15° Capítulo

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POV Edward

As lembranças rondavam a minha mente, deitado em minha cama eu abri minha carteira e uma foto estava nela, era uma foto de nós dois no dia em que fomos ao campo próximo a Oro Valle, sim um tempo simples aquele que éramos somente Edward e Ana. Eu era um suposto escritor e ela uma garota em busca de uma nova vida, simples, sem passado e com um futuro a frente, em meu celular tinham fotos de nós dois, muitas, mas esta em especial era um momento nosso único.

Meu coração estava apertado, esmagado, nunca me permiti amar, a simplicidade de minha vida era o que pesava, mas Bella, Ana, seja como for, ela mudou isso radicalmente, e realmente quando dizem que amar é sofrer estão certos, esta dor é pior do que qualquer coisa. Esmaga e deixa nosso mundo vago, egoísta, o amor é egoísta sim.

Até que ponto eu posso amar alguém que nem ao menos nos deu uma chance?

As suas palavras ecoavam, a única coisa que ainda nos unia depois da volta ao passado era a criança, sim um filho que jamais vai ter a chance de ver o mundo, e sim eu me vingaria de Christian. Ele destruiu a Bella, sim a destruiu, pois uma pessoa como ela com vida que emana de seus poros, uma pessoa forte se submeter a tal mundo isso deve ser vingado, a vida de meu filho, sim mesmo que estivesse no início, era meu filho, e isso não tem perdão.

Bella? Ela eu não sei. Seu coração ficou negro, frio, e tudo nele foi esmagado por aquela vida, uma vida de merda, a qual estava em meu passado, e agora voltava como um câncer em metástase, e com força total.

Eu queria a Bella livre, a Bella que mesmo sendo Ana era mais verdadeira que esta agora. Eu sentia uma raiva interna desta Bella, queria fazê-la entender que podíamos tentar sermos nós mesmos. O nó em minha garganta estava forte, e eu sabia que só não chorava por ser duro de mais.

O som do telefone tocando me fez despertar. Eu estava vestido somente com a calça de moletom. Sorri ao me lembrar das caretas de Bella, minha Ana quando eu a vestia.

Olhei no visor o número era restrito, mas atendi.

– Alô.

Nada

–Alô. Quem é?

Nada

– A é palhaçada, só pode... - Quando eu ia meter a boca, desligou.

Esperei às vezes era alguém que não deu sinal.

Resolvi que deveria comer algo, então fui até a cozinha, mas nada que estava na geladeira ou nos armários era o que eu queria, então simplesmente peguei uma maçã, e quando eu ia mordê-la o telefone toca novamente.

Olhei no visor: Jake Heyde piscava

– Fala cara.

– E aí vamos conversar hoje, minha irmã conseguiu entrar na empresa, e eu ainda consegui algo melhor.

– Cara foi você que me ligou agora pouco?

– Não, por quê?

– Nada, uma ligação que se perdeu, mas então nos vemos no mesmo lugar.

– Perfeito, e olha sai desta fossa cara.

– Idiota.

Desliguei o telefone e a fome ainda não vinha, mas coloquei com custo a maçã na minha boca.

Coloquei uma roupa, peguei as chaves do carro e fui. Chegando ao restaurante de sempre, Jake não estava sozinho, Leila estava com ele, era linda, uma beleza impressionante. Tivemos um leve relacionamento ao qual aquela vida toda de merda destruiu.

– Leila, quanto tempo! - A cumprimentei com um beijo na bochecha.

– Bem Edward como já disse, Leila conseguiu entrar na empresa Grey, e ainda ser assistente pessoal dele.

50 Tons de MedoWhere stories live. Discover now