Parte 11

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'' - Não acredito que me trouxeram a um parque de diversões depois do baile que tomamos. Me sinto humilhado depois da nossa derrota, e você me traz para um parque como se tivéssemos algo para comemorar! – Jimin reclamava enquanto nos acompanhava a poucos passos.

- Por isso mesmo! – Hoseok mantinha nossas mãos unidas, ao mesmo passo que girava o corpo em direção ao amigo para justificar-se. – No fim das contas é tudo sobre dança. – riu alto ao receber a feição enfurecida de Jimin como resposta.

- Já que estamos aqui então, vamos na montanha russa! – Jimin encarou-o e provocou. Sabia que ele morria de medo de qualquer tipo de brinquedo desse porte.

- Eu só vim para comer! – Hoseok por sua vez, se fez de desentendido e nos deu as costas. Fora minha vez de pará-lo segurando seu braço, usando toda arte dramática que era capaz.

- Não acredito que viemos até aqui, e você não irá brincar comigo! – tentei fazer uma feição fofa sem sucesso, só obtive a risada dos meus companheiros, então desiste e mudei o tom. – Sério que vai me deixar sozinha?

- Ei, eu ainda sou alguém... – protestou o outro.

- Você não conta Jimin! – minha resposta trouxe a risada de Hoseok de volta que apontava o dedo para o amigo e ria compulsivamente apenas no intuito de implica-lo. Porém a cessou de repente.

Deixou-nos onde estávamos e caminhou calmamente em direção a uma pequena banca a poucos passos de nós, apontou para algo, e logo o vendedor lhe entregou um enorme objeto de pelúcia que de início não pudemos distinguir, mas então ele se virou sorrindo de orelha a orelha como só ele sabia fazer, descobrimos que tratava-se de uma almofada gigante em formato de sol.

- Não acredito! – Jimin e eu dissemos um uníssono boquiabertos.

- Qual é amor! Você mesma me disse que eu era como um sol pra você. – aproximou-se de mim entre sorrindo largo já que percebia meu desconforto.

- Que nojo, agora vou sobrar no meio do casal. – Jimin levou a mão a testa e agachou-se apenas causando mais risadas no outro que nunca se incomodou de nenhuma forma em chamar atenção.

Estendeu as mãos entregando-me o presente sem deixar de sorrir, e eu o peguei a contragosto.

- TEMOS QUE TIRAR UMA FOTO! – gritou vitorioso.''


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Alguém que eu desconhecia terminava sua fala e todas as atenções foram voltadas para o telão acima do palco. Um pequeno filme sobre a trajetória da academia era exibido sob aplausos. A sala que se tornou prédio, o prédio que sobrepôs andares. A primeira turma, e os primeiros formandos. A primeira competição, audições, aulas...

Sorrisos sinceros surgem inconscientes no rosto, e o meu se acendeu quando o dele surgiu na grande tela. O sorriso mais lindo do mundo. O riso que me trouxe riso. As covinhas profundas escondidas na expressão séria, completamente expostas quando ele se alegrava, seu jeito menino, que trazia alegria a quem estivesse perto. Ele sinônimo de esperança, tornava possível todo e qualquer desejo do meu coração, e lutava com todas as forças para assim ser com qualquer um que ele amasse.

Nas luzes daquela tela, eu via aquele que me levava diariamente a um mundo que ele havia criado para nós. Vi o brilho que seu olhar emitia e que era capaz de destruir qualquer escuridão que se sobrepunha sobre mim. A seriedade e competência de quem amava sua arte, de quem era a arte em sua personificação.

- Senhoras e senhores recebam a senhora Jung Bae!

QUANDO VOCÊ SORRIUWhere stories live. Discover now