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Dois anos depois, em 1611, aos 19 anos, Madeleine foi vítima do que aqueles que a rodeavam consideravam ser uma possessão demoníaca inconfundível. Seu corpo estava contorcido, e com um ataque de raiva, ela destruiu um crucifixo. Um exorcismo foi prescrito para banir os demônios, mas as tentativas iniciais se tornaram inúteis e outras tentativas trouxeram acusações condenadoras da Madeleine de que o padre Gaufridi era um adorador do diabo que tinha copulado com ela desde que tinha 17 anos.

Numa agora familiar progressão da histeria, mais três freiras foram encontradas pelos demônios e, no final do ano, esse número aumentou para oito. A Irmã Louise Capeau foi considerada a mais afligida, e seus comportamento e contorções corporais eram mais hediondos do que os de Madeleine.

Com a situação no convento de Ursuline ficando fora de controle, o padre Romillon recrutou a ajuda do grande inquisidor, Sebastien Michaelis, enquanto o exorcista flamengo, padre Domptius, continuou suas tentativas de remover os demônios das freiras possuídas.

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Eduardo Harada Em Terror1 ano ago

Os casos mais macabros de possessão demoníaca

A possessão demoníaca é a crença de que alguns indivíduos podem ser possuídos por seres malévolos, geralmente conhecidos como demônios. As obsessões e as posses do diabo são colocadas na categoria de aparições do espírito maligno entre os humanos. O fenômeno de obsessão acontece quando o demônio atua extremamente contra a quem ele ataca. Já a posse caracteriza-se pela ação interna, agitando ou excitando a pessoa a fazer o mal.

As descrições de possessões demoníacas geralmente incluem memórias ou personalidades apagadas, convulsões (ataques epilépticos ou “ataques”) e desmaios como se a pessoa tivesse morrido. Outras descrições incluem acesso a conhecimentos escondidos e línguas estrangeiras (o poder de “falar línguas”), mudanças drásticas na entonação vocal e estrutura facial, a aparência repentina de feridas (arranhões, marcas de mordida) ou lesões, além de força sobre-humana. Ao contrário da canalização (outro fenômeno bizarro que ainda vamos explicar por aqui), o sujeito não tem controle sobre a entidade possuidora e, portanto, irá persistir até ser forçado a deixar a vítima, geralmente através de uma forma de exorcismo.

Muitas culturas e religiões possuem algum conceito de possessão demoníaca, mas os detalhes variam de uma para a outra. As referências mais antigas à possessão demoníaca são dos sumérios, que acreditavam que todas as doenças do corpo e da mente eram causadas por “demônios da doença”. Os sacerdotes que praticavam exorcismos nessas nações eram chamados ashipu(palavra para “feiticeiro”) em oposição a um asu (palavra para “médico”) que aplicava bandagens e pomadas. Muitas inscrições de argila cuneiforme contêm orações a certos deuses que pedem proteção contra demônios, enquanto outros pedem aos deuses que expulsem os demônios que invadiram seus corpos.

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