GIFT || JJK + IU [em revisão]

"Alone In The Room"

[7 anos depois]

- AAAAAAAH! EU NÃO ACREDITO! —eu e Maria pulávamos juntas e eu gritava sem acreditar. – MEUS MELHORES AMIGOS VÃO SE CASAR! —gritei, colocando as mãos pra cima e novamente pulando com Maria. Aish, duas crianças.
- E vai ser daqui dois meses, DOIS MESES! —ela repetia, alegre, e isso me cativava demais.
- É bom te ver tão feliz. —disse, enquanto segurava suas mãos.
- Finge que estou pleníssima, Jin nem sabe o quanto eu pirei depois que ele propôs. —ela dizia, sorrindo, e eu apenas a admirava. – Vamos sair? Ah, fala sério, nunca pensei que fosse casar primeiro que você. Temos que arrumar alguém pra essa pequena garota. —dizia, enquanto colocava a mão no topo da minha cabeça.
- Qual é, não preciso de ninguém, já tenho vocês e a música. —tirei sua mão, e cruzei os braços, decidida. – Não vou sair pra encontrar ninguém.
- Aish, que chata, esqueci que agora você é famosinha. —resmungou. – Então podemos sair apenas pra comemorar, certo? Tomar algo, que tal? —ela sugeriu, e eu assenti.
- Claro, vamos. —sorri.

[...]

Eu e Maria saímos o dia todo juntas, conversamos, fomos aos lugares que já costumávamos ir, bebemos, e claro, nos divertimos. Era tão bom isso, tanto pra mim, quanto pra ela.
Já éramos adultas, então, aproveitamos isso.

Quando chegamos em sua casa, Jin havia chegado do trabalho, e ele chegava tarde agora, já que era muito importante na empresa.
Eles no recebeu assustado, vendo Maria me segurando pra que eu não caísse ao entrar.
- Meu Deus, quanto vocês beberam?! —ele perguntou, olhando principalmente o meu estado, já que Maria sabia se controlar nos dias de hoje.
- Eu quero sair mais, Mariaaaaaa...—eu estava sem controle, praticamente.
Maria me levou até o quarto deles, me colocando na cama e ficando comigo até eu dormir.
- É melhor dormir agora, tá bem tarde, amanhã você volta pra sua casa. —Maria disse baixinho, enquanto estava sentada na beirada da cama ao meu lado e acariciava meu cabelo. Eu realmente me sentia melhor estando com ela ali, porque se eu voltasse pro meu apartamento, estaria sozinha novamente, e eu odeio estar sozinha, mas eu moro sozinha, fazer o quê. De repente, me senti tão frágil ali.
- Jungkook... Chame ele pra mim... Por favor... Eu sinto sua falta Kookie.. —eu resmungava baixo, manhosa, sem pensar. Maria não me respondeu, e logo após isso, dormi.

[...]

Acordei no dia seguinte, atrasadíssima, com uma dor de cabeça enorme, Maria dormia ao meu lado.
- Meu Deus! O show! —disse tão alto que Maria se assustou e acordou no mesmo instante.
- Nossa, calma, são.. —ela pegou seu celular. – nove horas da manhã. —ela me olhou com uma bela poker face.
- Ah.. Desculpa.. Droga. —suspirei, colocando as mãos na cabeça e dobrando as pernas, logo abraçando meus joelhos. – O que aconteceu ontem? Por quê eu vim parar aqui?
- Bom, basicamente você ficou muito bêbada, parecia eu de antigamente. —ela deu risada, mas eu arregalei os olhos, pasma.
- É sério? Mas eu fiz algo de errado? Onde Jin dormiu, afinal? —perguntei, preocupada e olhando pros lados, vendo se Jin estava dormindo no chão ou algo assim.
- Jin dormiu na sala, mas relaxa. —fiquei pasma ainda, mas ela continuou a rir de mim. – Você tava doidinha, porém eu te coloquei na hora pra dormir. —e suspirei.
- Ah, droga, me desculpa. —pedi.
- De boa amiga, você cuidou tanto de mim, o que custa eu cuidar de você? —perguntou, mexendo nas pontas do meu cabelo. – Inclusive... Você se lembra das coisas que disse ontem, antes de dormir? —perguntou séria, o que me deixou preocupada.
- O que eu disse? —perguntei, mas Maria negou com a cabeça.
- Não, nada, eu só quis checar. —ela iria se levantar e mudar de assunto, mas a puxei pelo braço.
- Me diz, Maria. —pedi, e ela suspirou.
- Você chamou Jungkook. —ela disse, sem hesitar, e eu a olhei, pasma.
- E-eu o quê? —olhei pros meus joelhos, pensativa.
- Não. —Maria disse, colocando a mão em um dos meus joelhos e tomando minha atenção pra olhar pra ela. – Você não vai pensar nisso novamente, já passou, é passado. —continuou, e eu afirmei lentamente com a cabeça, dando um suspiro, tentando não lembrar do que passou. – Agora vamos fazer algo pra comer.
- Eu... Eu acho que vou deitar de novo, tô morrendo de dor de cabeça. —disse, já me deitando praticamente mas Maria me puxou de volta, só que dessa vez me fazendo levantar da cama junto dela, pra irmos até a cozinha comer algo. – Aaaah, tá bom, Jin já foi trabalhar? —perguntei assim que entramos na cozinha.
- Sim. —afirmou, ainda me puxando pelo pulso e me fazendo sentar na cadeira. – Vou fazer algo pra você comer.
- Tudo bem.. —falei, colocando a mão na cabeça, com dor e pensativa.

[...]

Eu não havia voltado para o meu apartamento ainda, já era meio dia e eu estava me arrumando ali mesmo, na casa de Maria, pois ela havia me emprestado um vestido um tanto fofo pra me apresentar hoje, pois eu iria abrir um show importante.
- Você tá maravilhosa. —Maria entrou no quarto, já me elogiando enquanto eu passava meu batom no espelho de seu armário.
- Obrigada, você também. —sorri.
- E ah, Jin mandou te avisar que vai arrumar um tempinho pra ir te ver hoje comigo. —ela disse, e eu abri um sorriso grande.
- Aaaaah, como eu amo vocês. —fui direto abraça-lá.

[...]

Cantei duas músicas compostas por mim, Palette e Alone In The Room, para abrir o show.

Quando cantei a segunda música, na verdade, toda vez que eu cantava essa música, eu lembrava da pessoa da qual eu pensava enquanto a escrevia.

honja inneun bang amudo amu geotdo an boyeo (an boyeo) neomu eoduwo
Sozinha no quarto eu não consigo ver, (eu não consigo ver) ninguém nada, está muito escuro

honja uneun bam haneurui byeoldo daldo seulpeo jami deureo (jeomjeom heuritaejyeo)
Chorando sozinha no céu a noite, eu durmo junto com luas tristes e estrelas (Fluindo mais e mais)

ne eolguri tteoolla naenae gidarida tto nunmuri na
Eu venho esperando tudo sozinha, seu rosto vem em minha mente, eu choro de novo

bogo sipdago honjatmal hadeon memareun nae ipsure neoui sumgyeori dakireul
Eu sinto sua falta, estou sozinha, sua respiração alcança meus lábios secos silenciosamente, sem nenhuma palavra

[...]

Me peguei chorando no fim da música, mas nada fora do comum, essa música me descrevia demais, e era uma forma de me lembrar sempre da melhor pessoa que conheci.

Agora iria voltar pro meu apartamento, sozinha.