Capítulo Quarenta e Nove:

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"Um grande obrigada para as meninas que estão comentando, estou mega feliz!!! Vocês são lindas!!! "

***

Theo desceu acompanhado por seus seguranças e esperou que Marco Antônio estacionasse seu Mazzanti Evantra, os seguranças iriam no carro da empresa que o mensageiro já estacionava logo atrás do de Marco Antônio.
-Olá Marco Antônio, me perdoe por te tirar da sua casa assim, mas é que não sei mais o que fazer. — Theo então se pôs a narrar tudo sobre Andrea ao amigo. -E é isso, ela não me deixa em paz, por mais que eu lhe dê o fora, que tenha dito que não estou interessado, parece que ela não quer entender.
-Olha, meu caro, você e a Jade estão bem servidos de loucos hein? Ela leva um tiro por causa de um doido obsessivo, agora essa maluca no seu pé.
-O pior você não sabe, o obsessivo fugiu da prisão, matou o Dimas e o irmão, aquele que era motorista lá em casa e que sequestrou ela e a Pamela com a ajuda do irmão, deixou uma carta dizendo que eu era o culpado por ele ter "matado" Jade, por que até então ele achava que ela havia morrido, agora ele já sabe que ela está viva, que estamos casados e ela está grávida, mas ele diz que virá atrás de mim agora, por isso, os seguranças.
-Caramba, que loucura! Eu notei mesmo os seguranças e iria perguntar qual o motivo, mas como ela está com tudo isso?
-Tensa! Tendo pesadelos todas as noites, acorda gritando, chorando desesperada. — Theo contou a Marco Antônio.
Enquanto eles entravam em uma casa grande, bonita, situada na Piazza di Spagna, Marco estacionou logo em frente e Theo o acompanhou.
-Clarinha! — Marco chamou a governanta.
-Sim, Marco?
-Está pronto o quarto para o Theo?
-Sim, está tudo pronto.
-Ótimo, agora eu vou pedir para que você arrume lá na edícula um lugar para mais três, são os seguranças dele. Ah, lembra-se da Jade, não é mesmo?
-Claro que sim, como eu iria me esquecer dela?
-Pois é, ele é o esposo dela. Theo, Clarinha morou lá no orfanato comigo e com a Jade, elas eram muito amigas quando crianças, mas a história da Clarinha é meio complicada, depois eu te conto.
-Prazer Clarinha.
-O prazer é meu senhor, eu sinto muita saudade da Jade.
-Eu aposto que ela vai ficar feliz por saber que você está bem e aqui com o Marco. E nada de me chamar de senhor, pode me tratar por Theo apenas.
-Obrigada! Agora deixa eu providenciar as acomodações para os seguranças.
-Sente-se Theo, você está em casa.
-Obrigado Marco, mas, me diga, onde está a Victória?
-Ah, ela já está dormindo, Paolo está fazendo algumas fotos para agência, vai demorar ainda. Mas me conte tudo, eu fiquei preocupado com o que estava falando sobre os pesadelos da Jade, ela sempre teve problemas com pesadelos, sempre que ficava preocupada, assustada, ela tinha pesadelos, sem contar do medo terrível que ela tem de temporal.
-Sim, ela tem muito medo até hoje, mas ela nunca me disse que sempre teve problemas com pesadelos.
