ESPECIAL - Halloween

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A velhinha do cemitério

Em uma cidade havia uma velhinha magrinha, alta, toda descabelada parecendo ter uns 90 anos. Todas as noites de lua cheia ela aparecia em frente ao cemitério Cruz e ficava lá pedindo esmola.

Um dia um grupo de alunos deu uma festa de Halloween em uma danceteria que ficava perto do cemitério. Foi uma festa sinistra, de arrepiar, que deixou a galera animada. A festa rolou até altas horas da madrugada, quando a turma decidiu voltar para casa.

No caminho de volta da festa, eles passaram em frente ao cemitério e viram uma velhinha pedindo esmola. Os garotos acharam muito esquisito, mas como eram gentis foram lá vê-la e um dos jovens perguntou:

– A senhora não tem medo de ficar aqui até essa hora da noite?

Ela então respondeu:

– Quando eu era viva eu tinha.

Ao ouvir isso todos saíram correndo.

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A Árvore

Em uma determinada noite, um menino foi visitar seu avô que estava doente. Os dois conversaram por horas até que em um determinado momento o avô fez um grande pedido ao neto:

– Eu quero que você me prometa uma coisa.

– Claro, vovô.

– Vou te pedir uma coisa bem séria: prometa que não vai chegar perto daquela árvore no Halloween.

– O quê?

– Aquela árvore velha e solitária, perto da saída da cidade. Existe uma lenda de que enforcaram um cara por lá no Halloween, há uns 100 anos. Desde então ela se tornou uma árvore do mal.

– Como que uma árvore pode…

– Shhh, eu estou lhe dizendo. Quando tinha a sua idade, eu e meus amigos fizemos um desafio para ver quem cravaria o nome no topo da árvore. Não tinha nada errado com isso, até que Henry Phillips resolveu que seria o primeiro. Sem dizer o porquê, Henry juntou todo mundo ali na noite de Halloween e começou a ofender a árvore. Seguramos seu canivete e seu isqueiro enquanto ele amarrava uma corda ao redor de uma pedra e depois a jogou sobre um galho.
  Quando estava com tudo pronto, ele foi puxado para o topo e desapareceu entre os galhos e folhas. Então, depois de algum tempo, percebemos uns barulhos vindos lá de cima e achamos que ele tinha começado cravar o nome no tronco. Foi quando nós ouvimos uma gritaria, como se ele tivesse visto um fantasma. Seu isqueiro veio caindo galho por galho, com o corpo de Henry logo em seguida.
Eu nunca vou esquecer do barulho! CRACK! CRACK! Então puff! Ele bateu no chão, morto.

– O que aconteceu?

– Isso é o que eu me perguntava. Então na manhã seguinte eu mesmo subi para ver o que tinha lá em cima. Sabe o que eu encontrei, esculpido no tronco? ‘Aqui jaz Henry Phillips”. Com data e tudo mais. Como se fosse uma lápide. Data e hora certinha do dia.

– Por que Henry se suicíd...

– Ele não fez isso. Foi uma mensagem da árvore para Henry. Sabe como eu sei?

– Como?

– Henry esqueceu o canivete comigo. Ele ainda estava no meu bolso quando subiu.

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100 Contos de Terror - Volume IIWhere stories live. Discover now