° capítulo 6 °

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MAC NOHEL

Todos sempre criticaram uma pessoa ser antissocial. Se uma pessoa não fala com muitas pessoas ao seu redor (e quando fala, dá algumas respostas sarcásticas e cretinas), usa preto mesmo em dias quentes e não tem a atitude da maioria, já é considerada depressiva ou psicopata. Mas, não. Eu não sou depressivo ou psicopata. Apenas não gosto dos outros, e não me preocupo com o que eles pensam de mim.

Depois de pagar ao caixa da cantina, segurei minha bandeja com o meu almoço nela e segui para as mesas. Estavam todas ocupadas, culpa do professor que enrolou com uma explicação de filosofia qualquer. Procurei mais um pouco e achei um lugar vazio nas mesas de um lugar elevado. Pelas minhas poucas semanas aqui, acho que aquilo se chamava Apogeu, e era onde os babacas que eu cuidava almoçavam todos os dias. Pensei em subir até lá e causar uma pequena confusão com eles, mas não queria chamar atenção. Minha função aqui era apenas irritá-los, e isso era muito fácil já que eles me odeiam.

Voltei olhar para as mesas até que encontrei uma, no início da cantina e mais afastado do Apobosta (apelido que criei para aquela idiotice de lugar elevado) . Ela estava com alguns alunos do clube de teatro e tinham algumas aulas cênicas. Os livros e cadernos de desenho em cima da mesa denunciavam esse fato.

— Fora! — ordenei, engrossando ainda mais minha voz. Quando eles olharam para mim, inclinei um pouco minha cabeça e arqueei a sobrancelha, dando mais poder ainda a minha fala. O olhar deles, um pouco assustado, me fez querer rir. Eu nem ao menos estava me esforçando para dar medo. Mas, mesmo assim, eles pegaram sua comida e seus livros e foram embora, deixando uma mesa enorme só para mim.

Joguei minha bandeja na mesa e puxei a cadeira para mim. Sentei e coloquei meus pés na mesa, me sentindo a vontade. Eu adorava o silêncio que existia na minha mesa, já que odiava a voz de adolescentes. Para ser honesto, não sei se tinha algo que eu não odiasse em adolescentes. E eu nunca iria deixar de criticar o quão idiotas eles são — mesmo eu sendo um deles. Eu sempre fazia algumas merdas de vez em sempre, mas nunca criei uma sistema para taxar os alunos da escola entre populares e não populares. Dei uma ou duas garfadas na comida, vendo que a comida que faziam aqui era melhor que a da minha antiga escola. Deveriam fazer uma grande quantidade na segunda e requentavam nos outros dias, porque eu nunca vi uma gororoba tão ruim quanto aquela. Apoiei as minhas mão na nuca e descansei minha cabeça depois de acabar meu almoço.

Vagando com o olhar, me encontrei olhando para o Apobosta. Os babacas estavam extremamente entreditos com qualquer coisa que conversam, mas eu não prestei atenção neles. Ali, dentro daquela casa de bonecas perfeita, tinha uma ou outra coisa que dava pra tirar de vantagem. Eles tinham garotas bonitas, na qual nenhuma delas me daria crédito pela lealdade que ao bando. Porém, sempre tinha uma ovelhinha negra. E essa tinha olhos puxados e bem escuros, diferente dos irmãos. Mantive meus olhos vidrados nela, pensando em varias maneiras de fazer ela se desgarrar do bando e eu conquista-lá: Meissa vai ser minha.

— De novo olhando a asiática? — Izzy perguntou, se sentando na mesa a minha frente. Ela também trouxe a bandeja e a mochila roxa que carregava, e as jogou em cima da mesa.

— É a mais fácil de ser conquistada. — respondi, com os olhos ainda para Meissa. Ela estava fazendo alguma brincadeira com a irmã e ria com ela. Passei os dedos pelo lábios, e continuei pensando.

— Meissa? — Izzy olhou-a, e depois para mim. — Maia é a mais ingênua e Piper a mais burra. Qualquer uma delas seriam melhores que ela.

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⏰ Última atualização: Mar 20, 2019 ⏰

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