-Pois é, meu caro, ela acordava durante a madrugada terrivelmente assustada, chorando e gritando, não se sabe com o que ela sonhava porque ela não contava de maneira nenhuma, as vezes quando as meninas não conseguiam confortá-la me chamavam, eu me lembro de uma vez que ela ficou com medo de uma freira que havia lá, todas as freiras eram amorosas e cuidavam muito bem de todos nós, menos essa, acho que o nome dela não me lembro mais, só que de piedosa, ela não tinha nada, era uma cobra. Bom, o fato é que essa irmã queria cortar os cabelos da Jade, ela sempre teve aquele cabelão, só que quando criança ela odiava prendê-los, dizia que doía, que puxava, ela cuidava bem deles, desembaraçava, lavava, tudo sozinha, mas a tal irmã colocou na cabeça que ela tinha que cortar os cabelos, a madre não sabia de nada, ela pegou a tesoura e segurou a Jade pelo braço, colocou-a em meio as suas pernas e a coitadinha só chorava, não sei como, mas ela conseguiu escapar e se escondeu, ninguém achava a Jade em lugar nenhum, eu já havia saído do orfanato porque estava com vinte anos, ela tinha uns dez eu acho, eu estava chegando para visitar minha tia e titia veio nervosa, chorando, uma correria no orfanato, perguntei o que estava acontecendo e minha tia respondeu que Jade havia sumido que ela tinha fugido do orfanato, as crianças choravam porque todos adoravam ela, a madre estava muito nervosa, até ia ligar para o seu avô, ele sempre ajudou ao orfanato, não é?
-Sim, ele sempre ajudou, mas eu não sabia que meu avô visitava tanto assim o orfanato.
-Theo, meu caro, você não sabe de nada, mas eu já, já chego lá. Procuramos Jade por todos os lugares, a madre já ia ligar para o seu avô e informar que uma das crianças havia fugido, sei lá, notificar a polícia, já era hora do jantar, irmã Rosário, que era a responsável pela cozinha foi preparar o jantar e ao abrir o armário para pegar aqueles tachos enormes onde era feita a comida, eis que a fujona estava deitada, escondidinha e havia pegado no sono, ela estava atrás de uma pilha de tachos que até hoje eu me pergunto como ela conseguiu erguer já que ela era miúda desde sempre.
-É sério isso? — Theo perguntou imaginando a cena, estava emocionado por conhecer essas histórias da vida de sua esposa.
-Muito sério, pode perguntar para Clarinha depois se quiser, ela era a mais desesperada, na verdade foi Clarinha quem contou a madre o motivo de Jade ter se escondido, porque ela não queria falar, porque sabia que essa freira seria punida, o orfanato sempre teve uma rigidez muito grande sobre como tratar as crianças, naquela noite, ela teve mais um pesadelo, como eu já era rapaz não dormia mais dentro do orfanato, tem uma edícula atrás que as irmãs guardam as doações, separam tudo para ver para qual criança servem as roupas e os brinquedos, é mais um depósito, a madre permitiu que fosse arrumado um quarto lá para mim, então, quando eu visitava minha tia, eu ficava lá. De madrugada, Clarinha veio me chamar dizendo que Jade havia tido mais um pesadelo e que estava chorando sem parar, que ninguém conseguia acalentá-la e que a madre havia mandado me chamar para ver se eu conseguiria acalmá-la, eu fui e ela veio para o meu colo, chorando e me contou, foi a primeira vez que ela contou um de seus pesadelos, ela havia sonhado com a freira cortando com a tesoura todas as crianças do orfanato, porque ela tinha conseguido fugir. Eu acho que é por isso que ela nunca deixou que ninguém cortasse seu cabelo, ela pode até deixar arrumar, mas cortar totalmente acho que nunca irá permitir.
