How it all began ❄ Choi Youngjae

5;

That was the most he coul achieve
in his entire life.

Yangmin encarou-se no espelho por alguns segundos, tentando ignorar aquela sensação estranha em seu ser. Nunca tinha conhecido uma pessoa tão bondosa quanto aquela de antes. Uma pessoa que por opção própria, decidiu sair de sua rota habitual e ajudá-la por livre e espontânea vontade. Estava sempre tão acostumada a passar por cosias horríveis e ninguém fazer nada, que naquele momento, quando alguém demonstrou um pingo de simpatia, ela não poderia deixar de agradecer. Mesmo que isso também incluísse pedir uma carona para casa. Mas isso não era culpa dela, isso era culpa da chuva.

- Hey, Yangmin, leve isto logo para mesa dezenove! - Ela escutou a voz alta do senhor Adam chama-la da cozinha, por conta do som absurdamente estridente da boate.

- Estou indo! - Murmurou. Tinha acabado de entrar pelas portas do fundo e estava colocando sua farda.

- Quando terminar de entregar, pode atender à mesa vinte? Um grupo de jovens acabou de chegar. - Adam informou, ao entregar as duas latinhas de energético, junto a batata frita.

- Claro, posso sim. - Ela disse, acenando com um pequeno sorriso nos lábios.

- Ótimo. Obrigado mesmo. Estamos com poucos funcionários hoje e Caleb se recusou a vir. Se não fosse por você... provavelmente eu não estaria mais dando conta desse lugar. É sempre uma loucura. - Disse, passando a mão levemente por sua cabeça.

- Não precisa agradecer, eu apenas faço o meu trabalho. Bem, estou indo nessa. Não quero deixar os cliente esperando. - Falou, indo em direção às mesas. Não que seu chefe fosse uma pessoa horrível. Ele era legal, engraçado, paciente e mil vezes mais agradável que qualquer outro chefe que havia tido a sorte de conhecer na vida.

O problema, em especial, era seu filho, que desde o ano passado, quando ela começou a trabalhar na boate, havia colocado em sua mente que estava interessado nela e que ambos deveriam namorar. Mas ela não gostava dele, então recusou. Tragicamente, Caleb não aceitou isso e até hoje continua insistindo. Continua provocando-a com varias palavras absurdamente idiotas e deixando-a amedrontada. Mas o que poderia fazer além de aguentar? Ela precisava do emprego mais que tudo nesse universo. E esse era o máximo que ela iria conseguia em toda a sua vida.

Yangmin foi em direção à mesa de número dezenove e entregou o pedido do casal que conversava lá tranquilamente. Conhecia-os desde seu primeiro dia de trabalho, pois os dois haviam dito que seu atendimento era mais que excelente e que desejavam ser sempre atendidos por ela. Em seguida, começou a caminhar em direção à mesa dezenove, enquanto tentava retirar seu pequeno bloquinho do bolso, onde iria anotar os pedidos e sua caneta preta.

- Em que posso ajudá-los? - Seus olhos estavam no bloquinho de notas já abertos, quando perguntou, enquanto rabiscava rapidamente o número vinte no mesmo.

- Bem... nós queremos seis latinhas de cerveja e um energético. - Uma voz masculina disse, tranquilamente. - Ah, três porções de fritas também.

- Certo. - Yangmin acenou, anotando tudo rapidamente. - Bem, desejam mais algu... Youngjae? - Perguntou, surpresa, quando finalmente olhou para frente.

Sentado do lado direito da enorme mesa, a pessoa que havia salvado-a mais cedo estava encarando-a com um pequeno sorriso nos lábios, o que deixou Yangmin um pouco constrangida. Ele agora conhecia o seu miserável trabalho.

- Oi. - Ele disse, acenando com uma de suas mãos. Não parecia incomodado com aquilo. Com o fato dela ter reconhecido-o.

Enquanto ela o observava, um dos amigos dele perguntou, ao entreolhar de Yangmin para Youngjae:

- Vocês se conhecem?

- Ah, sim, nós nos conhecemos. - Youngjae respondeu, sorrindo. Era a primeira vez que um cara não se incomodava em apresentá-la para seus colegas. Era a primeira vez que um cara não dizia que a conhecia sem um pingo de vergonha sequer. - Essa é Yangmin, nos encontramos demais cedo.

- Como assim? - O mesmo colega perguntou.

- É uma longa história, Jackson, você não vai querer saber. - Respondeu, voltando sua atenção para Yangmin. Parecia indeciso em relação a contar ou não o acontecido.

- Ah, qual é, eu quero saber sim.

- Na verdade, todos nós queremos. - Um garoto que estava ao lado de Jackson disse. Ele usava vestimentas um tanto que fornais demais e Yangmin perguntou-se o porquê daquilo, uma vez que estava em um bar.

Será que tinha acabado de sair do trabalho? Até que era uma possibilidade.

Soltou um sorriso ao notar que eles não iriam descansar até descobrirem o tal acontecido e então disse, encarando-os:

- Seu colega me salvou.

- O quê? - Os seis garotos, fora Youngjae, falaram em uníssono.

- Não é assim. Eu só fiz aquele babaca ir embora, já que ele estava a incomodando.

- Você nunca moveu um dedo para me ajudar quando precisei, mas ajudou uma garota desconhecida? - Jackson expôs, ao fingir estar chateado.

Pelo visto, esse era o amigo palhaço do grupo.

- Ela não é uma desconhecida, dei -lhe até uma carona. - Falou, sorrindo ao encara-la. Instantaneamente, Yangmin recordou-se de quando apertou sua mão e apresentou-se. Ela realmente precisava de uma carona. - Além disso, o único motivo de eu nunca ter movido um dedo por você é porque não precisa. Todos em volta dessa mesa é ciente que você sempre consegue o que quer.

Uma pequena discussão iniciou-se naquele momento e não conseguiu evitar soltar uma pequena gargalhada. Todos eles realmente pareciam próximos. Verdadeiros amigos.

E ela queria continuar ali. Queria conhece-los um por um. Sentar naquela mesa e conversar sobre coisas aleatórias, mas, infelizmente, ainda estava trabalhando. Infelizmente, ainda precisava ganhar seu dinheiro e se sustentar.

- Se não precisam mais de nada... eu estou indo. Trago seus pedidos em alguns minutos.

Ela sorriu. Estava prestes a virar, quando ouviu a voz de Youngjae dizer, tranquilo:

- Fico feliz de tê-la encontrado outra vez, você está bem?

- Estou, obrigada. - Respondeu e saiu de lá.

Se continuasse, mesmo que por rápidos segundos, correria o risco de sentar-se ali e falar sem parar. E ela não queria perder seu emprego ainda.