Cap 19- Adeus Prisão!

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Isabel:

Pego os últimos documentos necessários e os organizo antes do horário de almoço, se tudo ocorrer bem será meus últimos momentos aqui, não volto para essa empresa mais nunca, pois de Acapulco meu destino é meu lar, com a minha família em New York.
O relógio da parede de meu escritório marca 11:50, fico apreensiva em saber que em pouco mais de uma hora nosso plano entrará em ação.

TOC TOC

-Entra.-altorizo vendo a porta de minha sala abrir dando visão de Cecília com o semblante preocupado.

Cecília além de minha amiga, e ser a única que sabe de toda a verdade daqui da empresa é minha secretária, o que faz com que eu reconheça qualquer preocupação, sentimento, que ela tenha.

-Arnold ligou para saber se você ainda estava aqui, e pediu para avisar para você esperar, pois quer falar com você.

Sinto meu corpo se igualar a de um cadáver, completamente gelado e sem reação.

-Amiga, é só manter a calma, de certo só quer torrar a sua paciência, já que não te viu esses dias por estar viajando.-tenta me acalmar.

-Ceci, você sabe que hoje é um dia importante, é minha chance, tenho medo que ele desconfie ou já esteja desconfiado.-falo me levantando da cadeira e indo até as paredes de vidro, onde consigo ter uma bela visão do décimo andar.

Minha amiga me encara com pesar, ela sabe de tudo e todo o plano, assim que cheguei contei para a mesma, e ela como sempre foi a favor, ela sempre me apoiou a fugir do monstro chamado Arnold, e sempre foi a pessoa que me fez ficar de cabeça erguida nos meus momentos mais insanos.

-Vai dar certo, haja naturalmente, e pronto, pense que daqui a exatamente.-olha no relógio.
-Uma hora e 5 minutos você estará com sua filha nos braços caminhando para felicidade.

Sorrio para ela. Cecília é uma negra muito bonita, tem 25 anos e namora com Vini a 2, e eles tem um relacionamento totalmente harmonioso, são felizes, e fico contente por eles.

-Me da um abraço? Vou sentir sua falta.-falo com lágrimas nos olhos.

Ela revira os olhos mas logo sorri.

-Sentimental como sempre, não é como se você fosse embora para sempre, logo o bofé do mal é preso, e você pode vir me visitar e eu também visito você, ainda quero ser madrinha dos seus filhos, tenho que mimar muito Kath e mais crianças que você tem que ter com o seu boy delícia.-diz sinica me fazendo rir e logo depois me abraça apertado.
-Você é minha mana, e nada e ninguém vai mudar isso, sempre ficarei no seu pé, conversaremos por mensagem e video chamada todos os dias.

-Combinado, amo você amiga.-mostro minha gratidão mais uma vez em um abraço e a solto.

-Eu também te amo irmã.

TOC TOC

A porta é tocada com força e já arregalo os olhos.

-Calma, relacha, fingir que está em um dia normal, não esquece.-ela vira indo abrir a porta mostrando a figura de Arnold oponente em nossa frente.

Como sempre impecável em seu terno de marca e seu sorriso debochado, e bonito claro, quem vê cara não vê coração já dizia um ditado brasileiro.

-Arnold, com licença.-Diz Cecília passando por ele e fechando a porta.

Ele anda até próximo de mim, sorri de lado e levanta sua mão direita pegando em meu rosto com firmeza.

-Estava com saudades amorzinho?-diz passando os dedos da mão esquerda por cima de meus lábios.

-Não sabe o quanto.-me esquivo e sigo até minha cadeira, me sentando e continuando a separar os documentos.

-Vim saber como foi a viagem.-senta na cadeira de frente a minha mesa.

-Foi dentro do esperado, conseguimos  resolver todos os problemas.-respondo no automático evitando olhar para ele.

-Que bom, agora que está de volta seguimos nossa rotina normal.-olho para o mesmo vendo um sorriso sinico.
-Falando em rotina, foi ver aquela coisinha que chama de filha? Kathryn?

Gelo quando ele toca em seu nome.

-Ainda não tive tempo, muito trabalho acumulado.-minto.
-Talvez essa semana ainda vou, cheguei já era tarde ontem, e hoje preciso trabalhar.

-Essa semana estive lá, acredita que aquela coisinha deficiente trancou a porta do quarto e não quis me ver.-ri achando a coisa mais engraçada do mundo a própria filha ter medo do pai.

-Deixa ela quieta, ela é só uma menininha.-digo com raiva, sentindo meus olhos marejados só de imaginar o pânico dela.

-Olha com quem está falando, não queira me ver mal humorado querida, e não se preocupe, não faço nada contra aquele animalzinho medroso, só me divirto, quanto mais medo melhor.-levanta da cadeira e me olha firme.
-Mas como estava dizendo, rotina normal, e até amanhã quero meio milhão transferido na minha conta.-sorri sarcástico se retirando para abrir a porta.
-Aaah, e não se esqueça Isabelzinha, nunca me desafie, pois o dia que você fizer isso conhecerá o pior de mim, beijos querida, tenha um bom dia.-joga um beijo me deixando com calafrios e logo se retira da sala batendo a porta.

Respiro com pesar e tento me recompor, e não se passa nem um minuto meu celular apita avisando uma nova mensagem.

🌟

Mensagem

Já estou a caminho, os policiais também já está se deslocando para lá amor, é agora, vamos tirar nossa menininha de lá.

🌟

Sorrio enchendo meu coração de esperanças e determinada a dar um fim na minha tormenta. Pego minha bolsa e me retiro da sala, antes de sair do prédio dou um último abraço em Cecília para logo buscar meu carro na garagem, seguindo para o caminho que me leva na casa onde minha menina está.

🌟

Como combinado não paro o carro perto da casa, e sim afastado, assim como a polícia e Rodrigo, para os seguranças não nos ver.
Vejo Rodrigo em um canto da trilha a uns 10 metros da casa.

-Ei querida.-me abraça logo dando um selinho demorado.

-Estou tão ansiosa amor.

-Não precisa princesa, tudo vai dar certo, a polícia está posicionada caso precisem intervir.

-Já mandei a mensagem para Matilda, e combinamos que 13 horas em ponto ela começa o plano.

Ele olha no relógio conferindo o horário.

-Dois minutos então.

São os dois minutos mais longos de toda a minha vida, a tenção é presente entre a gente, mas assim que eles passam não demora muito para a gente ver de longe todos os seguranças correrem portão a dentro, com toda certeza para o fundo da casa, onde fica o quarto de despejo.

-Corre querida, precisamos ser rápidos.-corremos para casa como se não tivesse amanhã, e assim que chegamos no portao já conseguimos ver Lola com uma malinha rosa na mão esquerta, e na mão direita a mãozinha de minha filha. As duas correm em nossa direção, e posso ver minha menina trocar as perninhas, e no rostinho e olhinhos sem vida o semblante assustado.

E então vejo cada vez mais perto a nossa liberdade.

"O amor incondicional não tem tempo, momento ou hora para acontecer, ele simplesmente acontece, seja em um sorriso do filho para a mãe, em um abraço da esposa ao marido... mas você simplesmente vai saber, que é seu momento de amar e ser amado"

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Já voltei de novo kkkk ehhhhhh agora com férias to tendo tempo kkk, prometo por capítulos em dia e terminar a história desse casal logo logo 🤗❣

Bjsss

#BoaNoite

"Um Amor Para Dois"Where stories live. Discover now