-Cara, você não faz ideia de como é importante para mim conhecer essas histórias sobre ela, obrigado por me contar. Sabe, eu sou apaixonado pelos cabelos dela, sempre os achei lindos. Mas, agora me diga, você conheceu meu avô naquela época? E porque não disse quando foi lá em casa?
-Bom, eu não liguei os nomes na época, só quando eu fui a primeira vez jantar lá, com aquela história de namorado fictício dela, foi aí que eu o reconheci, não quis falar nada porque imaginei que vocês não deveriam saber, se ele não tinha comentado, eu é que não falaria nada, mas agora, você e ela estão casados, se amam e tudo o mais.
-Você não imagina como aquela noite quis te matar, fiquei louco de ciúme por ver aquele beijo.
-Eu imaginei, se fosse eu teria agido da mesma maneira. A Jade é o mais próximo que eu tenho de uma família sabe, ela é minha irmãzinha do coração, claro, agora eu tenho o Paolo, a Victória, a Clarinha que eu reencontrei e a trouxe para nos ajudar com a Vic, mas a Jade é diferente, ela faz parte de um passado onde eu achava que não tinha ninguém, entende? Por mais que tivessem outras crianças com as quais nos dávamos bem, mas eu e ela sempre tivemos uma conexão diferente, mesmo eu sendo dez anos mais velho que ela, Jade é minha irmãzinha do coração.
-Agora eu entendo isso, ela sente o mesmo em relação a você. Mas agora diga, o que quis dizer quando disse que eu não sabia de nada.
-Eu sei que seu avô escolheu Jade para você, na verdade, eu sempre suspeitei que isso pudesse acontecer, todos sabíamos que Dom Ramon tinha vários netos, depois conhecíamos a fama dos tais netos, ele sempre que ia no orfanato, coisa que acontecia uma vez por mês pelo menos, ficava de olhos nela, eu nunca entendi o porquê, uma vez cheguei a perguntar para minha tia se ele queria adotá-la, afinal, ela era uma criança linda, encantadora, haviam muitas família querendo ela, eu não entendia o motivo de ela não ser adotada, aí minha tia respondeu que era uma coisa que ninguém sabia, apenas a madre. Hoje eu cogito a possibilidade de seu avô sempre ter a protegido com o intuito de um dia, apresenta-la a você.
-Será? Será que desde sempre meu abuelo cogitou essa possibilidade? Mas como ele poderia saber que eu realmente me apaixonaria por ela? Que eu a amaria mais que tudo?
-Não me pergunte Theo, seu avô é um homem visionário ele enxerga longe, sem contar, que é muito sensível, um verdadeiro sábio, vai entender!
-Cara, que história! Bom, se for mesmo isso, eu só tenho que agradecer a ele, meu abuelo não poderia ter escolhido ninguém melhor, acho que nem mesmo eu. Meu corpo, meu coração a escolheu antes que minha mente desse conta e entendesse o que acontecia.
-Às vezes nosso cérebro é mais lento. — Os dois, ainda conversaram durante muito tempo, Theo estava curioso pra saber de mais histórias sobre Jade e como Marco adorava ver o amor dele por sua irmãzinha, continuou a contar mais e mais. Já era alta madrugada quando Theo foi finalmente para seu quarto, pensando fatalmente se ela não estaria tendo nenhum de seus pesadelos.

