Capítulo 1

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INDOMÁVEL

BABI BARRETO


Copyright © 2016 Babi Barreto

Capa: xxx

Revisão e Copidesque: Carla Santos

Diagramação Digital: Carla Santos

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Em um reino não tão distante...

Antes de começar, preciso lhe contar um pouco sobre os personagens da nossa história. Entretanto, irei me apresentar para que entendam o porquê lhes contarei o romance que virá.

Prazer, eu sou o destino. Em todos os contos de fada, sejam dos livros ou da vida real, interfiro diretamente na sequência da vida.

Vi casais que nada tinham de semelhança se unirem por motivos cada vez mais inusitados. Seja por morte, repulsa inicial que se transforma em amor, poder, dinheiro, e tantos outros motivos que me entediavam completamente.

Mas nesse conto de fadas, quer dizer, nesse retrato da vida, o desafio foi incrível. Duas pessoas que se odiavam se apaixonam sem desejarem um relacionamento.

Vocês me diriam que a minha história é clichê. Que muitos personagens transformam o ódio em paixão, e que isso não é tão especial quanto eu anunciei aqui.

O diferencial deste conto é a protagonista. Mérida não era uma garota comum. Determinada, forte, nada dócil, mas extremamente dedicada ao amor à sua família. Contrariamente ao gênio nada agradável da nossa mocinha, Erick, o príncipe encantado, é um jovem médico, bonito, inteligente e generoso, que não medirá esforços para convencer Mérida a se entregar a uma paixão.

Mas depois de ter seu dote prometido a três homens desconhecidos e negado sua companhia a todos eles, decidi intervir. Acredito que essa garota mereça alguém melhor do que os príncipes, quer dizer, os sócios de seu pai, para viver ao seu lado.

Teimoso e ardiloso como sou, movi algumas peças do futuro para que esse casal se encontre e se apaixone. O amor entre duas pessoas determinadas a não amar será possível? Ou somente restará uma atração indomável?

Fiz o que pude para uni-los, mas somente eles poderão definir o resultado.

Vamos lá...

Pelos olhos de Mérida:

Fico me perguntando quantas vezes terei que dizer aos meus pais que não desejo me casar. Além de ser jovem demais para me amarrar a qualquer pessoa, um casamento arranjado era um tanto desesperado, para não dizer ultrapassado.

Com vinte e dois anos, uma carreira consolidada e uma fortuna que me possibilita ter o futuro que quiser, por que motivo eu me ligaria a um homem que teria somente o interesse de me controlar?

Sabe aquela sensação de liberdade, de sair sem ter hora para voltar, de ir e vir sem dar satisfações para ninguém, ou de se manter sem depender de outra pessoa? Era assim que eu gostava de me sentir.

Eu não era o sexo frágil. Poderia derrubar um homem em menos de dez segundos, e o faria se calar e temer só pela minha entrada no ambiente. E isso acontecia por ser uma mulher fora dos padrões de beleza?

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