HeresReality [COMPLETA E CONCLUÍDA]

HeresReality - 36

Uma lágrima escorria de seu delicado rosto e de modo algum ela aparentava sentir minha presença. Ela levantou seu braço direito e secou a única lágrima que escorria. Me aproximei devagar sem a intenção de assusta - la ou até machuca - la mais.
Eu me sinto um imbecil por ter deixado ela ir. Eu não sei onde eu estava com a cabeça, mais ao mesmo tempo meu consciente diz que eu não poderia prende - la ali, força - la a ficar comigo. Me aproximei e sentei ao seu lado da cama, e ela não esboçou nenhuma reação.

-Meu amor... -Eu sussurrei perto de seu ouvido, porém sem encostar minhas mãos nela. -Minha vida... -Ela deu um longo suspiro e mais lágrimas escorriam de seu rosto. Merda! Eu me sentia um merda, babaca, escroto por ter que vê - la nessa situação. -Converse comigo Sara. -Eu emfim encostei minha mão em sua bochecha molhada pelas lágrimas, acariciando seus lábios e ela tentava falar, porém hesitava. Depois de um tempo após minhas carícias e súplicas por seu perdão ela se manifestou.

-Simon. -Ela se virou e me fixou nos olhos, ela nunca tinha me olhado assim, me tocando tanto... Eu amo tanto essa mulher, e no momento ela está tão machucada por dentro, sua expressão revela isso, seu rosto, seus arrepios constantes me mostram seu desejo por mim, porém suas lágrimas a cortam sem deixar rastros. -Não me deixe de novo. -Ela só recitou estas únicas palavras, que foram necessárias para me destruir por dentro e afundar toda a minha embarcação. Me senti um simples pedaço de merda, sem saber como se desculpar mais ainda.

-Óh Sara, meu bem, meu amor, minha vida, razão do meu viver. Eu juro! Eu prometo que nunca mais vou te deixar. -Lágrimas escorriam do meu rosto continuamente.

-Eu te amo. -Ela se aconchegou em meu peito e por lá ficou por longos minutos, até a mesma cair no sono, e eu ficar ali, sem saber o que fazer para não pisar na bola novamente com a mulher que eu quero comigo pro resto da minha vida.

(...)

Repassar todos aqueles acontecimentos em minha mente e recapitular tudo de errado que eu tinha feito não foi o suficiente somente pela noite de ontem.
Sara está deitada em meu peito e está passando o jornal da noite. Sorrio por um comentário engraçado do repórter e Sara se mexe.

-O que vê? -Ela se levanta, uma alça de seu vestido havia caído com seu movimento e deixava um de seus seios à mostra. Arrepiados com o vento que entrava pela janela seus mamilos se arrepiaram de frio. Meu membro na mesma hora moveu-se em meio a minhas calças automaticamente, levando o olhar de Sara até o local e a fazendo soltar um riso perceptível. -O que há de errado com ele? -Ela se senta na cama e mais uma alça cai. Seria de propósito? Justo de noite quando não há ninguém em casa. E quando eu quero me desculpar com o amor da minha vida, seus seios ficam a mostra? Se meu pau falasse ele pediria para entrar dentro de Sara, e hoje eu realizaria o pedido dele.

-Sara... -Eu hesitei no começo mais meu olhar não se desviava de seus seios a não ser para olhar em seus olhos. -Você ainda está nervosa comigo? -Ela sorriu graciosa como sempre.

-Não sei ficar muito tempo nervosa com você. -Ela se arrepiou e passou a mão em seu braço para amenizar o golpe gelado de vento que entrou pela janela novamente, fazendo seus dedos ficarem sujos de alguma maquiagem, mostrando as marcas de meus dedos, ainda bem roxos em sua pele.
Meus olhos se afundaram e Sara percebeu minha admiração negativa pelo tamanho e cor escura da marca dos dedos.

-Eu fiz isso? -Minha voz ecoou rouca e em forma de sussurro. Ela no mesmo momento sem jeito levantou as alças do vestido e puxou uma blusa minha que estava aos pés da cama tentando cobrir a marca, se afastando de mim, pois meu olhar estava vidrado de ódio por mim mesmo.

-Nã...Não Simon, isso... Já passou. -Ela se levantou da cama e eu acompanhei seus movimentos a segurando pelas mãos.

-Não! SARA! -Eu aumentei o tom de voz e na hora seus olhos se arregalaram, talvez ela ainda esteja com medo de mim, isto é ruim. Péssimo! Percebendo a situação me corrijo. -Não... Meu amor. -Soltei suas mãos e levei até meus cabelos.