~*~

No Hotel:

Como Theo havia previsto, Andrea realmente voltou a importuná-lo, na verdade, ela estava passando em frente ao quarto dele, voltando da rua, havia saído para tomar um drink e tentar encontrar algo para fazer naquela cidade antiga e chata.
Ao ver que os seguranças não estavam mais a postos, tentou a sorte e bingo! A porta estava destrancada, era muita sorte, dessa vez ela não deixaria barato. Desabotoou o vestido lentamente, tirou a calcinha e o sutiã ficando inteiramente nua, se aproximou da cama devagar, dessa vez ele não escaparia, mesmo que ele não a quisesse, ela estava disposta a fazer um escândalo e chamar a todos para provar que estivera na cama de Theodoro Escobar Vásquez.

O quarto estava inteiramente na penumbra, deitou-se às costas dele e o abraçou, aquele corpo realmente a levava a loucura, ele era o homem mais lindo que já havia visto e os momentos que tivera nos braços dele nunca conseguira esquecer, nenhum homem a fizera sentir tanto desejo e tanto prazer, Theo sabia como satisfazer uma mulher, os outros que teve depois dele não apagaram o prazer que ele lhe proporcionara.
O corpo quente se virou para ela, puxando-a para si, ela estremeceu excitada, queria-o com loucura, ele a passou por cima do corpo com força, porém, ela se assustou ao sentir mais um corpo do outro lado, apalpando percebeu que era outro homem, assustada, ela tentou se levantar, a luz do abajur foi acessa e ela viu horrorizada que se tratava de dois dos seguranças que estavam à porta mais cedo.
-O que está acontecendo aqui? — Ela perguntou desesperada.
-Olha só Tom, o que temos aqui! E não era que o patrão tinha razão? Ela voltou mesmo.
-Pois é, uma princesinha decidida essa.
-O que... onde está o Theo? Isso não vai ficar assim. — Ela gritou exasperada.
-Shii, calma princesa, não é preciso gritar, afinal, não vai querer que todos, incluindo seu papai, saibam que você está na cama com dois machos.
-Vocês não farão nada, eu exijo que me soltem.
-Mas a senhorita não queria diversão? Não veio atrás de nosso patrão para isso? Ele não a quer, não a deseja, mas nós queremos, também nem podemos recrimina-lo, ou chama-lo de idiota por não deseja-la, afinal, nossa patroa é muito linda e com todo o respeito que temos por ela, muito gostosa também, mesmo grávida não se pode negar que nosso patrão está muito bem servido de mulher, não é à toa que ele a despreza.
-Com certeza a senhora Jade é deliciosa.
-O Theo sabe que desejam a esposinha dele?
-Mas nós não estamos dizendo que a desejamos, estamos apenas constatando um fato, a senhora Jade merece todo o nosso respeito e consideração. Ela é uma mulher doce, delicada que desperta em todos o instinto de proteção, diferente de umas e outras por aí.
-Me soltem seus brutamontes, me deixem ir.
-Negativo querida, vamos lhe dar uma pequena lição, não queria um homem, então, agora terá dois, o que acha? — Um dele perguntou já tocando-a em seus seios.
-Sabe Tom, até que essa senhorita mimada é bem gostosinha, acho que vai dar um bom divertimento. — Eles riram prendendo-a na cama. Ela esperneava desesperada para fugir, arranhava-os com raiva, isso não ficaria assim. Os homens nem davam conta das reclamações dela, na verdade o que eles queriam era só dar um susto nela, não iriam obriga-la a nada que ela não quisesse.
-Olha mimadinha, se não quer mesmo se divertir com a gente, então vista-se e vá embora, agora, lembre-se de uma coisa, quando entrar no quarto de um homem, esteja preparada para tudo, principalmente quando esse homem em questão, for casado e amar a esposa da maneira que nosso patrão ama nossa patroa, somos fiéis a ela, nunca esqueça disso, não tente mais nada senhorita, ou da próxima vez lhe mostraremos o que guardamos aqui. — Tom disse tudo isso e pegando a mão dela passou por sua ereção. Claro que estavam excitados, ter um corpo feminino ali no meio deles era excitante.
-Eu nunca iria desejar dois empregados como vocês, não são o Theodoro eu quero ele, mesmo vocês dois não seriam capazes de me dar o prazer que ele já me deu.
-Olha senhorita, não somos homens de obrigar uma mulher, claro que seria bom darmos uma pequena demonstração do que poderíamos lhe dar, mas não gostamos de mulheres mimadas e frias como a senhorita, se o senhor Theo conseguiu lhe dar prazer, temos que parabeniza-lo, porque não deve ter sido fácil, agora, com certeza, prazer a ele você não deu, ao menos não aquele prazer que faz um homem esquecer a todas as outras.
-Ah, que ódio, eu vou denunciar aos três, vocês dois e ao Theodoro.
-Isso senhorita, faça isso, aí, todos saberão quem é a princesinha do seu pai. — Ela conseguiu se levantar da cama e pegando seu vestido vestiu-o emburrada, estava morrendo de raiva. Saiu batendo a porta do quarto.
Os dois homens levantaram-se e caíram na gargalhada.
-É uma mimada mesmo, bom, conseguimos, só espero que agora ela deixe o patrão em paz.
-Cara, eu não queria estar na pele do patrão, essa mulher é um pé-no-saco, ninguém merece. Ainda bem que ele tem a senhora Jade que é um verdadeiro anjo. — Ainda rindo, Tom pegou o celular e ligou para Murilo narrando tudo o que aconteceu.

~*~

Totalmente SeuWhere stories live. Discover now