❤️Capítulo 3🔱

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  IGOR:


  Hoje eu acordei mais cedo pra ver aquela gostosa jogando. Curiosidade do caralho pra ver se ela manda bem de bola.

  Quando levantei a Liz já estava pronta e tomando café. Nunca vi pirralha mais responsável que essa de só onze anos.

Coloquei uma roupa qualquer e levantei as mangas da blusa de manga longa. Escovei os dentes com a endiabrada da Liz me enchendo a porra do saco.

  Liz: Anda Igor, a gente vai se atrasar pra buscar a Professora.

  Igor: Já vai, caralho. Me erra nessa porra. — Eu passo o fio dental e por fim saio do banheiro.


A Liz pegou sua mochila e eu peguei a chave do carro na mesinha da minha casa. Entramos no carro e partimos dali. Durante todo o caminho, a pirralha não calou a porra da boca no banco de trás.


 
Quando chegamos na casa da Meriane, vi ela e o baitola do irmão dela saindo. Buseinei e ela olhou bem através do vidro com aqueles olhos um pouco mais verdes que os meus. Vi ela se despedir do Baitola e vir em nossa direção, batendo os pés. Quero ver é se ela manja bater outra coisa.

  Meriane:O que você tá fazendo aqui? — Perguntou assim que eu baixei o vidro.



  Igor: Comprar 3 real de pão. — Zoei e vi ela revirar os olhos. — Entra logo, porra. —  Falei e a mesma caminhou até o outro lado do carro, aparentemente brava. Que coisa linda, papai.



Meriane: Meu pai vai me esculachar quando eu voltar. Zé com certeza vai falar pra ele. Mas afinal, o que você tem na cabeça?!



  Igor:Quem é esse bambi?


  Meriane:Segurança de casa. — Revira os olhos.

  Igor: Revira os olhos pra mim mais uma vez pra ver o que te acontece.


Meriane: Ai, tô me cagando de medo. — Ela cruza as pernas e mexe no celular.




Igor: Não mete a porra do louco. E outra, não conta comigo caso dê B.O com esse bambi do Zé.


  Meriane: Eu não preciso de você. Eu quero que você se exploda. — Ela guarda o celular novamente. — Meu pai vai me matar...


Igor: Fica Sussa, porra. É o teu pai.



  Meriane: É o que, Igor? — Ela começou á rir. — Meu pai é do Exército.


  Igor:Quê? — Olhei pra ela, rapidamente e voltei o meu olhar á rua.

  Meriane: O que foi? Qual é o problema?

  Igor: Tirando o fato de que eu sou um dos traficantes mais procurados do Rio de Janeiro? Nenhum.



Eu vejo ela revirar os olhos em deboche. Se tem uma coisa que eu tenho certeza é que ela tá me provocando.


Eu estava dirigindo tranquilamente quando a Meriane se virou e eu ouvi uns cochichos:


Meriane: Guarda. — Assim que virei pra trás eu vi a Liz com o celular com uma imagem de vela acesa.

Igor:Liz, guarda essa porra agora, caralho. Tu tá marolando pra caralho.

  Meriane: Não fala com ela assim.

Igor:Tu chegou agora e já tá querendo sentar na janela? Fica na tua aí.







  MERIANE:





  Ele está querendo mandar em mim? Quem ele pensa que é?!

Meriane: Para o carro. — Eu tiro o cinto.


  Igor: Quê?


  Meriane: Para essa porra agora.

  Igor:Não.



   Meriane:Para, eu quero descer.



   Igor: Não vai.



   Meriane: Eu vou a pé, assim eu não sento na janela.


  Igor: Para de fogo no cu, Meriane.

  Meriane: Eu que tô com fogo, Igor? Quem tu acha que é? — Eu o olho de cima á baixo. — Destrava essa porta agora.


  Igor:Não. — Ele parou o carro, mas a porta estava travada.


  Meriane: EU VOU DESCER. — Começamos á gritar um com o outro.


Igor: Vai o caralho.


Meriane: Você se acha, né, Igor? Tu nem me conhece. Abre essa porra e aceita que eu não sou tuas piranhas.




Ele bufa e destrava as portas com cara de bravo. Eu respiro fundo, abro a porta e saio, batendo-a por fim.

Começo á andar em direção á escola e o Igor rasgou com o carro. Eu sei que ele está acostumado á ter tudo nas mãos quando bem entender, mas se ele acha que vai mandar em mim, está enganado.


Liz esperou a minha chegada e entrou lado á lado comigo. Igor ficou só observando a quadra, encostado num muro ali perto. O sinal logo bateu e nós entramos na sala dela, juntas.

  Meriane: Seguinte, rapaziada. Dois times femininos e dois masculinos foram montados na aula passada, beleza?

  Alunos: Sim.

 
  Meriane: Muito bem. Hoje vocês vão vestir a roupa que vocês trouxeram e vou chamar o professor Felipe pra dar uma mãozinha pros rapazes e eu vou ficar com as meninas.

  Luana: A vitória tá garantida. — Uma das alunas comemora. — O professor Felipe é muito ruim de bola. — Eu rio.

  Meriane: Bora. Geral nos vestuários. — Eu ordeno, vendo todos saírem da sala e eu ficando por último com a bola nos braços.

  Peguei minha bolsa e fui para o banheiro me trocar. Me vesti com um short esportivo cinza, uma camiseta rosa choque e a minha chuteira. Quando cheguei na quadra a turma toda já estava presente incluindo o professor Felipe. Coloquei coletes Amarelo nos meninos e Azul nas meninas.

Meriane: Liz. — Entreguei a bola pra ela. — Quer fazer as honras?


  Liz: Claro. — Pega a bola das minhas mãos.

  Meriane: Quero jogo justo entre vocês. Eu e Felipe não vamos pegar pesado. — Eu amarro meu cabelo bem alto e coloco a faixa na raiz.

Felipe: Sonha. — Riu e eu mostro a língua em brincadeira.

Apitei e começaram á jogar os primeiros times. Joguei no time das meninas, mas evitei ir para a área do gol quando o Felipe não era o goleiro. Dei uns olés bravos nos meninos junto com a Liz, só nos toques.

  Logo a minha hora com a turma estava acabando. Eu parei no meio da quadra e apitei para sinalizar os alunos.

Meriane: Água, vestiário e sala.— Gritei e todos obedeceram.

  Olhei pra fora da quadra, onde o Igor estava. Ele tem um sorriso divertido nos lábios e aparentemente está se babando todo. Dei aquela jogada de cabelo e fui pra sala. Babaca.

Meriane: Semana que vêm.... — O  sinal toca. — A gente faz desenpate dos melhores. Tchau, gente. Boa aula e até o desempate. — Peguei minhas coisas e vazei.

  Hoje eu só vim dar aula pra sala da Liz depois vou embora. Agora são oito e quarenta da manhã e eu já estou pingando de suor.

  Passei no vestiário, coloquei minha calça jeans colada e uma regata vermelha. Guardei minha roupa esportiva na bolsa, passei desodorante, um batonzinho e saí dali.

  Meriane:Tchau, meninas. — Me despeço das moças da secretaria.


  Ana: Tchau, Meri.

O Irmão da Minha Aluna [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora