusão, só queria um pouquinho de amor que ele podia me dar.-soluça e então vejo as lágrimas grossas caírem em seu lindo rosto.

Tudo culpa minha, se eu não a tivesse ignorado, tivesse dado o amor do qual ela merecia...

-A culpa é minha.

-Não, ninguém tem culpa, apenas eu por ser burra.
-Depois daquele dia eu sempre fugia de seus toques mais quentes, apenas beijos rolavam, mas então o inesperado aconteceu.-sorri torto entre as lágrimas.

-O que?

-Com tonturas e vômitos me fiz ir ao hospital, e então descobri que carregava uma nova vida, e só então parei para pensar que não usamos proteção.

-Kathryn?

Ela balança a cabeça concordando.

-Apesar da situação eu fiquei feliz, uma criança pra cuidar, pra dar amor, e para receber o mesmo, eu a queria tanto, e então me coloquei a contar para Arnold.
-Fui a seu apartamento, ele me recebeu como sempre, beijando meus lábios e aparentemente feliz, mas assim que disse que estava grávida dele, o mundo começou a mudar.

-O que ele fez?

-Me deu um tapa no rosto.-sorri amargamente.

-Desgraçado.-grito me levantando com a mão na cabeça de raiva.

-Disse que ele não era pai de nem um bastardo, me culpou por engravidar, e por último me pegou pelo braço me sacudindo e contando toda a verdade.

-Que ele é da máfia.

-Sim, mas além disso ele queria a empresa do meu pai, mas isso não teria como, então ele queria extorquir o máximo possível da empresa as minhas custas.
-Não concordei com tudo, ele me bateu novamente e me obrigou a entrar no carro me levando até a mansão que estávamos hoje.

-O que ele fez?

-Me obrigou a ficar lá por longos 8 meses, sem sair nem mesmo para ir ao médico, virei sua prisioneira, até o dia em que minha bolsa estourou.-e o sorriso volta para seu rosto.
-Matilde fez meu parto, quando cheguei todos já viviam naquela casa, mas chantageados por ele.

-Ele é um desgraçado maldito.-digo me sentando novamente.

-A sensação que eu tive ao escutar o choro e Matilde dizer ser uma menina nunca foi melhor do que qualquer outra coisa, tão pequenininha, gordinha, parecia um bolinho de tão fofa, meu bolinho.
-Arnold não apareceu por lá, e para todos que me conheciam eu estava em uma longa viagem de férias todo esse tempo, e foi só com 2 meses que reparei que o olho da minha menina não tinha foco algum, era cega de nascença.
Quando Arnold apareceu quando ela tinha 3 meses eu implorei para levar a bebê em um hospital, para quem sabe achar uma cura, mas como esperado ele não deixou eu colocar um pé com a menina fora daquela casa.

-E porque ela está naquela casa e você não?

-Com 4 meses de vida minha menina foi separada de mim, Arnold me obrigou a voltar para minha vida, porém sem minha filha, e ainda roubando dinheiro do meu próprio pai para ele, e em troca dos meus "favores", minha menina permanece viva, sendo cuidada por pessoas das quais eu confio, e podendo fazer visitas semanais.

-Isso é um absurdo, mesmo ele sendo da máfia precisamos dar um jeito nisso, ele tem que ser preso.

-Minha menina nunca presenciou o mundo, apenas a casa onde cresce e o barulho da floresta que a banha ao redor, eu só quero tirar ela de lá, mostrar que existe muito mais que aquilo, e que eu a amo muito.

-Vamos tirar ela de lá, mostrar que ela tem a nós, entendeu? Não só a você, apartir do momento que eu a vi ela se tornou não só sua, mas nossa, vou cuidar dela e de você amor, prometo fazer com que se tornem felizes, e eu sempre estarei ao lado de vocês.-a puxo para mim beijando seu lábios.

-Só não me deixe.-pede baixinho.

-Nunca, nunca mais irei ficar longe de você, eu te amo, e sempre estaremos assim, juntos.

Salvação.

Redenção.

Salvação.

Paixão.

Salvação.

Com todo carinho e amor que possa existir no mundo, sempre tentarei ser uma salvação para minha garota.

"Do seu lado eu estarei, e dele eu te amarei até meu último suspiro."

"Um Amor Para Dois"Where stories live. Discover now