Provocação - degustação

Capítulo 1 - Fogo

Oi Gurias lindas.

Demorou um pouco, mas olha a Fabi aqui para vocês. Agora,a Fabi vocês já conhecem bem do Conto publicado em Minha Cara Metade, não é? A pergunta é: vocês conhecem o Jota? 

Olha que a situação vai pegar FOGO! 

Ahhh .... importantíssimo, dedico as postagens para as Gurias lindas que me fizeram estar aqui hoje: As Gurias da Liga das Romancistas! 

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FABI

Três meses antes

Olhei pela última vez para aquele cara maravilhosamente esculpido, esgotado, dormindo. Ele tinha sido a melhor transa da minha vida até então, mas eu não podia ficar. 

Levantei devagar, com muito cuidado para não o acordar, vesti o vestido, torci para o meu cabelo não estar muito desgrenhado e fui descalça para a sala, onde achei um papel qualquer e peguei a caneta na minha bolsa. 

"Oi Gostoso, a noite foi maravilhosa!

Sua pegada é campeã, vai ficar na história." 

Eu queria mais daquilo. Muito mais, porém, colocando os pés no chão, quais as chances de eu me machucar? Todas. Eu morando em Londrina e ele aqui de São Paulo, mesmo que a entrevista de emprego desse certo, melhor não levar nada embora para me fazer cair em tentação, nem deixar nada meu.

Foi assim que eu deixei aquelas poucas palavras, sem nome, sem nada.

Aproveitei que a chave estava em cima da mesa, destranquei a porta e fugi dali, com aquela típica dor no peito de algo que eu sabia que não ia voltar a se repetir.

*** *** ***

Quando a Claudinha e eu decidimos encerrar a semana com uma baladinha, ela que sempre era a mais empolgada de nós duas, de repente, perdeu o ânimo. Provavelmente alguma coisa tinha acontecido entre ela e o pai que ainda não se sentia pronta para me contar. 

A antissocial de nós duas era sempre eu, não porque tinha perfil de chata, longe disso, bem, pelo menos acho que não, mas porque eu andava sempre ferrada de grana e sair para um pouco de diversão, por mais simples que fosse o programa, custava dinheiro. E isso era algo que eu não via no meu bolso há um tempão.

Enquanto eu não achasse um emprego a vida continuaria assim, comedida. Claro, 'pra' não ser dramática a ponto de dizer miserável.

Só que era nossa última noite em São Paulo, ela ali para visitar o pai e ver como ia ser o apê em que iria morar, porque estava voltando de Londrina para fazer residência no mesmo hospital em que o Dr. Sampaio Prates trabalhava e eu, bem, só estava com ela por uma questão de oportunidade. 

Praticamente me formando em Publicidade, tinha aproveitado a cama sobrando do quarto de hotel dela para fazer uma entrevista em uma empresa que geria a maior cadeia de restaurantes do país. Sonho meu ser aprovada no processo seletivo e poder me mudar para Sampa, porque é na cidade grande que a 'grana' está. 

— Ah, miga, hoje o clima aqui não está para paquera, vamos embora? 

"Embora?"

Ela estava de mal com a vida e queria ir embora da balada? Nem ferrando.